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- Dynamic Cross-Correlation Between BRICS Markets, Commodities and Green BondsPublication . Eder J. A. L. Pereira; Letícia S. Anjos; Paulo Ferreira; Derick D. Quintino; Dora Almeida
- Alimentação e Hidratação em Fim de Vida em Cuidados PaliativosPublication . Oliveira, JoanaA alimentação e hidratação são um tema bastante importante na atualidade, assumindo-se como cuidados básicos, associados a momentos de convívio e prazer. Geralmente, em fim de vida, os doentes podem iniciar quadros de recusa ou intolerância alimentar e, consequentemente uma diminuição da ingestão oral. A falta de consenso relativamente à abordagem da alimentação e hidratação em fim de vida em Cuidados Paliativos pode levar a decisões difíceis e controversas, quer para os profissionais de saúde, quer para os próprios doentes e suas famílias. O objetivo do presente trabalho é mapear a evidência sobre a alimentação e hidratação em fim de vida, em contexto de cuidados paliativos, tendo por base a realização de uma Scoping Review, orientada pela estratégia metodológica do Instituto Joanna Briggs, com pesquisa efetuada nas bases de dados científicas MEDLINE via PUBMED, CINAHL Complete via EBSCOhost, Scielo, Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal e DANS-EASY. No total, foram analisados 12 artigos científicos. A alimentação em fim de vida em Cuidados Paliativos é um tema bastante complexo. É possível afirmar que o profissional de saúde deve abordar este tema de forma holística, na medida em que a alimentação e hidratação têm significados não só a nível físico, mas também social e psicológico. A maioria dos autores afirmam que a alimentação e hidratação artificiais na pessoa em fim de vida em Cuidados Paliativos são consideradas medidas invasivas e não adequadas, no entanto, os resultados também demonstram que são fundamentais para a qualidade de vida e o bem-estar estar dos doentes, tendo um significado simbólico, associado a momentos de prazer e lazer, exigindo uma abordagem individual, de acordo com as necessidades e preferência dos doentes e das suas famílias e mediante o contexto clínico. Assim, a alimentação por via oral deve ser privilegiada com algumas medidas implementadas, como a promoção de um momento calmo e acolhedor, controlando sintomas, providenciando a alimentação mais adequada, de acordo com os gostos do doente e oferecendo apoio à família, uma vez que a diminuição da ingestão oral está associada ao declínio do seu ente querido e, consequentemente, à morte. Esta problemática é muito delicada e requer uma abordagem holística, baseada nas preferências, valores e crenças dos doentes, com vista à promoção da qualidade de vida e diminuição do sofrimento do doente e da sua família, promovendo a autonomia e o seu bem estar. É necessário realizar pesquisas futuras relativas a este tema, que visem a orientação da prática clínica com base na melhor evidência.
- Visita pré-operatória: perceção dos enfermeirosPublication . Neves, IsabelEnquadramento: A visita pré-operatória de enfermagem (VPOE) contribui para a melhoria da qualidade dos cuidados prestados, dado que conhecer o doente e as suas necessidades permite adequar as intervenções e gerir os cuidados tendo em conta a sua individualidade. O ensino pré-operatório à pessoa em situação perioperatória consiste num processo de transmissão de informação para promover o conhecimento daquilo que a espera antes, durante e depois da cirurgia. Tem como objetivo a capacitação do doente para o autocuidado, de modo a promover uma melhor experiência cirúrgica. Estudos apontam que os enfermeiros devem focar-se num plano de intervenção que englobe as informações sobre o procedimento anestésico-cirúrgico, juntamente com questões que dizem respeito à preparação pré-operatória, à recuperação pós-operatória, ao controlo da dor e da ansiedade e ao suporte do cuidador no domicílio (Camargo et al., 2021; Hatami et al., 2021; Ng et al., 2021; Santo et al., 2019; Pontes et al., 2008). Objetivos: Identificar a perceção dos enfermeiros acerca da visita pré-operatória de enfermagem. Metodologia: Desenvolvido um estudo qualitativo, numa perspetiva de investigação interpretativa, partindo de uma reunião de discussão com enfermeiros que reuniam as caraterísticas definidas pela investigadora. Constituíram critérios de inclusão no estudo, enfermeiros com prática clínica no contexto de bloco operatório há, pelo menos, cinco anos, que realizem a VPOE e que aceitem participar no estudo. Foram critérios de exclusão, enfermeiros que não reúnam os critérios de inclusão. Resultados: Da análise dos resultados emergiram como categorias: dimensão técnica, dimensão emocional, valorização da visita pré-operatória de enfermagem, desafios e perspetivas de mudança, que correspondem à perceção dos enfermeiros sobre a temática em estudo. Os enfermeiros reconhecem a necessidade de abordar questões específicas durante a VPOE, como a preparação pré-operatória, o ensino sobre o processo perioperatório e a criação de um ambiente propício à comunicação e confiança. São assinalados como elementos de valorização da VPOE a criação de um enfermeiro de referência no bloco operatório e o planeamento de cuidados. Embora a realização da VPOE seja crucial, surgem desafios como a falta de tempo, a resistência administrativa e a aceitação da informação por parte dos doentes. Sugere-se a sensibilização contínua dos profissionais de saúde para aprimorar a VPOE, enfatizando seu papel na educação da comunidade e no aumento da literacia em saúde. Conclusão: Este estudo destaca, do ponto de vista dos enfermeiros, a VPOE como uma prática valiosa na enfermagem perioperatória, enfatizando a necessidade de adaptações estruturais e educacionais que permitam a prestação de cuidados de enfermagem de qualidade.
- Intervenção de enfermagem terapia assistida por animais na reabilitação à pessoa com alterações neurológicas: uma scoping reviewPublication . Quesado, PaulaEnquadramento: A reabilitação neurológica objetiva promover a independência funcional de pessoa com alterações neurológicas em diferentes contextos, incluindo hospitalar, domiciliar e comunitário. A TAA é uma intervenção terapêutica estruturada, orientada para objetivos e conduzida por profissionais de saúde, que pode complementar e enriquecer o processo de reabilitação, promovendo benefícios físicos, emocionais e sociais. Objetivo: Mapear a evidência científica sobre a TAA como intervenção de enfermagem na pessoa com alteração neurológica no processo de reabilitação. Metodologia: Realizou-se uma Scoping Review seguindo as diretrizes do Joanna Briggs Institute, usando a estratégia de Participantes, Conceito e Contexto e orientada pelo PRISMA extension for scoping reviews. A pesquisa abrangeu múltiplas bases de dados e organizou o processo de seleção e extração dos dados. Resultados: Foram incluídos três estudos publicados entre 2016 e 2023, focados principalmente em unidades de reabilitação. Os estudos mostram que a TAA traz benefícios significativos para a reabilitação neurológica, com melhorias na mobilidade, equilíbrio, bem-estar emocional e motivação das pessoas, além de reduzir a ansiedade e promover a interação social. Desafios como a necessidade de protocolos de segurança e formação especializada foram identificados. A literatura apresenta limitações metodológicas, como amostras pequenas e falta de padronização, sugerindo a necessidade de estudos mais robustos para fortalecer a evidência. Conclusão: A TAA é uma intervenção promissora e complementar na reabilitação de pessoas com alterações neurológicas, mas requer diretrizes específicas para garantir a segurança e eficácia. A escassez de estudos robustos limita a generalização dos achados, evidenciando a necessidade de novas investigações para consolidar a TAA na prática de enfermagem.
- Intervençõ do enfermeiro na prevenção da infeção do trato urinário associada ao cateter vesicalPublication . Pereira, MarinaEnquadramento: As infeções do trato urinário associadas ao cateter vesical (ITUACV) repercutem-se na qualidade vida dos doentes e acarretam elevados custos socioeconómicos, pelo que práticas de enfermagem preventivas promovem ganhos em saúde. A pessoa em situação crítica (PSC) apresenta especial vulnerabilidade a esta infeção e suas consequências. Objetivo: Descrever as práticas dos enfermeiros relacionadas com a prevenção da ITUACV, na PSC. Metodologia: Estudo descritivo-correlacional e transversal, de natureza quantitativa. Recolha de dados mediante o preenchimento de um questionário, elaborado por Mariano (2021), no formato digital (Google Forms), difundido via digital. O questionário encontra-se dividido em duas secções: a primeira carateriza sociodemográfica e profissionalmente os participantes e a segunda avalia a frequência da realização de práticas relacionadas com cuidados de enfermagem associados ao cateter vesical. A recolha de dados decorreu entre 06 de fevereiro e 23 de maio de 2024. A amostragem obtida é do tipo não probabilístico por conveniência, envolvendo enfermeiros inscritos na ordem dos enfermeiros, a exercerem funções nos contextos de cuidados à PSC. Análise de dados de acordo com a natureza das variáveis e com recurso ao Statistical Package for the Social Sciences, versão 28. Resultados: A amostra final foi constituída por 215 enfermeiros. A média global de conformidade dos cuidados associados ao cateter vesical em relação às recomendações para a prevenção da ITUACV é de 4,11 pontos e o desvio padrão de 0,34, encontrando-se na fronteira entre os níveis médio e elevado. O nível de conformidade elevado é determinado nas dimensões “equipamento de proteção individual” (4,67), “higiene das mãos” (4,78) e “manuseamento do cateter vesical e sistema de drenagem” (4,19). Nas demais dimensões é constatado um nível de conformidade médio. A existência de um documento orientador e frequência de projetos de melhoria na área de prevenção da infeção contribuem positivamente com um acréscimo na média da escala global de 0,118 e 0,095 pontos, respetivamente. Conclusão: As práticas dos enfermeiros são consonantes com as recomendações para a prevenção da ITUACV. Não obstante, identificam-se lacunas que carecem de uma intervenção dirigida, com o escopo da melhoria da qualidade e segurança dos cuidados.
