ESEP - Dissertações de Mestrado
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing ESEP - Dissertações de Mestrado by Subject "Absentismo"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- Prevalência e determinantes da aptidão condicionada no trabalho em profissionais de saúde: Relação com incapacidade temporária para o trabalhoPublication . Mouta, Ana Emília Pereira; Martins, Maria ManuelaO trabalho funciona como fator determinante do desenvolvimento humano e tem uma grande importância no desenvolvimento económico e social. Apesar do seu valor inquestionável, os profissionais de saúde estão expostos a diversos riscos profissionais que comprometem não só a sua saúde como também o trabalho. Estes riscos advêm do contacto próximo com pessoas doentes, de um trabalho físico muito exigente, com imensas horas de trabalho seguidas e com tarefas repetitivas e contínuas. Assim, este trabalho foi realizado com o objetivo de analisar a prevalência e determinantes da aptidão condicionada no trabalho em profissionais de saúde, relacionando com a ausência ao trabalho por incapacidade. Efetuou-se um estudo quantitativo, transversal e descritivo. A população foi constituída por todos os trabalhadores do Centro Hospitalar São João e a amostra foi composta de 1501 profissionais de saúde, sendo 237 com aptidão condicionada e 1264 aptos com absentismo. Os dados analisados foram colhidos a partir da informação disponível nas fichas de aptidão dos trabalhadores bem como de bases de dados fornecidas pelo Serviço de Saúde Ocupacional. Estimou-se que 4,5% dos profissionais apresentam aptidão condicionada; os principais determinantes são o grupo etário, o grupo profissional e a antiguidade. O principal diagnóstico que motiva a aptidão condicionada é do foro músculo-esquelético, sendo a principal limitação a nível ergonómico. A incidência de incapacidade temporária para o trabalho foi de 25,2% (n=1389). Dos profissionais aptos 23,9% (n=1264) apresentaram 20 pelo menos um episódio de incapacidade para o trabalho e dos profissionais não aptos, o valor aumentou para os 52,7% (n=125). Conclui-se que os profissionais com aptidão condicionada são, na sua maioria, assistentes operacionais e enfermeiros, com idades superiores a 40 anos e que são amplamente afetados por problemas músculo-esqueléticos. Neste sentido, é necessário adotar estratégias não só de prevenção, mas também de readaptação destes profissionais à sua nova condição de saúde face ao trabalho, e o enfermeiro gestor tem um papel fundamental nesta transição. .
- Satisfação no trabalho e absentismo dos enfermeiros de um ACeSPublication . Vieira, Maria Rosário; Borges, ElisabeteA satisfação no trabalho é definida como sendo um fenómeno complexo, subjetivo e multifatorial (Rodrigues, 2011). No entanto a avaliação da satisfação dos profissionais constitui um imperativo para as organizações de saúde (Lei de Bases da Saúde), sendo fundamental para avaliar a qualidade das instituições, o desempenho dos profissionais e a qualidade dos cuidados de saúde prestados aos clientes. Os contextos de trabalho dos enfermeiros são influenciados por uma diversidade de fatores que inevitavelmente se refletem na sua saúde, na satisfação com o trabalho e no absentismo. Integrado no Projeto INTO_SO da Escola Superior de Enfermagem do Porto, o presente estudo, de cariz quantitativo, exploratório, descritivo, correlacional e transversal, teve como objetivos identificar o nível de satisfação e absentismo no trabalho dos enfermeiros; analisar a relação entre a satisfação no trabalho, o absentismo, variáveis sociodemográficas e profissionais e analisar a relação entre a satisfação no trabalho e o absentismo dos enfermeiros. Pretendemos com este estudo contribuir para a promoção da saúde no trabalho dos enfermeiros. Recorremos a um método de amostragem não probabilística. Aplicou-se a uma amostra de conveniência de 109 enfermeiros, um instrumento de recolha de dados constituído por três grupos (caracterização sociodemográfica e profissional; questionário de satisfação no trabalho de Meliá & Peiró (1989) adaptado para a língua portuguesa por Pocinho e Garcia (2008) e questões associadas ao absentismo). Os resultados deste estudo evidenciaram que os enfermeiros percecionam uma satisfação no trabalho (total e fatores) que se situa entre o “indiferente” e o “algo satisfeito”. São os enfermeiros mais velhos, com maior grau académico, sem dependentes a cargo e em que no seu agregado familiar não depende exclusivamente do seu salário, os que percecionam maior satisfação no trabalho com o ambiente físico. Os enfermeiros com parceiro percecionam maior satisfação no trabalho com a 14 participação e os que realizam atividades de lazer percecionam maior satisfação no trabalho com a satisfação intrínseca, sendo as atividades de lazer mais realizadas o ginásio e as caminhadas. Os enfermeiros que realizam horário rotativo percecionam maior satisfação no trabalho total, na satisfação com os benefícios e políticas da organização e na satisfação com a participação. Os enfermeiros das USFs e os que não consideram o seu trabalho stressante estavam significativamente mais satisfeitos com o ambiente físico de trabalho e com a satisfação intrínseca no trabalho, respetivamente. Este estudo sugere ainda que o sexo, ter filhos, ter ou não ajudas para prestar cuidados, o tempo de serviço na instituição, o tipo de vínculo e o desempenhar funções no Serviço de Atendimento a Situações Urgentes (SASU) não influenciam a satisfação no trabalho. Relativamente ao absentismo, os enfermeiros que têm filhos e os que exercem atividade em unidades de saúde familiar (USF) foram os que mais faltaram ao trabalho. A razão mais apontada foi a doença do próprio seguindo-se a doença de familiar (filhos e pais). Os enfermeiros que não faltaram ao serviço foram os que percecionaram maior satisfação no trabalho total e seus fatores. Sugerem-se entre outros, aprofundar o conhecimento do maior nível de absentismo verificado nos enfermeiros das USF e a elaboração de programas de promoção de saúde no local de trabalho alicerçados nos resultados encontrados.
- Satisfação no trabalho, presentismo e absentismo dos trabalhadores de uma instituição particular de solidariedade social (IPSS)Publication . Norelho, Óscar Manuel Gamelas; Borges, ElisabeteA satisfação no trabalho sendo entendida como o resultado da perceção de um conjunto de fatores em função das expectativas, depende do contexto de trabalho e da singularidade de cada trabalhador. Por sua vez, o presentismo refere-se à presença do trabalhador no local de trabalho, mas com o seu desempenho comprometido. Enquanto o absentismo, baseado na ausência do trabalhador do seu local de trabalho, pode ser interpretado como um comportamento/atitude do trabalhador ou como resultado de fatores externos ao próprio. O impacto destas três variáveis na saúde mental dos trabalhadores, na sua qualidade de vida e na relação entre o trabalho e família, revela-se essencial para os gestores, assumindo um papel significativo na implementação de estratégias que as potenciem. O presente estudo, integrado no projeto “INT-SO – Dos contextos de trabalho à saúde ocupacional dos profissionais de enfermagem, um estudo comparativo entre Portugal, Brasil e Espanha”, procurou identificar o nível de satisfação no trabalho, presentismo e absentismo dos trabalhadores de uma Instituição Particular de Solidariedade Social e a sua relação com variáveis sociodemográficas, socioprofissionais e problemas de saúde. Optou-se por um estudo de natureza quantitativa, descritivo, exploratório, correlacional e transversal. Através duma amostra de conveniência participaram no estudo, 198 trabalhadores de uma Instituição Particular de Solidariedade Social da região centro do país. Cumpridos os requisitos para o desenvolvimento do estudo (autorização da Instituição e Comissão de Ética) foi aplicado um questionário constituído por quatro partes que incluem questões para caraterização sociodemográfica/profissional e absentismo, a escala de Satisfação Laboral S20/23 (Meliá e Peiró, 1989; Pocinho e Garcia, 2008) e a Stanford Presenteeism Scale SPS-6 (Koopman et al., 2002; Ferreira et al., 2010a). Os resultados evidenciaram um nível de satisfação no trabalho entre o indiferente e o algo satisfeito, um nível de presentismo moderado e uma taxa de absentismo de 76,7%. A satisfação no trabalho é maioritariamente explicada pela satisfação com a supervisão e com o ambiente físico de trabalho e varia em função da idade, estado civil, filhos, rendimento familiar, atividades de lazer, local de trabalho, categoria profissional, horário de trabalho, antiguidade no serviço, perceção de stress no trabalho, bem como com a presença de cefaleias e/ou enxaquecas, stress, ansiedade, lombalgias e dermatite. Por outro lado, o presentismo varia em função da habilitação académica, rendimento familiar, local de trabalho, categoria profissional e perceção de stress no trabalho, tal como perante cefaleias e/ou enxaquecas, stress, ansiedade, lombalgias, artrite e problemas gastrointestinais. O absentismo, maioritariamente motivado pela doença do próprio e/ou de familiares, varia em função dos filhos, habilitação académica, categoria profissional, horário de trabalho, assim como perante a presença de depressão. De acordo com os resultados obtidos, sugere-se o desenvolvimento de estratégias por parte dos gestores, que poderão ter foco no enriquecimento de funções dos trabalhadores, na participação ativa dos trabalhadores em tomadas de decisão e na promoção de comportamentos saudáveis nos trabalhadores, contribuindo deste modo para uma melhor qualidade de vida destes e, consequentemente, para a melhoria da qualidade dos cuidados.