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- Fisioterapia AmbientalPublication . Andrea Ribeiro; João Paulo Venâncio; Filip MaricResumo: A fisioterapia ambiental é um campo emergente que incorpora a sustentabilidade e a consciência ecológica à prática, educação e investigação em fisioterapia, reconhecendo a interdependência entre saúde humana e ambiental. Esta abordagem ecocêntrica desafia o paradigma tradicional centrado no ser humano, promovendo a justiça multiespécies e a saúde planetária. Ao considerar os ambientes físicos, sociais e naturais como influências cruciais, procura-se integrar fatores ambientais na prática clínica e no raciocínio terapêutico. Este conceito também enfatiza o papel dos fisioterapeutas como líderes na transformação eco-social, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. A profissão pode contribuir para reduzir a pegada ambiental através da minimização do uso de materiais descartáveis, eficiência energética e alternativas sustentáveis, como transportes ativos e exposição a espaços verdes. Tais práticas não só beneficiam os pacientes, mas também diminuem o impacto ambiental dos serviços de saúde. Embora seja inerentemente mais sustentável que abordagens medicalizadas intensivas em recursos, a fisioterapia ainda enfrenta desafios, incluindo a necessidade de maior integração ambiental nos seus espaços e serviços. Para consolidar este paradigma, é fundamental desenvolver investigação interdisciplinar que avalie os impactos ambientais das práticas atuais, criando bases para modelos mais eco-responsáveis. A fisioterapia ambiental propõe uma reestruturação profunda da cultura profissional, capacitando a próxima geração de fisioterapeutas a equilibrar saúde humana e sustentabilidade. Este enfoque reflete um compromisso ético com a justiça ambiental, promovendo mudanças transformadoras que assegurem o bem-estar humano e ambiental para as futuras gerações.
- Par Biomagnético de Isaac Goiz Duran, reflexões sobre o potencial terapêutico, um amanhecer de uma nova medicinaPublication . André Fernandes Pinto; Catarina MeirelesEste artigo explora o desenvolvimento e o potencial terapêutico do Par Biomagnético, uma abordagem criada por Isaac Goiz Durán em 1988. Com raízes históricas no uso ancestral do magnetismo com fins curativos, a técnica evoluiu ao integrar conhecimentos modernos sobre a influência dos campos magnéticos em organismos vivos, sendo a verdadeira inspiração o médico e físico da NASA Richard Broeringmeyer. O Par Biomagnético diferencia-se do biomagnetismo tradicional por integrar um diagnóstico individualizado, adaptado a cada paciente, identificando zonas do corpo com desequilíbrios de cargas, de polaridades opostas, onde coincidem alterações de pH, favorecendo desta forma a presença de microorganismos patogénicos. A técnica visa restabelecer a homeostase e o equilíbrio bioenergético por meio da aplicação de ímanes, graças à lei das cargas. Evidências clínicas recentes apontam para benefícios em casos de infeções, doenças autoimunes, metabólicas e oncológicas. Estudos de caso e pequenos ensaios sugerem remissões clínicas significativas, motivando o desenvolvimento de mais investigação. Caracterizando-se pela ausência de efeitos adversos e, com os resultados promissores alcançados até agora, tornam esta abordagem uma ferramenta complementar relevante na medicina integrativa. O artigo destaca, assim, o valor do Par Biomagnético como campo fértil para pesquisa e inovação, instigando a comunidade científica a aprofundar o seu estudo com rigor.
- O futuro da Inteligência Artificial na prática de Enfermagem do PerioperatórioPublication . Ricardo Silva; Daniela GonçalvesA Inteligência Artificial (IA) emergiu no sector dos cuidados de saúde, permitindo inovações transformadoras das práticas de trabalho dos profissionais de saúde, nomeadamente ao nível do atendimento dos doentes e gestão dos sistemas de saúde. A inovação e evolução tecnológica alcançada promete transformar o cenário dos cuidados de saúde, aumentando as possibilidades de aumentar os ganhos em saúde. Assistimos a uma maior preponderância por parte da IA, no que concerne aos apoios aos cuidados de saúde, nomeadamente no auxílio dos diagnósticos, do tratamento, da monitorização e gestão dos doentes, o que permite um maior conhecimento para os enfermeiros, médicos e restantes profissionais de saúde. Na vertente da enfermagem, a integração da IA está a revolucionar e a transformar esta arte do cuidar, oferecendo novas ferramentas e tecnologias que permitem otimizar os cuidados aos doentes, melhorar a eficiência das intervenções de saúde e apoiar os enfermeiros no desempenho das suas atividades. A enfermagem do âmbito do perioperatório é uma especialidade que presta cuidados diferenciados no seio da equipa cirúrgica com o objetivo de assegurar cuidados de excelência à pessoa em situações perioperatória. A prática de cuidados ao doente cirúrgico é diluída na prática de cuidados perioperatórios, que integra o pré-operatório, o intra-operatório e o pós-operatório. O papel do enfermeiro do perioperatório rege-se por garantir a segurança e bem-estar do doente cirúrgico através de conhecimentos teóricos e práticos, que estão inerentes ao bloco operatório onde a perspetiva da cirurgia segura assume um papel preponderante nos cuidados prestados pelos enfermeiros do perioperatório. A valorização do bem-estar e a recuperação eficiente, alicerçada num ambiente holístico, que prioriza as necessidades emocionais, psicológicas e físicas do doente, também estão intimamente interligadas à vertente tecnológica. A presente reflexão, pretende analisar como a IA pode impactar a prática de cuidados do enfermeiro do perioperatório, abordando as aplicações da IA, questões éticas, e desafios futuros da IA na transformação do paradigma dos cuidados de enfermagem no perioperatório.
- Efetividade da Reabilitação pulmonar e funcional no enfisema pulmonar - Estudo de CasoPublication . Lea Lacouture; L Barrague; Gilvan Pacheco; Gardénia Ferreira; Andrea RibeiroIntrodução: O enfisema pulmonar é uma doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) caracterizada por sintomas respiratórios persistentes, todavia, o comprometimento da DPOC não se limita à função respiratória. B.J., 65 anos, fumadora, apresenta enfisema pulmonar grave (VEF1=46%) com comprometimento da função cardiorrespiratória (NYHA III), limitações em atividades diárias e postura compensatória por esforço respiratório crónico. Objetivos: Melhorar a capacidade respiratória, reduzir a dispneia, aumentar a tolerância ao esforço físico e promover a independência funcional.Métodos: Foi realizado um programa fisioterapêutico de 24 sessões entre outubro e dezembro de 2024. O protocolo terapêutico incluiu exercícios aeróbicos em passadeira, exercícios respiratórios, alongamento e fortalecimento muscular, treino de resistência e equilíbrio além de estratégias educacionais e controlo postural.A paciente foi avaliada com os seguintes testes: Teste de caminhada de 6 minutos (6MWT), espirometria, Escala de Dispneia mMRC (Modified Medical Research Council), Escala Visual Analógica (EVA), Escala de Equilíbrio de Berg (EEB). Resultados: Após o programa de reabilitação, a distância percorrida no 6MWT aumentou 400 metros, evidenciando incremento da capacidade funcional. O mMRC passou do grau II para o grau I e a EVA reduziu de 7-8 para 2-3 indicando uma melhora significativa na perceção de dispneia e dor. O VO ₂ max estimado aumentou de 20,13 para 34,07 ml/kg/min e a classificação NIHA melhorou de III para II.Conclusão: O programa de reabilitação pulmonar foi efetivo no aumento da capacidade aeróbia, redução da dor e da dispneia e com melhora do preditor de sobrevida.
- O contributo da Fisioterapia em contextos de emergência e catástrofe: entre a resposta humanitária e a prática baseada na evidênciaPublication . Andrea Ribeiro; João Sousa; José LuminiA resposta a situações de emergência e catástrofe exige a mobilização de profissionais de saúde preparados para atuar em ambientes instáveis, imprevisíveis e de grande exigência. A fisioterapia tem vindo a afirmar-se como uma componente fundamental nas equipas multidisciplinares que intervêm nestes contextos, contribuindo para a funcionalidade, autonomia e qualidade de vida das populações afetadas. Este artigo de reflexão analisa o papel do fisioterapeuta em contextos de crise, à luz das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), da World Physiotherapy (WPT) e da Ordem dos Fisioterapeutas em Portugal. Através de uma abordagem crítica, são discutidas as potencialidades da profissão, os desafios ainda existentes e as oportunidades de desenvolvimento académico e profissional.
- Comparação da Eficácia das Manobras de Semont e Epley no Tratamento de Pacientes com Vertigem Posicional Paroxística Benigna dos Canais Semicirculares PosterioresPublication . Maria MartinsIntrodução: A Vertigem posicional paroxística benigna dos canais semicirculares posteriores é uma doença comum caracterizada por episódios breves e recorrentes de vertigem desencadeados por determinados movimentos da cabeça. As manobras de Semont e Epley são duas abordagens amplamente utilizadas para tratar esta condição, mas há discordância quanto à sua eficácia relativa. Objetivo: Responder à pergunta "Qual é a diferença entre manobras de Semont e de Epley em termos de efeito e eficácia no tratamento de pacientes que sofrem de vertigem posicional paroxística benigna dos canais semicirculares posteriores?” Metodologia: Foi efetuada uma revisão da literatura na tentativa de responder a esta questão. Foi efetuada através da pesquisa em 3 bases de dados: Pubmed, PEDro e ScienceDirect. Estas permitiram importar 47 publicações para o software de gestão de referências Zotero. Após a triagem de acordo com os critérios de exclusão, foram identificados sete estudos que avaliaram a eficácia das manobras de Epley e Semont. As escalas PEDro e NIH foram utilizadas para analisar a metodologia dos estudos incluídos. Resultados: Destes, 3 estudos compararam a eficácia a curto prazo das manobras de Epley e Semont, um estudo examinou a manobra de Epley versus uma manobra de Semont efetuada no lado errado. Outro estudo comparou as manobras de Epley, Semont e Brandt-Daroff, e um último estudo avaliou a eficácia da repetição da manobra de Epley ou da mudança para a manobra de Semont após a falha inicial da manobra de Epley. Conclusão: Esta revisão da literatura mostra que a manobra de Epley é geralmente mais eficaz a curto prazo no tratamento da vertigem posicional paroxística benigna dos canais semicirculares posteriores, com maior taxa de resolução e menor taxa de recorrência do que a manobra de Semont. No entanto, a manobra de Semont continua a ser uma alternativa viável, particularmente útil em casos de insucesso inicial da manobra de Epley e em doentes com limitações específicas.
- Comparação de diferentes técnicas de fisioterapia para o melhor tratamento na fibrose cística: uma revisão sistemáticaPublication . Maria MartinsIntrodução: A fibrose cística é uma doença genética que provoca acumulação de muco nas vias respiratórias, sendo necessária intervenção terapêutica, nomeadamente fisioterapia respiratória, para melhorar o estado clínico dos doentes. Objetivo: Comparar diferentes técnicas de desobstrução das vias aéreas, de modo a determinar o tratamento fisioterapêutico mais adequado para a fibrose cística. Metodologia: Revisão realizada entre março e maio de 2024 nas bases de dados PubMed, Cochrane Central, EBSCO e PEDro, seguindo as diretrizes PRISMA, com critérios de inclusão e exclusão previamente definidos. Resultados: Foram identificados 1950 artigos. Após a exclusão de estudos duplicados e não elegíveis, e aplicando-se os critérios de inclusão, 7 estudos foram incluídos na análise qualitativa. Estes abordaram intervenções como ventilação não invasiva com insuflação/exsuflação mecânica, pressão expiratória positiva, drenagem autógena e o colete oscilatório. Conclusões: As técnicas estudadas mostram potencial para melhorar a depuração mucociliar, embora a eficácia varie entre estudos. São necessários mais estudos para otimizar e personalizar os protocolos de tratamento.
- Impacto Físico e Psicológico na vida de um cuidador informalPublication . Andrea Ribeiro; Carla Macedo; Maria Martins; Silvia Xavier; Tânia Lima; Tânia Pereira; José Lumini; João Sousa; Samuel Conde; Nuno Costa; Miriam Marcos; Maria Rego; Jorge Pinto; Ines Alves; Mafalda DuarteIntrodução: Os cuidadores informais desempenham um papel crucial na prestação de cuidados a indivíduos com doenças crónicas ou incapacidades. Esta tarefa pode gerar uma sobrecarga física e psicológica significativa, impactando negativamente a qualidade de vida dos cuidadores. Objetivos: Este estudo pretende investigar qual o nível de sobrecarga de um grupo de cuidadores informais e desta forma compreender o seu impacto físico e psicológico. Métodos: Os dados foram coletados por meio de entrevistas utilizando um questionário de 30 minutos. Participaram 74 cuidadores informais, recrutados pelo método bola de neve. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Autoeficácia na Prestação de Cuidados Auto-administrada (CSES-8), Escala de Zarit e Índice para Avaliação das Satisfações do Prestador de Cuidados (CASI). Resultados: A amostra final incluiu 74 cuidadores informais (74,3% mulheres, 25,7% homens), com média de 57,89 anos. A maioria era casada (43,2%) e ativa profissionalmente (74,3%). Em média, dedicavam 15 horas diárias aos cuidados, com 48,6% cuidando 24 horas por dia. A Escala de Autoeficácia (CSES-8) indicou média de 53,1 pontos, sugerindo confiança na conciliação da vida pessoal e dos cuidados. A Escala de Zarit mostrou uma média de 19,43 pontos (sobrecarga moderada) e o Índice CASI, 103,8 pontos (satisfação moderada). Conclusão: Os cuidadores informais apresentam uma sobrecarga significativa, que impacta de forma negativa a sua qualidade de vida, tanto fisicamente como psicologicamente. No entanto, na sua maioria é relatada satisfação e confiança na realização dos cuidados. Intervenções específicas como terapias cognitivo-comportamentais, podem ajudar a mitigar esses impactos, proporcionando suporte e alívio de carga.