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- Literacia da informação e Ciência Aberta em Saúde : o antes e o depoisPublication . Antunes, Maria da Luz; Lopes, Carlos; Sanches, TatianaA ACRL editou, no ano 2000, o documento INFORMATION LITERACY COMPETENCY STANDARDS FOR HIGHER EDUCATION que padroniza e descreve os objetivos específicos de aprendizagem para estudantes do ensino superior na área da informação (i.e., o quê e onde pesquisar, como definir estratégias de pesquisa, como selecionar e avaliar a informação recuperada, como usar de forma ética e legal a informação). Estes STANDARDS estabeleceram objetivos de aprendizagem para implementar ativamente a literacia da informação na comunidade académica. Reconheceram também o papel dos profissionais da informação que há muito tempo desenvolviam informalmente estas práticas. Ao longo dos anos, muitas disciplinas se inspiraram nos STANDARDS para formular os seus objetivos específicos no processo ensino-aprendizagem, nomeadamente na enfermagem, na psicologia e nas ciências da saúde. Mas os STANDARDS tiveram de evoluir e adaptar-se. Assim como as disciplinas avaliam e acreditam regularmente as suas práticas e currículos, também a prática da literacia da informação teve de ser revista e reavaliada em termos da sua relevância e aplicação. Em 2016, a ACRL adota a nova FRAMEWORK FOR INFORMATION LITERACY FOR HIGHER EDUCATION, a qual sustenta uma metamorfose. A literacia da informação mantém-se como um padrão de competências integradas que contemplam a descoberta reflexiva da informação, a compreensão de como a informação é produzida e valorizada e o uso da informação na criação ética e legal de novo conhecimento. Mas a nova FRAMEWORK baseia-se num conjunto de conceitos básicos interconectados, de implementação flexível, ao invés de um conjunto de padrões ou de resultados de aprendizagem. Desenvolve-se em torno de um conjunto de molduras conceptuais (frames), que integram metas e conceitos que os estudantes devem alcançar e ultrapassar de modo a garantir o desenvolvimento de conhecimentos genuínos numa disciplina, profissão ou domínio do conhecimento. E as frames são: a Autoridade, que se constrói e é contextual; a Criação de Informação como um processo; a Informação como valor; a Investigação como processo interativo; a Comunicação Académica como plataforma de diálogo; e a Pesquisa como exploração estratégica. Cada uma destas frames inclui uma secção de prática do conhecimento usada para demonstrar como o domínio do conceito conduz à sua aplicação em novas situações e à criação de mais conhecimento; inclui também um conjunto de disposições que trabalham o saber-estar em processo de aprendizagem. A nova FRAMEWORK sugere uma abordagem diferente para integrar a literacia da informação na Ciência Aberta, enfatizando o conhecimento sobre a aquisição de competências. Que desafios e implicações práticas tem a nova FRAMEWORK para a Ciência Aberta em saúde? A sua flexibilidade tem vantagens significativas. Abre o caminho a profissionais da informação em saúde, professores e outros parceiros institucionais para reformular a formação, cursos e até currículos; associa a literacia da informação a iniciativas de sucesso dos estudantes; colabora pedagogicamente na investigação em saúde e envolve os estudantes nesse processo; e amplia o diálogo, dentro e fora do ensino superior, sobre a aprendizagem, a sua avaliação e a comunicação académica.
- Estimular a Ciência Aberta : comunicando com docentes e investigadoresPublication . Sanches, TatianaOs bibliotecários do ensino superior têm desenvolvido estratégias formativas direcionadas aos estudantes. No entanto, é premente um apoio mais direto aos docentes e investigadores, especialmente no que se refere à Ciência Aberta, às suas ferramentas e às competências que podem contribuir para a produção, organização e difusão do conhecimento. É, pois, importante fazer chegar a estes atores-chave os benefícios da Ciência Aberta. Quaisquer oportunidades de divulgação dos conceitos, práticas associadas e proveitos da Ciência Aberta devem ser transmitidos, ativando assim uma melhor comunicação e estimulando boas práticas focadas na pesquisa de fontes abertas, na organização de dados abertos e na publicação e divulgação do conhecimento científico em acesso aberto. O objetivo deste estudo é fazer uma reflexão sobre o papel das bibliotecas de ensino superior e o seu contributo para a Ciência Aberta, através do fornecimento de ferramentas e informação aos docentes e investigadores de ensino superior. O estudo centra-se numa revisão da literatura que elenca os benefícios e ferramentas da Ciência Aberta, a par das competências requeridas para os investigadores, a partir da qual é feito o relato de uma experiência desenvolvida por bibliotecários de ensino superior em Portugal. Esta experiência mostra como se pode fomentar a circulação de conhecimento em torno da Ciência Aberta e, por consequência, estimular boas práticas que envolvam o bom uso da informação, particularmente em acesso aberto, junto de professores e investigadores. O estudo revela uma estratégia de divulgação que tem como objetivo dar suporte a docentes e investigadores nos seus objetivos académicos e científicos: a folha volante em formato virtual SABIA QUE… A biblioteca disponibiliza formação tutorial e divulga esta documentação de apoio, o que permite o desenvolvimento de competências em áreas como: pesquisa de informação avançada, fatores de impacto, escolha de revistas para publicação, criação e gestão de perfis de investigador, autoarquivo da produção científica, gestão de dados científicos, entre outras. O principal desafio que o estudo revela é que os docentes e investigadores possam aceder a ferramentas práticas que os ajudem no seu quotidiano, contribuindo para o desenvolvimento de profissionais autónomos, reflexivos e críticos no que toca à Ciência Aberta. Estas são aprendizagens essenciais para os participantes deste movimento, potenciando o progresso da investigação e a sua difusão em larga escala.