ESEP - Dissertações de Mestrado
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Browsing ESEP - Dissertações de Mestrado by Subject "Acidente Vascular Cerebral"
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- A pessoa após AVC : transição da autonomia para a dependênciaPublication . Faria, Ana da ConceiçãoApesar da incidência de AVC ter diminuído nos últimos anos, nos países desenvolvidos, devido ao maior controlo dos fatores de risco, o número absoluto de pessoas vítimas desta patologia tem aumentado e para isso contribuiu o envelhecimento da população. As sequelas do AVC, na maioria das situações, implicam algum grau de dependência, afastando a pessoa de alguns papéis relevantes para si e modificando a vida da sua família para que lhe preste cuidados e para que se encarregue de tarefas antes realizadas por si. É nosso propósito compreender e analisar o processo de transição das pessoas que se tornam dependentes após AVC da artéria cerebral média e descrever os acontecimentos significativos na vivência dessa transição, a fim de contribuir para a melhoria da assistência destas pessoas. O estudo desenvolveu-se em duas Unidades de AVC do Vale do Ave, sendo de natureza qualitativa, exploratória e descritiva. Para a recolha de dados, recorremos à entrevista semiestruturada que decorreu nos primeiros dez dias após AVC. Os participantes foram selecionados com a ajuda dos profissionais de saúde (Médicos e Enfermeiros) das respetivas Unidades. Depois de estarem identificados, foram incluídos na amostra seis homens e sete mulheres com diagnóstico de AVC da artéria cerebral média com dependência funcional e excluídos doentes com diagnóstico de AVC multifocal com afasia ou desorientação. Após a análise dos resultados concluímos que os doentes objeto deste estudo relatam singularmente o percurso da doença desde o seu aparecimento até ao local de destino após a alta hospitalar. A relação de afeto, companheirismo, amizade, incentivo, disponibilidade e esperança facilitam o modo de integração da pessoa no hospital. Os profissionais de saúde, em especial, os Enfermeiros vão de encontro às necessidades que as pessoas identificam após AVC. O processo de adaptação à situação de doença e dependência, vivenciado com sentimentos positivos, negativos e ambivalentes e a preparação da alta são também descritos com inquietação. As mudanças na vida pessoal, familiar, social e profissional após a dependência por AVC são narrados com mágoa pelos participantes. Contudo, por vezes a doença aproxima as relações familiares e de amigos. Ficamos com a certeza de que os cuidados de Enfermagem facilitam a vivência deste processo de transição ao doente e sua família.
- O posicionamento do doente com Acidente Vascular Cerebral – um olhar sobre as práticasPublication . Pinto, Emília da Conceição Marinho; Martins, MMIntrodução: A espasticidade após um Acidente Vascular Cerebral é desencadeada pela perda do mecanismo de reflexo postural, que ocorre devido à ausência de controlo cortical levando ao aumento do tónus muscular dos músculos anti gravíticos. A presença de espasticidade condiciona negativamente o processo de reabilitação, pelo que é necessário intervir logo após o Acidente Vascular Cerebral para prevenir o seu aparecimento. O posicionamento em padrão anti-espástico, pode impedir o seu desenvolvimento e deve ser executado de forma sistemática. Objetivos: Analisar os posicionamentos executados pelos enfermeiros, em pessoas doentes após um AVC, internadas num serviço de neurologia de um hospital da região do norte de Portugal; analisar a relação entre o posicionamento e as características dos enfermeiros; analisar a relação entre o posicionamento e as características das pessoas após um AVC. Metodologia: Realizou-se um estudo descritivo, correlacional, transversal, retrospetivo e quantitativo. A amostra são as observações dos posicionamentos executados pelos enfermeiros às pessoas internadas num serviço de neurologia, após um AVC. Como estratégia de colheita de dados utilizamos uma grelha de avaliação dos posicionamentos. Resultados: Observámos 377 posicionamentos e utilizámos estatística descritiva e inferencial para analisar os resultados. O posicionamento em decúbito dorsal foi o mais observado (n=151), já o posicionamento sentado foi o menos observado (n=28). A classificação do posicionamento em decúbito lateral para o lado afetado obteve uma média superior (24,03 pontos), quando comparado com os restantes. Identificámos a existência de associações significativas, contudo o estudo não revelou unanimidade entre a distribuição da classificação dos diferentes posicionamentos relativamente às diversas variáveis (categoria de idade, género, dias de internamento, hemicorpo afetado, estado de consciência, espasticidade, amplitude articular, sensibilidade e categoria profissional dos enfermeiros). Conclusão: Concluímos que o posicionamento anti-espástico não é realizado como técnica sistemática nos cuidados de enfermagem em pessoas após um Acidente Vascular Cerebral internadas no serviço de neurologia. Sendo que identificámos que existem condições da pessoa como a instalação de espasticidade e rigidez articular que podem influenciar o posicionamento, assim como as características profissionais dos enfermeiros. Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral; Enfermagem de Reabilitação; posicionamento; posicionamento anti-espástico; espasticidade.