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Advisor(s)
Abstract(s)
Na identificação genética de restos cadavéricos humanos é fundamental a selecção do material biológico a submeter à análise genética, revestindo se de importância relevante a escolha das
amostras mais adequadas ao estado dos restos cadavéricos A capacidade de estudar o ADN pela técnica de PCR (polimerase chain reaction) permite analisar quantidades de ADN reduzidas, isoladas a partir de dentes e de fragmentos ósseos, bem como a partir de unhas, contudo, o problema que surge quando se trabalha com ADN destas amostras è a degradação da cadeia de ADN que ocorre após a morte, a própria contaminação por ADN microbiano e/ou a presença de inibidores da PCR,
Verificou se que dos 4306 indivíduos estudados em polimorfismos de ADN, pertencentes a exames forenses no âmbito do foro cível, 67 eram indivíduos cadáveres, que necessitaram de esclarecimento da sua identidade ou que eram intervenientes em exames de investigação biológica de filiação e para tal houve necessidade de recorrer a exumação. Em 73 destes indivíduos não foi possível trabalhar com amostras de sangue porque o estado do cadáver não o permitia Em alternativa, o estudo do perfil genético recaiu sobre outro material biológico disponível Os perfis genéticos de 5 indivíduos foram estudados a partir de unhas, comparados com dentes e/ou ossos do próprio e identificados por análise comparativa com os perfis dos supostos familiares.A
identificação, pelas unhas, foi possível em 4 das 5 vítimas estudadas O facto de não ter sido possível obter um perfil genético num dos casos, pode dever se, provavelmente, à permanência
do cadáver em água salgada (caso 2 Nos dentes, foram obtidos resultados porque a dentina e o esmalte protegem a polpa, constituída por grande densidade celular e deste modo, a
recuperação do ADN é maior
As
unhas oferecem uma oportunidade para identificar cadáveres, por análise genética comparativa com supostos familiares, contudo há que ter em atenção que a taxa de sucesso dos
resultados depende do tipo de material biológico, do estado de cadáver, do local em que o mesmo foi encontrado, do intervalo post mortem 4 Por outro lado, verificou se que, em alguns casos,
os fragmentos amplificados de maiores dimensões são mais difíceis de detectar do que os de menores dimensões (caso 3 podendo este facto ser devido à molécula de ADN estar parcialmente
fragmentada
A
metodologia de extracção de ADN das unhas torna se vantajosa relativamente à usada para os dentes e ossos
Antes
de se proceder à digestão proteolitica, os ossos são laminados com auxilio de serra eléctrica, em finíssimas lascas, e posteriormente reduzidos a pó por acção de azoto líquido, num
criotriturador 6750 freezer mill No caso dos dentes, o procedimento é semelhante não havendo contudo necessidade de utilizar a serra Relativamente às unhas o procedimento inicia se com a
digestão proteolitica, logo após a desinfecção inicial Deste modo, o protocolo de extracção de ADN das unhas torna se mais rápido e menos dispendioso Além disso a manipulação do azoto
líquido acarreta riscos para o técnico uma vez que se trata de um gás inodoro e liquefeito a uma temperatura de 210 ºC, provocando acidentalmente queimaduras graves, e intoxicação sem que
possam ser perceptíveis. As unhas são um meio alternativo para a identificação genética, contudo o perito médico legal deverá ter em consideração que para além das unhas deve colher outro tipo de amostra biológica
Description
Poster apresentado no 3º congresso Nacional de Medicina Legal, 2004, Porto, Portugal
Keywords
Identificação cadavérica STR profile DNA degradado