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DA LUZ MARCOS PINHO ALVES, MARTA SOFIA

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  • O futuro do cinema e cor de laranja: há uma singularidade estética e narrativa no cinema feito em smartphone?
    Publication . Alves, Marta Pinho
    Por volta de 2005, os telemóveis passaram a estar equipados com câmaras de vídeo. Cineastas, artistas e ensaístas começaram a usá-los como instrumentos da sua escrita fílmica. As primeiras reflexões sobre o cinema assim elaborado, propostas pelo teórico Roger Odin ou pelo investigador e realizador Max Schleser, entenderam no como singular porque dotado de características próprias, fundadas na natureza do equipamento de registo e nas suas limitações técnicas. Na perspectiva destes analistas (e de outros que, posteriormente, reafirmaram essas intuições), o cinema produzido com telemóveis, que permitia apenas imagens pixelizadas, de baixíssima resolução, instáveis e de curta duração, configurava modos estéticos e narrativos específicos e uma particular relação com o espectador. O considerável aumento da resolução das câmaras de filmar disponíveis nestes aparelhos e o acrescento de outras funcionalidades técnicas, veio contribuir para a aproximação do cinema produzido pelos telemóveis a formas narrativas e estéticas mais próximas do mainstream, pondo em causa a inscrição do cinema assim produzido numa categoria própria. O presente artigo pretende entender, a partir de um mapeamento e caracterização dos filmes feitos com telemóveis que usam imagens de alta resolução, se permanece pertinente a ideia de uma especificidade associada a este cinema. Daí a pergunta colocada no título: Há uma singularidade estética e narrativa no cinema feito com smartphones?
  • Are you recording? A produtora online hitrecord e a criação cinemática colaborativa
    Publication . Alves, Marta Pinho
    O novo cenário digital origina efetivas transformações nas formas de elaboração e difusão cinemática, evidenciadas pela dilatação do número de participantes neste contexto e pelo aumento dos canais de circulação e exibição da obra fílmica. No entanto, embora se possa admitir que o modelo industrial dominante passa a ser alvo de alguns condicionamentos e que necessita de se adaptar às alterações que aparentam estar em conflito com os seus modos de operar habituais, é também notória a sua capacidade de se adequar ao novo contexto. Propõe-se, assim, que não ocorre uma substituição, mas antes que a indústria encontra forma de utilizar essas novas práticas, construindo negócios sustentados naquele que é considerado o ethos do trabalho em rede e apropriando e mobilizando o discurso que lhe é associado. As ideias de colaboração e de coautoria/coprodução passam a ser exploradas por um número crescente de empresas, com objetivos comerciais. Na sequência disso, as várias iniciativas, que são muitas vezes identificadas como motivadoras de uma alteração das relações de poder, significam antes uma migração das convencionais estruturas de produção e difusão de conteúdos para um novo contexto, onde continuam, no entanto, a exercer o seu papel habitual. A partir do labor e da estratégia discursiva da produtora colaborativa online HitRecord, a presente comunicação propõe-se entender o designado cinema colaborativo e os modelos de negócios e relações laborais que se lhe associam.
  • O cinema ao vivo: definições e possibilidades
    Publication . Alves, Marta Pinho
    O cinema ao vivo consiste num espetáculo ao vivo de criação e apresentação de imagens em movimento, para uma audiência, em tempo real. Neste, diferentemente do que ocorre no cinema convencional, as imagens não têm um ordenamento pré determinado, mas antes são organizadas e alinhadas no curso da sua exibição. O cineasta torna-se num performer que, durante a apresentação, atua perante a audiência, manipulando e construindo o filme ao vivo. Este partilha o seu espaço de atuação com artistas de diferentes áreas, que participam também da construção do espetáculo, e com os espectadores, que abandonam a sua habitual postura passiva para passar a interagir com o filme. Nestas apresentações mesclam-se cinema narrativo e não narrativo, imagens e música gravada e ao vivo e artes performativas: num mesmo evento são integradas múltiplas expressões artísticas diferentes ultrapassando-se as fronteiras da experiência cinematográfica comum e caminhando no sentido da ideia wagneriana de Gesamtkunstwerk (‘Obra de Arte Total’). As características do cinema ao vivo apontam, assim, para uma noção de transdisciplinaridade – ou ‘transmedialidade’ – que origina o debate acerca do lugar da sua integração dentro do espectro das artes ou dos media. O presente artigo mapeia e analisa distintas manifestações de cinema ao vivo procurando identificar os seus modos fundamentais de expressão contemporânea.