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Advisor(s)
Abstract(s)
Objetivo: Avaliar a resistência aos inibidores da integrase (InSTIs) no tratamento de indivíduos infetados por VIH-1 e sob falência virológica na presença destes fármacos.
Material e Métodos: Foram analisadas, retrospetivamente, isolados virais (região da integrase) pertencentes a 367 indivíduos, dos quais 213 (58%) homens e 154 (42%) mulheres, com idades compreendidas entre os 7 e os 83 anos. As mutações estudadas foram as descritas pela International Aids Society (IAS) como associadas a resistência aos InSTIs.
Resultados: A frequência das mutações de resistência encontrada foi bastante variável, sendo a N155H a mutação com maior frequência e a mutação 121Y não foi encontrada. 33% (n=121) dos indivíduos estavam infetados por vírus do subtipo G, 26% (n=94) pelo subtipo B, 11% (n=39) pelo subtipo C, 10% (n=38) pelo subtipo CRF02_AG e os restantes 20% correspondem a outros subtipos. Foi ainda possível identificar a frequência com que as mutações ocorrem isoladamente e em associação, prevalecendo a presença de uma única mutação em 40% (n=33), embora 60% (n=48) dos doentes resistentes apresentem duas ou mais mutações. As mutações são globalmente independentes do subtipo (p≥0,05). No entanto, as mutações da posição 140 e 148 são exceção (p=0,011 e p=0,002, respetivamente) tendo uma maior prevalência no subtipo B. Verificou-se ainda, que a resistência aos InSTIs encontrada no sexo masculino (n=48) foi semelhante à encontrada no sexo feminino (n=33), 24% e 21%, respetivamente. As mutações da região do gene da integrase são independentes das outras classes terapêuticas (NRTIs, NNRTIs, IPs) que constituem o regime terapêutico, p=0,295.
Conclusão: Neste estudo, 78% dos indivíduos apresentam suscetibilidade aos InSTIs, e os restantes 22% apresentaram mutações associadas a resistência no gene da integrase, que influenciam a resposta à terapêutica com InSTIs. Nesta população, a baixa utilização de regimes terapêuticos com EVG, teve como consequência a baixa prevalência das mutações T66I e S147G, E92Q, Q148, assim como a associação Q148 com a G140. A elevada prevalência das mutações N155H e T97A reflete a utilização do
raltegravir. A reduzida presença das mutações Q148HRK e R263K favorece a possibilidade de tratamento sequencial com DTG.
Description
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
Keywords
VIH Integrase Inibidores da integrase Mutação Resistência
