ISSSP - Dissertações de mestrado em Intervenção Social na Infância e juventude em Risco de Exclusão Social
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Browsing ISSSP - Dissertações de mestrado em Intervenção Social na Infância e juventude em Risco de Exclusão Social by Author "Alves, Joana"
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- Do acolhimento residencial para o mundo exterior: que desafios no processo de autonomizaçãoPublication . Alves, Joana; Machado, IdalinaAo longo dos anos, o crescimento e desenvolvimento das crianças e dos jovens têm sido alvo de atenção por parte dos poderes públicos. Nesse sentido, têm sido implementadas e ajustadas políticas de proteção e medidas de intervenção por forma a salvaguardar o interesse superior da criança, as suas necessidades e o seu bem-estar. O estudo sobre os sinais de risco e de perigo, bem como das suas consequências para as crianças e jovens tem vindo a ser cada mais desenvolvido por forma a encontrar soluções que preservem o seu estado quer físico, psicológico e emocional. Várias são as medidas de proteção existentes em Portugal direcionadas à infância e juventude e, não obstante se privilegiar as que se destinam à manutenção da criança no seu meio natural de vida, o acolhimento continua a ter uma expressão a não desconsiderar, sendo o acolhimento residencial claramente superior ao acolhimento familiar. Quando se pensa no acolhimento residencial, deve ter-se em conta que é necessário promover um crescimento e desenvolvimento digno e, desta forma, os acolhimentos residenciais, juntamente com cada uma das crianças e dos jovens, traçam o seu caminho tendo por base as suas necessidades. Atendendo a que há crianças e jovens que crescem nos acolhimentos residenciais e aí se tornam adultos, o desenvolvimento de um projeto de autonomia constitui uma fase importante para a preparação para uma vida adulta independente. Compreender de que modo se processa essa preparação para a vida adulta em jovens com percursos de institucionalização, bem como os desafios que enfrentam quando saem do acolhimento residencial foi o mote da pesquisa desenvolvida e da qual se dá conta nesta dissertação. Com recurso a entrevistas a jovens com percursos de institucionalização e a técnicos que trabalham em acolhimentos residenciais procurou compreender-se como se processa o trabalho com vista à promoção da autonomia. Foram identificados para entrevista, através de um processo em bola de neve, jovens em projeto de autonomia ou que já estavam fora do contexto de acolhimento. De forma intencional e por conveniência, entrevistaram-se, igualmente, profissionais que trabalham em contextos de acolhimento residencial com o objetivo de perceber de que forma são desenvolvidos esses projetos de autonomia e quais os desafios/dificuldades que os jovens possam sentir no momento da saída para o exterior. ii Destaca-se que este trabalho pode ser uma mais-valia para qualquer acolhimento residencial visto que pode ser o início de uma investigação mais aprofundada. Com isto pretende-se desafiar os técnicos, juntamente com os jovens, a identificar as dificuldades e os desafios aquando da saída do acolhimento residencial para poder melhorar o trabalho desenvolvido ao nível dos projetos de autonomia. Não podemos esquecer que cada projeto difere uns dos outros. Contudo se houver a possibilidade de entender quais os problemas identificados de um modo geral, é possível priorizar certas ações nos acolhimentos residenciais com o objetivo de capacidade os jovens para a sua vida autónoma.