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NATO – Uma Aliança Resiliente

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A Revolução Tecnológica na NATO do Século XXI: as Novas Fronteiras do Espaço e da Mente No contexto da atual revolução tecnológica, este artigo aborda especificamente o Espaço e a Mente como dois domínios estratégicos e áreas de operação fundamentais que se desenvolveram no seio da NATO, sobretudo, nos últimos 15 anos. Embora a manutenção de uma vantagem científica e tecnológica tenha sempre feito parte da estratégia da NATO para se manter relevante e bem-sucedida, defendemos neste artigo que as dimensões do Espaço e da Mente sugerem um contraste acentuado entre uma dimensão material e uma dimensão imaterial, cuja interação está no centro do smart power da NATO, que é emblemático do desenvolvimento e da prática do poder do século XXI. Assim, as relações com os seus concorrentes são renovadas de uma forma essencialmente desmaterializada e discursivamente conflituosa, tornando cada vez mais obsoleto o uso da força física convencional, ao mesmo tempo que nos recorda o que é ou deve ser a subjetividade do Atlântico Norte.
Este artigo tem por objetivo analisar a adaptação da NATO aos desafios do ciberespaço, no século XXI, bem como a forma como Portugal o encarou na área da segurança e defesa, no mesmo período. Assim, incidiu-se a investigação nos níveis político, militar e técnico da Aliança Atlântica, de modo a perceber-se a importância do ciberespaço e quais as alterações preconizadas, situação posteriormente estendida a Portugal, tendo em vista conhecer o contributo nacional para a NATO nesta área. Na componente militar foi adotada a metodologia DOTMLPFI (Doctrine, Organization, Training, Material, Leadership, Personnel, Facilities and Interoperability), para efeitos de sistematização e coerência, para ambas as partes. No final apresenta-se de forma sumarizada uma análise e conclusões, mostrando quais as áreas onde Portugal se evidenciou. Efetuou-se, complementarmente, uma análise ao conceito estratégico da NATO, aprovado na Cimeira de Madrid, em 2022, no que ao ciberespaço diz respeito, tendo em vista verificar o alinhamento entre o ciberespaço e as três tarefas estratégicas.
Efeitos Colaterais Para Sempre: Militarização e Comercialização nas Operações do Ciberespaço da NATO Este artigo explora as implicações das operações no ciberespaço dentro da NATO, elucidando sobre as mudanças nas dinâmicas de poder, funções e fronteiras setoriais que abrangem os domínios militar, civil e privado. Essas transformações revelam duas potenciais dinâmicas: militarização e comercialização. À medida que a importância das operações no ciberespaço continua a crescer, este estudo vincula a necessidade urgente de uma governança adaptativa e abordagens estratégicas para navegar pelas paisagens de segurança em evolução dentro da Aliança e enfrentar os potenciais desafios.
Num mundo cada vez mais global e tecnológico, as infraestruturas que suportam a conetividade digital, célere e permanente, adquirem um carácter imprescindível, uma vez que a transmissão da mesma quantidade de dados por outras vias é mais lenta, mais dispendiosa e insuficiente para atender às necessidades atuais a nível mundial. Eventos recentes tornaram claro que os cabos submarinos estão em risco. Os adversários da OTAN estão não só cientes das vulnerabilidades existentes e conexas a este tipo de infraestrutura como, também, prontos e dispostos a explorá-las. Isto origina, inevitavelmente, implicações diversas para a segurança e interesses dos Estados aliados, às quais Portugal, como único país do mundo com ligações diretas de cabos submarinos estabelecidas com todos os continentes, à exceção da Antártida, não se deve alhear.
A Guerra da Ucrânia trouxe uma urgência ao debate da integração da defesa europeia e uma renovada legitimidade à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), com a adesão rápida da Finlândia e da Suécia, dois países tradicionalmente neutros. No entanto, a existência da Aliança, liderada pelos EUA, que vêm demonstrando uma posição ambígua face à emergência de mais um novo ator geopolítico como a União Europeia (UE), além da China, tem causado algumas dúvidas sobre o verdadeiro interesse norte-americano no desenvolvimento de capacidades de defesa modernas e autónomas no continente europeu. Daí a utilidade de uma perspetiva como a do yin e yang, pela noção de uma dinâmica complementar que aqui se esboça e que poderá conduzir a uma solução harmoniosa, como a existência de um pilar de defesa europeu dentro da OTAN. Indo para lá do debate teórico e como proposta executiva, defende-se uma maior integração, modernização e digitalização da base tecnológica europeia de modo a poder concorrer com as suas congéneres norte-americanas e examina a desejável divisão de encargos entre países aliados, de modo a esta passar a incluir o valor comercial dos dados dos cidadãos, empresas e organizações europeias, aos quais as gigantes tecnológicas norte-americanas têm acesso sem reciprocidade.

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NATO (EUA, 1949) Política espacial Ciberespaço Ciberdefesa Cibersegurança Tecnologia Conceito estratégico Relações civis-militares Segurança marítima Cabos submarinos Infraestruturas críticas Vulnerabilidades Defesa da Europa Ameaças Portugal Ucrânia EUA

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Instituto da Defesa Nacional

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