ESEP - Comunicações
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Browsing ESEP - Comunicações by Author "Abreu, Wilson"
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- Cuidar do cuidador: uma revisão sistemática de instrumentos que avaliam a qualidade do relacionamento familiarPublication . Abreu, Margarida; Abreu, Wilson; Neri, Dayse; Torres, SilviaIntrodução: O envolvimento da família é fundamental para o desenvolvimento e sucesso dos cuidados de saúde. A percepção do cuidador acerca da qualidade do relacionamento com a pessoa dependente é um preditor chave da presença ou falta de disposição para cuidar. Assim, emergiu a questão: Quais os instrumentos de recolha de informação utilizados pelos profissionais de saúde para avaliar a qualidade do relacionamento familiar dos cuidadores informais de pessoas idosas dependentes? O nosso objectivo é o de identificar e analisar os instrumentos utilizados para avaliar a qualidade do relacionamento familiar dos cuidadores informais de pessoas idosas dependentes. Metodologia: Este estudo recorre ao método descrito em “Systematic Reviews – CRD´s guidance for undertaking reviews in health care”. Utilizamos bases de dados nacionais e internacionais eletrónicas. Análise de resultados: Os instrumentos identificados foram: “Family Assessment Device” (FAD) (Epstein, Baldwin e Bishop, 1983); “Family Needs Survey” (FNS) (Bailey, Simeonsson, 1988) e “Family Strain Questionnaire” (FSQ) (Rossi Ferrario, et al., 2004). Discussão dos resultados: A escolha de um instrumento adequado deve ser baseada em três critérios: aplicabilidade para uma população-alvo específica; multidimensionalidade que inclua aspectos positivos e negativos, objetivos e subjetivos e boa propriedade psicométrica. Conclusões: A avaliação da qualidade do relacionamento familiar dos cuidadores familiares ajuda a identificar dimensões e aspetos relevantes que de outra forma seriam desvalorizados ou mesmo omitidos. Permitem ainda intervir precocemente nas famílias disfuncionais.
- Desenvolvimento de competências no cuidado à pessoa com deficiência: relato de experiênciaPublication . Mariano, Monaliza; Pagliuca, Lorita; Abreu, WilsonVerifica-se, na formação dos profissionais de saúde, um interesse crescente na Formação Baseada em Competências. Trata-se de um processo que associa comportamentos, cognições e atitudes, objetivando determinados resultados da aprendizagem. Durante a formação do enfermeiro, este deve adquirir competências gerais: atenção à saúde, tomada de decisão, comunicação, liderança, administração/gerenciamento e disposições para uma educação permanente. Pretende-se, ainda, que este possa avaliar as suas intervenções, processo que integra a supervisão dos cuidados e da aprendizagem. Contudo, é necessário o recurso a ferramentas (conhecimentos, habilidades e atitudes) que orientam o ensino-aprendizagem. Estas são ainda mais necessárias quando se refere à pessoa com deficiência, o que nem sempre se verifica. Objetivou-se descrever a experiência no desenvolvimento de competências de alunos de enfermagem no cuidado à pessoa com deficiência. Relato de experiência da ministração da disciplina optativa: Enfermagem em situações especiais, no período de março a junho de 2012, com alunos de Enfermagem, a qual aborda: políticas públicas, legislação para as pessoas com deficiência, conceito, comunicação, acessibilidade. Utilizaram-se estratégias de ensino-aprendizagem como uso de filme, discussão em grupo com o público-alvo, visitas/ interação às instituições, seminários/dramatização, com a finalidade de iniciar o desenvolvimento de competências dos alunos no cuidado da pessoa com deficiência. As estratégias que mais evidenciaram potencialidades de desenvolver competências foram: discussão em grupo com o público-alvo e seminários/dramatização. Outras proporcionaram reflexão/simulação/ experiência, implícitas ao desenvolvimento de competências: atenção à saúde, tomada de decisão, comunicação, liderança e educação permanente. Os alunos tiveram a possibilidade de pensar criticamente para desenvolver intervenções de enfermagem, baseadas em evidência. Tornaram-se mais disponíveis para a relação e para equacionar as dimensões éticas na comunicação/ relação com as pessoas, liderar a equipe e serem capazes de aprender continuamente. O desenvolvimento de competências requer saber-saber, saber-ser e saber-fazer, com referência a aprendizagens anteriores que se pretende que se tornem significativas.
- Supervisão clínica em enfermagem: uma análise exploratória no contexto de uma UCI NeurocríticosPublication . Carvalho, Marta; Abreu, Wilson; Cruz, SandraA Supervisão Clínica em Enfermagem (SCE) é ainda uma área de desenvolvimento em Portugal. Associada à qualidade dos cuidados e ao desenvolvimento pessoal e profissional dos enfermeiros, a SCE encontra-se também associada a processos de gestão da qualidade das instituições de saúde. O ponto de partida do estudo agora apresentado baseia-se no reconhecimento da SCE como processo formal e estruturado de suporte profissional. O estudo de natureza qualitativa realizado teve como questão de partida “Em que medida, na perspetiva dos enfermeiros, a Supervisão Clínica em Enfermagem pode suscitar ganhos para a qualidade e segurança das práticas clínicas dos enfermeiros da Unidade de Cuidados Intensivos Neurocríticos (UCIN)?”. Como objetivos estabeleceram-se: analisar a opinião dos enfermeiros sobre a importância da SCE no contexto da UCIN; identificar as funções e estratégias da SCE que os enfermeiros da UCIN valorizam para a melhoria dos cuidados prestados e aumento da segurança dos doentes; indicar estratégias para a implementação de uma estrutura local de SCE. Da análise efetuada concluiuse que os entrevistados associam a SCE à dimensão da qualidade e segurança dos cuidados, mas também ao facto de corresponder a um processo formal. Foi verificada alguma ambiguidade na distinção entre SCE e supervisão de estudantes. Salienta-se ainda a relação que emerge entre a SCE e os ganhos na prática clínica. Das funções da SCE adotadas no modelo de Proctor, os entrevistados consideraram a função formativa a mais importante no momento atual da UCIN. As estratégias de SCE e as características do supervisor identificadas possibilitaram também uma maior perceção dos conhecimentos dos entrevistados nesta área específica. As referências à estrutura e organização das sessões e às características destas permitiram a identificação de como se deve estruturar a SCE. De acordo com os dados recolhidos relativamente à organização, estrutura e benefícios que advêm da aplicação prática da SCE, foi possível elaborar uma estrutura para aplicação local da SCE.
- O trabalho do tutor na aprendizagem clínica dos estudantes: recurso ao processo supervisivoPublication . Soares, Sérgio; Abreu, Wilson; Costa, NilzaA investigação sobre supervisão e ensinos clínicos dos estudantes do curso de licenciatura em Enfermagem tem vindo a realçar a centralidade do tutor. Häggman-Laitila et al. (2007) sugerem a sistematização do seu trabalho. A pesquisa é parte de outra mais abrangente que circunda a complexidade da formação dos estudantes de enfermagem em contexto clínico, sendo o focus de atenção a intervenção supervisiva do tutor. Os objetivos foram: analisar atividades de orientação dos estudantes; caraterizar expectativas em relação ao tutor; avaliar como as parcerias interferem no trabalho do tutor e identificar fatores contextuais que se interpõem com as funções do tutor. Recorremos à observação etnográfica em três contextos distintos durante seis meses: USF, UCP e unidade de cirurgia. Socorremo-nos de um grupo de peritos e à análise documental. As representações em relação às problemáticas apresentadas foram assentes através da análise de conteúdo temática. Os principais resultados situam-se nas seguintes dimensões: atividades cuidativas e formativas do tutor, expetativas dos atores sobre o trabalho do tutor, recurso a estratégias supervisivas (reflexão, observação, questionamento, comunicação e avaliação) e a avaliação do desempenho do tutor. As dificuldades manifestas no decurso da tutoria situam-se fundamentalmente em áreas com sentido para a Enfermagem (promoção do autocuidado, gestão do regime terapêutico, gestão de sinais e sintomas). Concluímos que o tutor evidencia uma preocupação com a relação entre pares e com a gestão de emoções. O acompanhamento do estudante é pouco sistematizado e colocase também em evidência a necessidade de uma avaliação consistente do tutor.