ESSCVP - Salutis Scientia – Revista de Ciências da Saúde
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Recent Submissions
- A Fisioterapia no edema pós-cirúrgico do pé: revisão de literaturaPublication . Diogo, Andreia; Santos, Camila; Guerreiro, Inês; Appleton, Mafalda; Araújo, Margarida; Florindo, Margarida Maria EstevesA formação do edema no pé após cirurgia pode ser a principal razão para a instalação da dor, disfunções da marcha e de prolongamento do período de recuperação. Esta revisão foi realizada com o objetivo de identificar os resultados da Fisioterapia no edema pós-cirúrgico do pé e de nomear componentes de avaliação importantes na escolha do programa de intervenção. A pesquisa foi realizada nas bases de dados, PubMed, Cochrane Central Register of Controlled Trials e PEDro usando as palavras-chave: ankle AND swelling AND surgery; ankle AND swelling AND physiotherapy; ankle AND edema AND surgery; ankle AND edema AND physiotherapy. Foram incluídos artigos em português e em inglês e estudos experimentais com uso da Fisioterapia no edema pós-cirúrgico do pé. Como critérios de exclusão foram considerados artigos cuja causa da formação de edema no segmento pé fosse de origem cardiorrespiratória, renal e/ou venosa e estudos realizados em indivíduos com idade inferior a dezoito anos. Os resultados mostraram que a abordagem precoce é importante, que a avaliação de atividades funcionais é crucial e apontam como principais intervenções: o exercício ativo, a transferência de peso e a realização de atividades como a marcha e subir e descer escadas. A recuperação funcional está diretamente relacionada com a formação/remoção do edema pelo que a sua prevenção e tratamento são determinantes na recuperação pós-cirúrgica.
- Origem e diagnóstico do SARS-CoV-2Publication . Aires-de-Sousa, MartaA doença COVID-19 caracteriza-se por uma síndrome respiratória aguda grave (SARS), tendo surgido pela primeira vez na China, em dezembro de 2019, associada a um grande mercado de peixe em Wuhan. A doença é causada por um novo Coronavírus (CoV), designado SARS-CoV-2 pela semelhança com o SARS-CoV que foi responsável por um surto de SARS em 2002-2004 na China. A análise filogenética de genomas completos mostrou que o SARS-CoV-2 pode ter origem num CoV do morcego (96% de identidade genética). Sem uma vacina nem medicamentos antivirais específicos para a COVID-19, a deteção precoce e fiável do novo Coronavírus é fundamental. Nesta revisão, apresentamos os métodos de diagnóstico atuais para o SARS-CoV-2, incluindo manifestações clínicas, imagem torácica e deteção laboratorial, discutindo as respetivas vantagens e limitações.
- Estratégias de intervenção em ambiente escolar dirigida às crianças com alergia alimentarPublication . Pinheiro, Ana Catarina; Fidalgo, Catarina; Mendes, Carla Maria Ferreira Guerreiro da SilvaAs alergias alimentares em idade pediátrica são uma realidade cada vez mais prevalente na sociedade. A implementação de estratégias de prevenção e tratamento dirigidas a esta problemática, são cruciais para melhorar a qualidade de vida destas crianças e suas famílias, onde os profissionais que trabalham nas escolas em articulação com os profissionais de saúde, assumem um papel determinante. O objetivo desta revisão narrativa da literatura foi conhecer as estratégias/programas implementados em contexto escolar dirigidos a crianças com alergia alimentar, com impacto positivo na prevenção e controlo desta problemática. Recorreu-se a diferentes bases de dados: CINAHL, MEDLINE, PubMed, BIREME e a pesquisa centrou-se na consulta de artigos em texto integral livre, nos idiomas português, inglês e espanhol, publicados entre 2014 e 2019. As estratégias de intervenção identificadas com resultados mais efetivos, foram a formação e treino dos profissionais que trabalham nas escolas, o tratamento de reações alérgicas e a adoção de políticas escolares de redução do risco de exposição a alergénios. Os estudos foram unânimes sobre os benefícios da formação periódica de todos os profissionais das escolas para a melhoria dos cuidados às crianças com alergias alimentares.
- Pressões respiratórias máximas e índice de massa corporal em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crónica: que relação?Publication . Ferraz da Rosa, Tiago; Marques, Daniela; Raposo, Liliana Bárbara Perestrelo de Andrade eIntrodução: A DPOC envolve, além de uma limitação ao débito aéreo, alterações de peso e da atividade dos músculos respiratórios. A realização de pressões máximas respiratórias (PMR) tem evidenciado alterações nos seus valores, quer em indivíduos com peso normal, quer em indivíduos com excesso de peso/obesidade. Objetivos: 1) caracterizar as PMR em indivíduos com DPOC de acordo com as classes de índice de massa corporal (IMC), 2) identificar as diferenças nas PMR de acordo com o grau de gravidade de obstrução das vias aéreas e com a presença/ausência de hiperinsuflação pulmonar, 3) determinar a associação entre o IMC, o FEV1%Pred, o RV %pred e as PMR e 4) caracterizar o grau de gravidade da obstrução das vias aéreas e a presença/ausência de hiperinsuflação pulmonar de acordo com as classes de IMC. Metodologia: Setenta e três indivíduos com diagnóstico de DPOC realizaram espirometria, pletismografia corporal total e determinação das PMR. Analisou-se a presença de associações entre o IMC, as PMR e FEV1%Pred. Resultados: Observaram-se associações entre o FEV1%Pred e a PImáx %pred (r=0,322; p=0,005), entre o FEV1 a PImáx (KPa) (0,238; p=0,042) e entre o RV (%) e a PImáx %pred (r=-0,234; p=0,046). O grupo com peso normal apresentou uma maior percentagem de indivíduos com critério de hiperinsuflação pulmonar, relativamente ao excesso de peso/obesidade (48,1% e 39,1%, respetivamente). Conclusão: A evidência de correlação entre as PMR, o IMC e o FEV1%Pred indicam que o estudo da função muscular respiratória deve assumir um papel ativo na caracterização de indivíduos com DPOC.
- Outcomes comportamentais de crianças autistas em intervenções com hidroterapia - uma revisão crítica da literaturaPublication . Centeio, Vanessa; Gomes, Martinho; Casaca Carreira, JoãoO Espetro de Autismo (EDA) é um transtorno invasivo do desenvolvimento, caracterizado pelo comprometimento em três áreas do desenvolvimento: interação social, comunicação e comportamento. Acredita-se que a Hidroterapia, através dos seus efeitos nestes utentes, contribui para a melhoria do desenvolvimento motor, ativação de áreas de concentração e integração social. Objetivo: Este estudo tem por objetivo identificar os outcomes comportamentais que são avaliados em estudos experimentais com crianças autistas utilizando a Hidroterapia. Métodos: é uma revisão crítica da literatura com 10 estudos, que incluem 134 crianças com diagnóstico de autismo dos 6 aos 12 anos. Para avaliação foram utilizados os seguintes instrumentos: WOTA, PEDS-QL, YMCA Water Skills Checklist, Movement Assessment Battery for Children (ABC), Humphries Assessment of Aquatic Readiness (HAAR) e a Lista de Verificação de Habilidades Aquáticas. Resultados: verificou-se que todas as crianças, mesmo aquelas classificadas com grau de autismo grave (Rett), obtiveram aumento nos diferentes níveis (social, cognitivo, motor e comportamental). No entanto, comprovou-se que nem todos obtiveram ganhos a todos os níveis, nomeadamente a nível comportamental e social, embora todos tenham ganho habilidades aquáticas e motoras. Conclusão: verificou-se, portanto, que a Hidroterapia foi efetiva na intervenção em crianças com autismo, existindo ainda limitações quanto aos seus critérios e métodos de avaliação, focando a sua atenção nos ganhos mais visíveis como os motores, e não tanto ao nível social e comportamental.
- Síndrome de Wellens: um padrão ignoradoPublication . Alves, VanessaA síndrome de Wellens foi descrita pela primeira vez em 1982 por Wellens e seus colegas em doentes que apresentavam um quadro clínico de angina instável. No eletrocardiograma observam-se alterações específicas da morfologia da onda T que estão associadas à estenose crítica do segmento proximal da artéria coronária descendente anterior esquerda. O seu reconhecimento no eletrocardiograma é muito importante, pois esta síndrome representa um enfarte anterior extenso que reperfundiu. No caso clínico apresentado podemos verificar a evolução de um doente com esta patologia desde a sua admissão no serviço de urgência.
- A influência do peso da mochila escolar na variação angular do joelhoPublication . Noronha, Maria; Martins, Rodrigo; Alves, SandraA marcha é uma atividade de extrema importância na funcionalidade e independência do indivíduo no seu dia-‐a-‐dia, de forma que qualquer fator interno ou externo que a modifique torna-‐se importante de avaliar. Objetivo do estudo: Identificar as alterações angulares do joelho, decorrentes da variação do peso em mochilas escolares. Metodologia: Participaram no estudo três crianças com idades entre os seis e os oito anos. Foi analisada a variação angular da anca e do joelho, no plano sagital, sem mochila e com mochila carregada a 10%, 15% e 20% do peso corporal dos sujeitos. Resultados e conclusão: Devido à reduzida dimensão da amostra, não é possível tirar conclusões significativas, no entanto, os resultados parecem indicar que não existe relação de causa-‐efeito entre o aumento da flexão do joelho e o aumento da percentagem de carga na mochila.
- Aplicabilidade do jogo MoveFitness como ferramenta de treino aeróbio: Uma comparação com diretrizes atuais que definem os vários níveis de intensidade de treino aeróbioPublication . Biscaia, Ricardo; Martins, Rodrigo; Alves, SandraObjetivo: Verificar o potencial da utilização do videojogo MoveFitness para a Play Station (PS)3 como ferramenta ou complemento de um programa de exercício físico na melhoria e performance aeróbia, pretendendo-‐se verificar se a realização de um plano pré-‐definido de exercícios no jogo MoveFitness, para a PS3, designado como “Fortalecimento de Cardio”, se enquadra nos parâmetros de treino cardiovascular definidos na literatura. Metodologia: 30 jovens adultos saudáveis, com idades compreendidas entre os 18 e os 29 anos, participaram em duas fases denominadas de Fase-‐Tutorial (FT) e Fase-‐Prova (FP), sendo que na FT os participantes treinavam o manuseamento dos comandos Move e os vários exercícios a realizar. Durante a FP os participantes executaram o programa pré-‐definido na PS3 (6 exercícios intervalados com pausa) e foram registados valores da frequência cardíaca em cada patamar de descanso e durante a realização do plano de exercício. Resultados: A média (DP) da frequência cardíaca dos participantes durante o plano de exercício foi de 78% (6.39). Através do T-‐test para amostras emparelhadas, foi verificada a existência de diferenças estatisticamente significativas entre três pares de Laps: entre as Laps 1 e 2 (p=0,000), entre as Laps 2 e 3 (p=0,031) e entre as Laps 4 e 5 (p=0,049). Conclusão: A realização do plano de exercício “Fortalecimento de Cardio” do Videojogo MoveFitness para a PS3 proporciona uma atividade aeróbia adequada para jovens adultos saudáveis, visto ser possível atingir os parâmetros recomendados pela American College of Sports Medicine (ACSM) e pela American Heart Association (AHA).
- Comparação entre equações de referência: Repercussões na interpretação da espirometriaPublication . Carriço, Inês; Clemente, Vera; Raposo, LilianaA espirometria é uma prova de função respiratória, cuja interpretação é baseada na comparação dos valores medidos relativamente aos valores previstos para cada indivíduo. Os valores previstos são obtidos através de equações de referência, sendo estas determinadas por dados antropométricos e demográficos dos indivíduos. As diretrizes internacionais não recomendam a utilização de nenhuma equação de referência específica para a Europa, porém a mais comummente utilizada é a da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), datada de 1983, que não parece estar apropriada a todas as populações contemporâneas. Diversos estudos têm demonstrado a necessidade de inclusão de outros parâmetros na determinação das equações, nomeadamente a altitude e o Índice de Massa Corporal. A idade dos indivíduos também tem sido analisada com mais pormenor, visto que os trabalhos mais antigos não incluíam muitos indivíduos com idades superiores a 65 anos. A necessidade de uma constante atualização dos valores de referência para a espirometria, tendo em consideração as diferentes características das populações e a sua diversificada evolução, são importantes para a avaliação clínica dos indivíduos. A presente revisão de literatura pretende identificar quais as equações de referência mais utilizadas, comparar estudos entre equações e identificar quais os parâmetros utilizados para a seleção dos indivíduos que compõem a população em estudo.
- Análise custo-efetividade da intervenção coronária percutânea diferida versus efetuada com base na avaliação da fração de fluxo de reserva coronáriaPublication . Munguambe, Vanda; Pereira, Ernesto; Raposo, NunoIntrodução: Actualmente a intervenção coronária percutânea (ICP) é o tratamento de eleição da cardiopatia isquémica, com indicação duvidosa em lesões intermédias, recomendando-‐se a avaliação da fração do fluxo de reserva coronária (FFR). Em Portugal desconhece-‐se o impacto económico desta intervenção. Objetivo: Realizar, na perspetiva do hospital, uma avaliação de custo-‐efetividade da recomendação para efetuar ou diferir ICP baseada na medição dos valores de FFR em lesões coronárias intermédias, analisando a ocorrência de eventos cardíacos adversos major (ECAM), particularmente, reintervenção no vaso-‐alvo (RVA), durante o seguimento de um ano. Métodos: Entre 2008 e 2010 analisaram-‐se 258 doentes submetidos a coronariografia, com 347 lesões estudadas por FFR. Constituíram-‐se dois grupos baseados nos valores de FFR em que <0,80 implicou angioplastia (Grupo A) e ≥0,80 diferiu a intervenção (Grupo B). De 2010 a 2013, foram seguidos 251 doentes pesquisando-‐se ocorrência de ECAM. Calcularam-‐se os custos diretos (por doente) relativos à intervenção inicial (procedimento e internamento), e ao seguimento. Resultados: Os custos iniciais foram 4041.47€ para o Grupo A e 2177.65€ para o Grupo B (Δ 1863.82€). O custo durante o seguimento foi de 361.81€ no Grupo A e 446.35€ no Grupo B (Δ 84.55€). O custo final foi 4403.12€ no Grupo A e 2624.00€ no Grupo B (Δ 1779.12€). A ocorrência de ECAM relativamente à taxa de RVA foi 1.6% nos dois grupos. Conclusão: O estudo comprovou que diferir ICP baseada no valor de FFR é custo-‐efetiva em determinados doentes, não prejudicando os resultados em saúde e evitando custos desnecessários.