EM - IUEM - Nutrição Clínica
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Browsing EM - IUEM - Nutrição Clínica by Subject "Adultos não diabéticos"
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- Efeito da ingestão de chá de canela C. burmannii na glicémia pós-prandial de indivíduos adultos não diabéticosPublication . Santos, Elisabeth Jerónimo dos; Bernardo, Maria AlexandraEnquadramento: A canela é uma especiaria muito utilizada na gastronomia portuguesa. Diferentes estudos têm sugerido que a canela apresenta efeitos benéficos na glicemia pós-prandial atribuindo-os à presença de compostos fenólicos na canela. Objetivos: Avaliar o efeito de um chá de canela C. burmannii (6 g de canela em pau /100 mL) no nível de glicémia capilar pós-prandial em indivíduos adultos não diabéticos. Determinar o conteúdo em fenóis e a capacidade antioxidante deste mesmo chá. Materiais e Métodos: Integraram o ensaio clínico 31 adultos não diabéticos, tendo sido avaliado o efeito do chá de canela por comparação dos valores obtidos de glicémia em jejum e após prova oral de tolerância à glicose (PTGO) aos 30, 60, 90 e 120 minutos, com os valores obtidos 7 dias depois, nas mesmas condições, após PTGO e ingestão de 100 mL de chá de canela. Foram realizados testes químicos para a determinação da quantidade de fenóis totais e de proantocianidinas (testes colorimétricos), bem como da capacidade antioxidante do chá de canela (teste FRAP) e de inibição do anião O2.-. Resultados: Verificou-se uma diferença significativa entre os valores de glicémia para os momentos t30 (p= 0.006) e t120 (p= 0.011) obtidos após PTGO seguido da ingestão de bebida teste (chá de canela) e os valores de glicemia obtidos após PTGO. Verificou-se ainda uma diminuição significativa dos valores médios da AUC (p= 0.007), Cmáx (p=0.006) e ΔCmáx (p=0.005) após ingestão do chá. A análise química revelou valores elevados de fenóis (562 mg/L ácido gálico) e de proantocianidinas (528 mg/L proantocianidina A2), bem como uma elevada capacidade antioxidante do chá de canela (4749 μmol Trolox/L). Conclusão: Os resultados sugerem que a ingestão do chá de canela pode ter um efeito benéfico no controlo da variação dos níveis de glicose no sangue após PTGO. O chá de canela revelou ser uma fonte excelente de compostos fenólicos e proantocianidinas, bem como uma elevada capacidade antioxidante.
- Efeito da ingestão do extrato aquoso do fruto da Adansonia digitata L. na glicemia pós-prandial em indivíduos não diabéticosPublication . Rita, Keyla Vanessa dos Reis Borges; Moncada, Margarida; Pintão, Ana MariaIntrodução: A diabetes mellitus é uma doença crónica que afeta 13% da população portuguesa, estimando-se um aumento para 15,8% em 2035. O fruto da Adansonia digitata L. (Baobá) é um importante recurso nutricional e medicinal. Estudos prévios verificaram a atividade hipoglicémica do fruto, atribuindo-a ao seu teor de polifenóis. Os objetivos deste estudo foram, verificar o seu efeito sobre a glicemia pós-prandial (GP) em adultos não diabéticos e verificar os compostos relacionados a esta atividade. Materiais e métodos: Após a aprovação da comissão de ética da Cooperativa Egas Moniz, foram recrutados 31 adultos não diabéticos, entre os 18 e 40 anos. Foi obtido por escrito um consentimento informado dos voluntários, aleatoriamente alocados em um grupo de controlo (GC = 16) submetidos a PTGO e um grupo de intervenção (GI = 15), submetidos a PTGO, seguida da ingestão de 250 ml de extrato aquoso de baobá (EAB). O teste da ANOVA de medidas repetidas do tipo misto foi usado para verificar a diferença dos níveis da GP em diferentes momentos e o teste-t de amostras independentes para averiguar a diferença entre os grupos do Cmáx, ΔCmáx e AUC. Foi determinado o teor de fenóis totais (FT), proantocianidinas (PA) e taninos hidrolisáveis (TH), bem como a atividade antioxidante pelos métodos FRAP, DPPH, ABTS e inibição do O2˙- e do NO˙ do EAB. Resultados e discussão: Os resultados não revelaram interação entre os fatores de medidas repetidas e independentes, não sendo possível inferir sobre as diferenças da GP em diferentes momentos. Os resultados mostraram maior Cmáx no GC em relação ao GI (p=0,029), embora não se tenha observado ΔCmáx (p=0,054) significativa. A AUC foi significativamente menor (p=0,012) no GI. Os valores de FT, PA e TH do EAB foram de 702,39±11,85 EAG/100g, 336,33±10,85 EPA2/100g e 237,63±4,71 mg EAT/100g PF, respectivamente. A atividade antioxidante foi alta, sendo o poder redutor do método FRAP de 1289,58±34,44 mg ET/100g PF e a captação dos radicais DPPH e ABTS respectivamente, de 1269,72±129,23 e 1004,42±41,65 mg ET/100g PF. O IC50 dos radicais O2˙- e NO˙ foram respectivamente 57,86±2,57 e 29,48±5,17 mg EAG/100g PF. Conclusões: Estes resultados sugerem que o EAB poderia atuar beneficamente no controlo da GP, provavelmente correlacionadas com suas propriedades antioxidantes.