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Satisfação no trabalho, presentismo e absentismo dos trabalhadores de uma instituição particular de solidariedade social (IPSS)

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A satisfação no trabalho sendo entendida como o resultado da perceção de um conjunto de fatores em função das expectativas, depende do contexto de trabalho e da singularidade de cada trabalhador. Por sua vez, o presentismo refere-se à presença do trabalhador no local de trabalho, mas com o seu desempenho comprometido. Enquanto o absentismo, baseado na ausência do trabalhador do seu local de trabalho, pode ser interpretado como um comportamento/atitude do trabalhador ou como resultado de fatores externos ao próprio. O impacto destas três variáveis na saúde mental dos trabalhadores, na sua qualidade de vida e na relação entre o trabalho e família, revela-se essencial para os gestores, assumindo um papel significativo na implementação de estratégias que as potenciem. O presente estudo, integrado no projeto “INT-SO – Dos contextos de trabalho à saúde ocupacional dos profissionais de enfermagem, um estudo comparativo entre Portugal, Brasil e Espanha”, procurou identificar o nível de satisfação no trabalho, presentismo e absentismo dos trabalhadores de uma Instituição Particular de Solidariedade Social e a sua relação com variáveis sociodemográficas, socioprofissionais e problemas de saúde. Optou-se por um estudo de natureza quantitativa, descritivo, exploratório, correlacional e transversal. Através duma amostra de conveniência participaram no estudo, 198 trabalhadores de uma Instituição Particular de Solidariedade Social da região centro do país. Cumpridos os requisitos para o desenvolvimento do estudo (autorização da Instituição e Comissão de Ética) foi aplicado um questionário constituído por quatro partes que incluem questões para caraterização sociodemográfica/profissional e absentismo, a escala de Satisfação Laboral S20/23 (Meliá e Peiró, 1989; Pocinho e Garcia, 2008) e a Stanford Presenteeism Scale SPS-6 (Koopman et al., 2002; Ferreira et al., 2010a). Os resultados evidenciaram um nível de satisfação no trabalho entre o indiferente e o algo satisfeito, um nível de presentismo moderado e uma taxa de absentismo de 76,7%. A satisfação no trabalho é maioritariamente explicada pela satisfação com a supervisão e com o ambiente físico de trabalho e varia em função da idade, estado civil, filhos, rendimento familiar, atividades de lazer, local de trabalho, categoria profissional, horário de trabalho, antiguidade no serviço, perceção de stress no trabalho, bem como com a presença de cefaleias e/ou enxaquecas, stress, ansiedade, lombalgias e dermatite. Por outro lado, o presentismo varia em função da habilitação académica, rendimento familiar, local de trabalho, categoria profissional e perceção de stress no trabalho, tal como perante cefaleias e/ou enxaquecas, stress, ansiedade, lombalgias, artrite e problemas gastrointestinais. O absentismo, maioritariamente motivado pela doença do próprio e/ou de familiares, varia em função dos filhos, habilitação académica, categoria profissional, horário de trabalho, assim como perante a presença de depressão. De acordo com os resultados obtidos, sugere-se o desenvolvimento de estratégias por parte dos gestores, que poderão ter foco no enriquecimento de funções dos trabalhadores, na participação ativa dos trabalhadores em tomadas de decisão e na promoção de comportamentos saudáveis nos trabalhadores, contribuindo deste modo para uma melhor qualidade de vida destes e, consequentemente, para a melhoria da qualidade dos cuidados.

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Satisfação no Trabalho Gestão em Enfermagem Absentismo

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