EM - IUEM - Psicologia Forense e Criminal
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Browsing EM - IUEM - Psicologia Forense e Criminal by advisor "Cardoso, Jorge"
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- Indicadores de sucesso e insucesso das medidas tutelares educativasPublication . Romão, Ana Filipa Antunes; Cardoso, JorgeO fenómeno da criminalidade juvenil está no topo das preocupações públicas (Hoge, 2002). A presente investigação pretende identificar que fatores estão associados ao “sucesso” ou “insucesso” das medidas tutelares educativas, analisar se os jovens categorizados como de “insucesso” apresentam mais fatores de risco do que os de “sucesso” e se estes, por sua vez, apresentam mais fatores de proteção. Neste sentido, recorrendo à metodologia de estudo de casos, são analisados dez jovens que cumpriram medidas tutelares educativas, cinco sinalizados como de “sucesso” e cinco sinalizados como de “insucesso”. A análise de dados divide-se em três momentos: antes da medida tutelar, durante a medida tutelar e após a medida tutelar, recorrendo-se à análise dos dossiers dos jovens, bem como a uma entrevista semiestruturada e à aplicação do Antissocial Beliefs and Atitudes Scales (ABAS; Butler et al., 2007; versão portuguesa de Oliveira, P., 2011). Foram, ainda, realizadas entrevistas com os Técnicos Superiores de Reinserção Social que acompanharam as medidas dos jovens. Os resultados obtidos indicam que os jovens de “insucesso” não apresentam mais fatores de risco do que os de “sucesso”, como seria espectável. Por outro lado, foram encontrados fatores de proteção com maior frequência nos jovens do grupo de sucesso. Estes resultados demonstram que deverá continuar a haver um maior investimento na adequação da intervenção às características de cada jovem, procurando reforçar os fatores de proteção e atenuar o impacto dos de risco.
- Maus tratos na infância e posterior consumo de substâncias psicoativasPublication . Pereira, Carla Sofia Reis; Cardoso, JorgeA relação entre os maus tratos praticados na infância e o posterior consumo de substâncias psicoativas é uma temática que tem despertado interesse de vários investigadores designadamente no que concerne à caracterização dos maus tratos, sua frequência e severidade. De mesmo modo, tem-se verificado uma preocupação investigacional com a análise dos tipos de consumos de substâncias psicoativas por sujeitos que foram vítimas de maus tratos. Este estudo apresenta os seguintes objetivos: analisar a relação entre a vitimização por maus tratos na infância e o posterior consumo de substâncias psicoativas; avaliar as diferenças de género em consumidores de substâncias psicoativas que possam ter sido vítimas de maus tratos na infância; avaliar quais os tipos de maus tratos mais frequentes no passado dos dependentes de substâncias psicoativas. Foi constituída e aplicada uma entrevista semiestruturada com a duração média de 40 minutos, a oito indivíduos que se encontram internados numa Associação de Minimização de Danos, em Lisboa. Os resultados revelaram que todos os entrevistados sofreram maus tratos na infância, por parte de um ou de mais membros da família nuclear, e que o mau trato praticado mais frequente foi o mau trato físico.
- Relação entre o consumo de pornografia online, fantasias sexuais e comportamentos sexuais coercivos e agressivosPublication . Pacheco, Joana M.; Cardoso, JorgeA relação entre o consumo de pornografia na internet, fantasias sexuais e comportamentos sexuais coercivos e agressivos tem sido bastante debatida ao longo dos anos, sendo que não existe consenso no que concerne ao facto de a pornografia influenciar, ou não, a coerção sexual. Pretende-se com esta investigação contribuir para a expansão da informação acerca desta temática, tendo-se elaborado um protocolo de investigação que contempla o Sexual Fantasy Questionnaire, a fim de avaliar as fantasias sexuais; o Sexual Experiences Survey-Short Form Perpetration (SES-SFP), que avalia os comportamentos sexuais coercivos; e o Cyber Pornography Use Inventory (CPUI) para avaliar o consumo de pornografia na internet. Este protocolo foi aplicado a 437 indivíduos, sendo 204 (46,7%) do sexo masculino e 233 (53,3%) do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 18 e os 69 anos. Constatou-se que os homens têm mais fantasias sexuais coercivas e agressivas, perpetram mais coerção sexual e consomem mais pornografia na internet que as mulheres, no entanto estas praticam mais coerção. Verificou que outros fatores, como o comportamento sexual, poderão ter influência positiva ou negativa na coerção sexual. Também se constatou que as fantasias sexuais surgem como mediadores entre o consumo de pornografia e a coerção sexual. Estes resultados sugerem a necessidade de mais investigação pelo que se propõe um estudo destes comportamentos em mulheres.
- Violência contra idosos: vulnerabilidade(s) e contributos para a prevenção e intervençãoPublication . Abreu, Ana M. Lourenço de; Cardoso, JorgeO presente estudo teve como objetivos caraterizar os atos de abuso a idosos, analisar se a vulnerabilidade do abuso varia em função do género e da deterioração mental e, com base nos resultados encontrados na amostra utilizada, desenvolver um conjunto de linhas orientadoras que possam constituir os alicerces de um plano de prevenção nesta área. Foram aplicados três instrumentos: Vulnerability to Abuse Screening Scale (versão portuguesa: Rísio, 2012); Questions to Elicit Elder Abuse (versão portuguesa: Ferreira-Alves & Sousa, 2005); e Mini Mental State Examination (versão portuguesa: Guerreiro, Silva, Botelho, Leitão, Caldas e Garcia, 1994). A amostra deste estudo incluiu um total de 144 idosos com idades compreendidas entre os 52 e os 96 anos, provenientes de centros de dia e lares situados na margem sul do Tejo. De uma maneira geral, os resultados mostram que o abuso psicológico é a forma de abuso mais reportada pelos inquiridos (registando-se uma pontuação média mais elevada nas mulheres). A vulnerabilidade ao abuso não varia em função do género em nenhuma das dimensões da VASS e não há diferenças significativas para a associação entre as diferentes dimensões da escala VASS e da MMSE, apesar de os indivíduos com maior vulnerabilidade para o abuso apresentarem menor pontuação nas questões que avaliam a capacidade cognitiva. Através da construção de um modelo teórico que indicasse os preditores do abuso, medido através da escala QEEA, verificou-se que a vulnerabilidade e coerção na escala VASS, o maior défice cognitivo geral, viver sozinho e não fazer/receber visitas são os principais preditores de abuso aos idosos.
- Vulnerabilidade ao stress, qualidade do sono, fadiga e consumo de substâncias em estudantes universitáriosPublication . Rodrigues, Paulo Jorge da Rocha; Cardoso, Jorge; Neutel, Antónia M.O stress, a fadiga, a qualidade do sono e o consumo de substâncias, são algumas das variáveis que podem contribuir para um fraco desempenho académico, para além de outras dificuldades em múltiplas áreas. No entanto, estes quatro aspectos têm sido, por norma, estudados separadamente. O principal objetivo deste estudo foi analisar a relação entre a vulnerabilidade ao stress, a qualidade do sono, a severidade da fadiga e o consumo de substâncias, numa população universitária (n=281). Foram utilizados os seguintes instrumentos: Pittsburgh Sleep Quality Index (Buysse, Reynolds III, Monk, Berman, & Kupfer, 1999), Fatigue Severity Scale (Krupp, LaRocca, Muir-Nash, & Steinberg, 1989), Questionário de Vulnerabilidade ao Stress (Serra, 2000), e o Drug Use Screening Inventory – Revised (Tarter, 1990). Os resultados obtidos foram ao encontro dos verificados na literatura revista, tendo-se constatado a existência de correlações estatisticamente significativas entre a vulnerabilidade ao stress e o consumo de substâncias. Relativamente à severidade da fadiga e à qualidade do sono, não se encontraram associações com o consumo de substâncias, mas sim com a vulnerabilidade ao stress. Alguns dos participantes apresentaram alguns comportamentos de risco elevado relativamente aos consumos, verificando-se mesmo indicadores clinicamente preocupantes. Justifica-se a continuidade da investigação nesta área, bem como a transposição dos resultados obtidos para modalidades de intervenção preventiva e terapêutica.