ESEL - Dissertações de Mestrado
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- 5 ritmos de dançaPublication . Pereira, PatríciaRelatório de projecto de uma experiência piloto “5 Ritmos de Dança” que se insere no âmbito da enfermagem de saúde mental e psiquiátrica, no desenvolvimento de competências previstas para o enfermeiro especialista na área. Elegemos as intervenções autónomas de enfermagem, propondo a utilização da actividade expressiva, designadamente a dança e movimento. Este projecto teve como finalidade o desenvolvimento de uma actividade para promover a saúde mental em grávidas e crianças/jovens recorrendo à dança como medidor privilegiado na intervenção terapêutica de enfermagem em grupo. Os objectivos do projecto visaram: dinamizar grupos de dança e movimento; adequar as sessões aos grupos-alvo; promover a participação das enfermeiras das unidades; avaliar as sessões de dança na perspectiva dos enfermeiros e clientes que participaram. Foram desenvolvidas sessões com dois grupos distintos: grupo de grávidas no último trimestre de gravidez a frequentar aulas de preparação para o parto e um grupo de crianças e jovens em situação de internamento num serviço de saúde mental. As sessões de dança foram inspiradas no modelo 5Rhythms, sendo adaptado aos contextos, objectivos e população alvo. No final de cada sessão foi manifestado pelos clientes sentimentos de tranquilidade, prazer e bem-estar, tendo-se fomentado a vivência de experiências gratificantes e favorecido a interacção. Da avaliação realizada pelos enfermeiros os exercícios propostos, a música e a interacção foram os itens cotados mais positivamente.
- A acupressão como terapia complementar durante o trabalho de partoPublication . Abranches, Patrícia Verónica Domingues; Afonso, EsmeraldaO presente relatório abrange a evolução ao longo do percurso de aprendizagem no 5º Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia (CMESMO), nos vários Ensino Clinico (EC), especialmente do Ensino Clínico Estágio com Relatório (ECER). Para o desenvolvimento das competências preconizadas para esta Unidade Curricular (UC) foi delineado um objetivo geral: aprofundar conhecimentos que permitissem desenvolver competências, como Enfermeiro Especialista em Saúde Materna e Obstétrica (EESMO), no cuidado à mulher, feto/recém-nascido e família durante a gravidez, trabalho de parto (TP), puerpério e em situação de doença ginecológica. Ao longo deste relatório descrevo, analiso e avalio a forma como desenvolvi as atividades que me permitiram desenvolver as competências supracitadas. Paralelamente ao desenvolvimento destas competências foi selecionada uma temática de interesse: A acupressão como terapia complementar durante o trabalho de parto – contributos para o cuidado de Enfermagem em Obstetrícia, sendo que o objetivo especifico estabelecido foi desenvolver competências no alívio da dor da mulher em TP através de estratégias não farmacologicas (ENF), especificamente das terapias complementares e alternativas (TCA) como coadjuvantes dos Cuidados de Enfermagem nesta área específica. Considerei pertinente abordar ainda outras terapias – Shiatsu e acupunctura - pela sua íntima relação com a acupressão, demonstrada pela evidência. Para dar resposta a este objetivo foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica, em bases de dados e junto de entidades oficiais na área das terapias complementares. Através da análise da evidência científica consegui aprofundar conhecimentos relativamente à acupressão e perceber a sua importância no controlo da dor da mulher em TP, assim como a forma como estas podem ser coadjuvantes nos cuidados de Enfermagem Especializados em Saúde Materna e Obstétrica. Ao longo dos vários EC tive oportunidade de dar a conhecer as terapias complementares aos pares, aplicar as mesmas e verificar alguns dos seus efeitos. Contudo a evidência científica nesta área é ainda escassa como referem os autores analisados. Tendo em conta a particularidade da temática e a pesquisa realizada considerei apropriado fundamentar o presente trabalho na “Teoria dos Seres Humanos Unitários” de Martha Rogers com orientação para “campos da energia” e “padrão de ondas”.
- A adaptação da criança à situação de doença e hospitalizaçãoPublication . Mendonça, Maria José Cruz; Sousa, Maria FilomenaA doença e hospitalização são experiências que exigem uma profunda adaptação da criança às diversas mudanças que ocorrem no seu quotidiano, impedindo-a de frequentar ambientes que favorecem o seu desenvolvimento saudável. O brincar usado de modo intencional e sistemático pode promover a adaptação e aprendizagem da criança numa experiência positiva de hospitalização (Pereira et al, 2010). O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem (EEESCJ) pelos conhecimentos que detém deve desenvolver um papel preponderante na prestação de cuidados especializados à criança através da utilização do brincar como uma forma de distração, recreação ou como um instrumento terapêutico de enfermagem. A utilização do brincar nos cuidados de saúde permite - diversão e relaxamento; a criança a sente-se mais segura no ambiente hospitalar; minimiza a ansiedade da separação em relação aos pais ou outro significativo; alivia tensões e sentimentos como a tristeza; estimula a interação, a comunicação e o desenvolvimento de atitudes positivas; atua como meio de atingir metas terapêuticas; a criança aceita mais facilmente os cuidados de enfermagem; coloca-a em posição ativa, oferecendo-lhe a possibilidade de fazer escolhas e de sentir no comando; e proporcionar o desenvolvimento infantil (Algren, 2006). O presente Relatório de Estágio apresenta-se como uma reflexão das atividades desenvolvidas, face à bibliografia cientifica existente sobre a utilização do brincar nos cuidados de saúde, tendo em atenção o papel do EEESCJ, como principal promotor da sua utilização. Contudo, o objetivo transversal a este percurso de estágio foi o desenvolvimento de competências como EEESCJ.
- A adaptação do doente oncológico à ostomia de eliminação intestinalPublication . Medeiros, Cláudia Elisabete de Oliveira; Costa, Alexandra Pinto Santos daO cancro colo-rectal é a 2ª neoplasia mais frequente na Europa e em Portugal, implicando muitas vezes que na sequência do tratamento cirúrgico a pessoa fique com uma ostomia de eliminação intestinal (OEI). A realização de qualquer OEI altera de modo transitório ou definitivo, a fisiologia gastro-intestinal e a imagem corporal, que afeta a autoestima e modifica todo o processo de vida da pessoa. O impacto na pessoa das complexas e limitativas alterações que uma OEI lhe impõe condicionam a vida familiar, laboral, afetiva, social e mesmo financeira, exigindo que a pessoa se adapte a uma diversidade de alterações. Estas vão variando desde o momento do diagnóstico até ao período do pós-operatório (ambulatório). O enfermeiro têm uma função importante para a adaptação do doente à OEI, contribuindo com intervenções abrangentes e individualizadas que pertençam a um plano de ensino. Estas devem ser implementadas de modo sistemático, regular e sem dispensar a avaliação da adaptação da pessoa a esse mesmo plano. Foi realizada uma auditoria aos registos de enfermagem que mostra que a informação sobre “o que é uma ostomia”, “complicações” e “avaliação do ensino” teve taxas de 0%, ficando os “direitos e acessibilidade” com 42%, os cuidados com “alimentação” foi de 62% sendo os “cuidados com o estoma e pele periestomal” e “trocar a placa e saco” de 75% e 83% respetivamente. Após optou-se por uma formação à esquipa de enfermagem, foram parametrizadas em linguagem CIPE® as intervenções educativas que constam de um plano educativo ao doente com OEI e realizado um folheto para os direitos e a acessibilidade, no final foi realizada uma nova auditoria aos registos de enfermagem onde se conclui que houve melhoria nas intervenções educativas ao doente oncológico com OEI.
- A alimentação saudável em idade escolar: saber comer para melhor crescerPublication . Araújo, Ana Rita Figueira de; Bacatum, ClaudiaA alimentação saudável constitui um fator fundamental para o desenvolvimento integral e harmonioso de todos os indivíduos e, em particular, das crianças. Os hábitos alimentares são adquiridos sobretudo na infância e tendem a manter-se durante a vida. A função da família é inultrapassável, mas a escola pode e deve dar um contributo significativo, transmitindo conceitos científicos e detetando erros que velhos ou novos hábitos vão integrando regularmente na vida familiar e coletiva. A enfermagem comunitária, focada na comunidade, encontra-se especialmente habilitada para capacitar as crianças e suas famílias, através da promoção da saúde, aumentando a resiliência e os fatores protetores. Este projeto teve como objetivo geral promover a capacitação das crianças e suas famílias para a adoção de hábitos alimentares saudáveis. Foi realizado numa escola básica de Odivelas, com uma amostra de 60 crianças e respetivas famílias. As crianças tinham idades compreendidas entre os 9 e os 11 anos e frequentavam o 4º ano do 1º ciclo. Como metodologia, seguiu-se o Planeamento em Saúde, de acordo com Tavares, Imperatori e Giraldes, e, como referencial teórico, o Modelo de Promoção da Saúde de Nola Pender. No diagnóstico de situação, recorreu-se a uma abordagem quantitativa, com aplicação de duas técnicas de colheita de dados, o questionário Espiga e a grelha de observação dos lanches intercalares. Nos resultados foram identificadas as caraterísticas e experiências individuais que determinam os hábitos alimentares destas crianças. A educação para a saúde foi a estratégia utilizada para promover o processo de capacitação na autoeficácia percebida, otimizando os recursos interpessoais e situacionais. Conclui-se que a implementação deste projeto foi uma forma eficaz de aumentar os conhecimentos e iniciar o processo de mudança em relação a hábitos alimentares saudáveis. A sua realização contribuiu para o reconhecimento da importância da promoção da saúde e da capacitação das crianças e famílias na adoção de comportamentos promotores de saúde. Paralelamente propiciou, também, o desenvolvimento de competências especializadas em enfermagem comunitária.
- A avaliação das atividades básicas de vida diária do doente idoso hospitalizadoPublication . Nascimento, Sílvia Sofia Carrulo Lopes do; Gomes, Idalina DelfinaO declínio do grau de (in)dependência do doente idoso hospitalizado na realização das suas atividades básicas de vida diária (ABVD) pode conduzir à dependência, à diminuição da qualidade de vida, à institucionalização e/ou à morte do idoso, pelo que este projet tem como finalidade prevenir a sua ocorrência. Este emerge da ausência no serviço de uma avaliação objetiva do grau de (in)dependência do doente idoso hospitalizado e de linhas de orientação para a prevenção do seu declínio. Visa o desenvolvimento de competências pessoais e na equipa de enfermagem na prestação de cuidados à pessoa idosa, nomeadamente na avaliação sistemática das suas ABVD e na implementação de intervenções que permitem a sua otimização, bem como, o desenvolvimento ainda de competências como futura enfermeira especialista no âmbito da formação, investigação e gestão. Para a sua consecução recorreu-se a uma metodologia de projeto e envolveu-se toda a equipa de enfermagem (22 enfermeiros) e os doentes idosos internados no serviço. No diagnóstico inicial e monitorização final efetuaram-se questionários aos enfermeiros, realizaram-se notas de observação, analisaram-se registos de enfermagem e, para avaliar os contributos do projeto, solicitou-se uma reflexão aos participantes. Paralelamente, prestaram-se cuidados diretos aos doentes idosos, suportados pelo modelo de parceria. Os dados emergentes foram sujeitos a uma análise estatística e de conteúdo. Os seus resultados revelam que este projeto me permitiu olhar para o idoso de uma forma holística e multidimensional, com necessidades decorrentes do seu processo de envelhecimento e de transição de saúde-doença. Este viabilizou o desenvolvimento de uma prática baseada na evidência, centrada no idoso e nas suas ABVD em risco de declínio, o que me permitiu otimizar o seu desempenho e promover o cuidado de si. Com a implementação do Índice de Barthel no serviço, os enfermeiros passaram a avaliar, de forma sistemática e em parceria com os idosos, o seu grau de (in)dependência, sendo esta avaliação visível em 100% dos seus registos. Contrariamente à fase de diagnóstico, as intervenções implementadas para prevenir o declínio do desempenho do idoso passaram a ser baseadas na evidência científica (compilada no manual elaborado em parceria com a equipa de enfermagem), na avaliação objetiva das suas ABVD e a possuir maior enfoque na promoção do cuidado de si.
- A avaliação do desenvolvimento infantilPublication . Araújo, Silvia Isabel Marques; Soveral, Maria ManuelaEste relatório visa refletir o processo de aprendizagem decorrente do curso de Mestrado em Enfermagem na Área de Especialização de Saúde Infantil e Pediatria para a aquisição e o desenvolvimento de competências de Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Juvenil. Pretende-se descrever e analisar aos objetivos e atividades delineadas nos diferentes contextos clínicos, assente numa metodologia reflexiva, crítica e construtiva sobre a prática. A redação do texto contempla ainda analisar as filosofias de cuidados, os quadros de referência de enfermagem e a evidência científica pertinente, que orientam a prática de cuidados especializados. No dever de procurar a excelência na prestação de cuidados, a avaliação do desenvolvimento infantil e a relevância na intervenção do Enfermeiro Especialista surgiu como catalisador para planear e concretizar este percurso formativo. Uma das áreas privilegiadas de intervenção autónoma dos enfermeiros é a avaliação e a promoção do crescimento e do desenvolvimento infantil, reconhecendo na família o parceiro ideal para maximização do potencial de cada criança. A avaliação do desenvolvimento infantil exige conhecimentos especializados e uma comunicação sensível à aos estádios de desenvolvimento e à diversidade de crianças e famílias, definindo estratégias de atuação em parceria capazes também de gerir o bem-estar e detetar e encaminhar precocemente os desvios que comprometam a qualidade de vida. Pais conscientes da avaliação de desenvolvimento do seu filho reportam maior satisfação na relação com os profissionais e com os cuidados de saúde, um importante indicador de qualidade e demonstrativo da relevância da profissão. Embora parte integrante da prática generalista, os cuidados especializados devem assumir a liderança na gestão e qualidade da avaliação do desenvolvimento infantil e incutir boas práticas fundamentadas como a utilização sistemática de instrumentos de avaliação válidos.
- A classificação internacional para a prática de enfermagem como um instrumento de melhoria contínua da qualidade dos cuidados de enfermagem à criança/famíliaPublication . Alves, Manuel António Rodrigues; Sousa, Odete Lemos eA avaliação do desenvolvimento infantil constitui vital importância na sua promoção e vigilância, representando uma dimensão de cuidados essencial para o EESIJ, abordada num primeiro momento deste relatório. O desenvolvimento de competências nesta área permitiu a proposta da Escala de Avaliação do Desenvolvimento Infantil de Mary Sheridan Modificada, para utilização no serviço de pediatria da instituição onde exerço funções. A CIPE enquanto terminologia global para a prática de enfermagem e definida obrigatoriamente para utilização no SIE informatizado nacional desde 2007, representa deste modo um instrumento essencial para reflexão qualitativa sobre a analogia das práticas realizadas e documentadas, promotor da sua autonomia e da visibilidade de resultados dos respectivos cuidados. Neste âmbito conheci outras realidades institucionais onde contactei com responsáveis sobre Qualidade e SIE, equipas de enfermagem e respectivos padrões documentais, partilhando conteúdos, promovendo sinergias e desenvolvendo competências como perito nesta área. Os últimos campos de estágio deste relatório realizados na minha instituição, visaram a proposta qualitativa para o SIE do serviço de urgência pediátrica e a coordenação do processo de melhoria da Qualidade dos Cuidados de Enfermagem prestados à Criança/Família na UCINP, visando necessidades evolutivas do padrão CIPE/SAPE do serviço. De relevar ainda a proposta que apresentei e discuti com a enfermeira directora, definindo estratégias e analogias entre práticas clínicas, SIE e Qualidade dos Cuidados, demonstrando competências globais na área da gestão (institucional, coordenação de equipas e gestão de conflitos), essenciais na transição para EESIJ. As potencialidades e limitações do aplicativo informático SAPE, a compreensão do percurso evolutivo da CIPE, as perspectivas futuras dos sistemas de informação em saúde e a interoperabilidade institucional de informação, constituem assim temáticas estratégicas para a enfermagem portuguesa abordadas e contextualizadas neste relatório. A definição do RMDE portugueses visando a criação de Indicadores de Enfermagem, representa um objectivo primordial nesta globalizada sociedade de informação e exigência qualitativa das actuais políticas de saúde.
- A comunicação com o adolescentePublication . Figueiredo, Ana Paula de Almeida; Sousa, Maria Filomena; Realista, PaulaAs idades de atendimento nos serviços de urgência de pediatria portugueses variam de hospital para hospital oscilando o limite superior entre os 14 e os 18 anos. Com a publicação do Despacho nº 9871/2010 que determina o alargamento da idade de atendimento pelos serviços de pediatria, no serviço de urgência, consulta externa, hospital de dia e internamento até aos 17 anos e 364 dias, os serviços que ainda não fazem atendimento até esta idade, devem criar condições adequadas para que tal seja possível. Estas condições passam não só pela criação de estruturas físicas adequadas mas também pela formação dos profissionais de saúde, que devem possuir competências específicas para o atendimento do adolescente das quais se destaca a comunicação. A comunicação é essencial na relação enfermeiro/adolescente. No desenvolvimento desta relação é importante que o enfermeiro, detentor de conhecimentos científicos que envolvem competências técnicas e humanas, esteja consciente das suas atitudes perante o adolescente, que espera atenção e uma atitude compreensiva e esclarecedora. Apesar de o adolescente estar consciente das suas capacidades físicas e mentais, de revelar uma necessidade forte de comunicação, correspondente a uma ânsia de conhecimento, e de querer demonstrar a sua resistência em diferentes situações à dor e ao stress, tem fragilidades indisfarçáveis que se tornam evidentes, designadamente a sua vulnerabilidade ao internamento. Estando, portanto, o adolescente confrontado com a necessidade de formar o seu próprio carácter e prosseguir na sua afirmação individual, é natural que mantenha reservas sobre a sua personalidade. Cabe ao enfermeiro ter um conhecimento sólido sobre o adolescente nos mais variados domínios (fisiológico, psicológico, sociocultural e espiritual). De acordo com a teoria das transições de Meleis (2010), o adolescente quando recorre ao hospital encontra-se numa situação em que está a vivenciar em simultâneo várias transições: desenvolvimental, de saúde-doença e situacional. Os indivíduos em transição tendem a ser mais vulneráveis aos riscos e estes, por sua vez, podem agravar ainda mais o seu estado de saúde (MELEIS et al, 2000). O reconhecimento deste processo de transições por parte dos enfermeiros permitirá ajudar o adolescente não só a ultrapassar estas dificuldades como a conviver com as mesmas. Face a estes problemas, no desenvolvimento dos estágios tive a oportunidade de aprender, aplicar, aprofundar e mobilizar recursos e, passando da teoria à prática, fui-me consciencializando da importância de intervenção na área da comunicação. Embora aminha atenção se centrasse essencialmente no objectivo da acção que é a relação com o cliente, esta é facilitada e consolidada pelo procedimento do enfermeiro em todas as situações de consonância ou de diversidade. O percurso apresentado neste relatório centrou-se na aquisição e desenvolvimento de competências para prestar cuidados especializados à criança e jovem e família. Contribuiu para a produção do saber como uma atitude de permanente reflexão e aperfeiçoamento das práticas.
- A continuidade de cuidados à criança, ao jovem e familia de riscoPublication . Martins, Cláudia Celina Costa; Oliveira, Maria de LourdesO presente relatório pretende traduzir o percurso efectuado ao longo das várias experiências de estágio, explicitando os objectivos traçados, as actividades desenvolvidas e os processos de trabalho utilizados, bem como as competências adquiridas de Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria. A opção que ditou a escolha dos locais de estágio, foi a temática dos maus tratos, cuja finalidade é melhorar a continuidade dos cuidados de enfermagem à criança, ao jovem e família de risco. Os maus tratos são considerados um problema de Saúde Pública de grande magnitude, podendo mesmo falar-se de um flagelo social. Dada a gravidade deste fenómeno, o enfermeiro, enquanto profissional de saúde assume um papel essencial na defesa dos Direitos da Criança. No seu exercício profissional o enfermeiro tem o dever de “salvaguardar os direitos das crianças protegendo-as de “qualquer forma de abuso” (OE 2007a, p.2). A detecção precoce, o apoio continuado e o encaminhamento da criança e do jovem em risco assente na Filosofia dos Cuidados Centrados na Família, e nos Cuidados de Transição, que se constituem como os elementos principais da intervenção do EE em ESIP convertendo-se em ganhos para a saúde.O fenómeno dos maus tratos requer uma perspectiva de promoção da articulação com outros serviços e instituições de modo a melhorar a continuidade dos cuidados à criança ao jovem e à família de risco. Neste percurso foi possível desenvolver conhecimentos mais sólidos e conhecer outras formas de intervir junto da criança e do jovem vítima de maus tratos, e desenvolver competências específicas da área da ESIP, demonstradas através de uma análise das necessidades de saúde da criança, do jovem e da família nas várias etapas do ciclo de vida nos diferentes contextos e na adequação das intervenções de enfermagem. Foram ainda desenvolvidas, de um modo geral, as competências comuns do EE no domínio da concepção, gestão e supervisão de cuidados, formação e investigação. O resultado final foi a construção de um programa, aplicável à população alvo do meu contexto de trabalho, impulsionador de mudança nos cuidados de enfermagem e promotor de boas práticas.