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- 1,4-Butanediol intoxication: a case reportPublication . Castro, André Lobo; Tarelho, Sónia; Dias, Ana Sofia; Melo, Paula; Teixeira, Helena; Franco, João MiguelGamma-hidroxibutyric acid (GHB) is an endogenous compound with known action at the neural level. Its psychoactive effects led to an illicit use context including recreational purposes, muscle building effects in bodybuilders and drugs-facilitated crimes, specifically, in sexual assaults. Besides the use of the main compound, there are precursors, like Gammabutyrolactone (GBL) and 1,4-butanediol (1,4-BD), usually non controlled substances, allowing a much easier way to obtain the target-compound. The authors present the first reported intoxication case in Portugal with 1,4-Butanediol, including the quantification of GHB and GHB-GLUC in serum, by GC-MS/MS TQD. A male, 25 years old, entered in coma at the hospital emergency room, with the suspicion of an intoxication due to an unknown liquid ingestion. The forensic toxicology lab was asked to collaborate in order to identify the possible substance(s) involved and provide adequate treatment to the patient. The suspicious liquid and a serum sample were sent by the hospital and analysed by GC-MS-single quadrupole and GC-MS/MS TQD, respectively. A methodology including protein precipitation and GC-MS/MS TQD analysis was used to detect and quantify GHB and GHB-GLUC in serum. Toxicological analysis revealed the presence of 1,4-Butanediol in the liquid and GHB [171 mg/L] and GHB-GLUC [13,7 mg/L] in serum.The victim reverted the coma state with no neurological sequelae. This was the first detected case in Portugal with 1,4-Butanediol, suggesting that it is important to be aware that consumers have different options to acess illicit compounds, such as GHB. On the other hand, GHB-GLUC was identified and quantified for the first time in a real case sample, due to intoxication. This case highlights the importance of analyzing all samples for active compounds, percursors and metabolites that can lead to the main intoxication origin.
- MDMA Intoxication in potential donor with cardiac arrest – A case reportPublication . Castro, André Lobo; Tarelho, Sónia; Almeida, Dina; Sousa, Lara; Franco, João Miguel; Teixeira, HelenaAmphetamines consumption is still an important public health issue, namely in terms of compounds variability and disposition to consumers. However, some of them, still classic substances, keep standing in the illicit market, with remarkable and continuous success. That is the case of MDMA. Nevertheless, there is always new information and data on MDMA intoxication, both in vivo as in post-mortem context. The authors report an intoxication case with MDMA in an 18 years old male, who was considered a potential organ donor, after a cardiac arrest. Whole blood samples were collected in vivo, at the Emergency Room (ER), in different moments, and post-mortem, at the Forensic Pathology Service of the National Institute of Legal Medicine and Forensic Science. After a general screening procedure, samples were extracted by an SPE procedure (OASIS® MCX) followed by a GC-MS single quad analysis. The post-mortem whole blood sample was positive for Lidocaine (< 500 ng/mL), compatible with ER intervention, and positive for MDMA (2278 ng/mL) and MDA (49 ng/mL), while the whole blood samples collected in vivo (during the maintenance of the individual under advanced life support), were positive for MDMA (between 504 ng/mL and 1918 ng/mL) and MDA (between 20 ng/mL and 89 ng/mL). The samples were negative for other substances, namely ethanol, other drugs of abuse and medicines. Interpretation of these results is pivotal to understand the behaviour of the substance. So, in this case, MDMA post-mortem behaviour should be carefully evaluated, considering as possible influencers, in the specific context of the case, the time lapse between the death verification, the maintenance of the advanced life support and the body manipulation for organ collection purposes. Also referred and discussed is the ante-mortem/post-mortem ratio of MDMA obtained values, compared with literature references. No doubt that death was due to MDMA intoxication, but information from the in vivo samples analysis suggests that this type of sample should also be considered, in a complementary role, whenever possible.
- Comparação da extração em fase sólida com a precipitação proteica na determinação de canabinóides em amostras de sangue totalPublication . Martinho, Beatriz; Teixeira, Helena M.; Franco, João Miguel; Real, F. Corte; Proença, PaulaIntodução: Em toxicologia forense, é essencial ter um método rápido e eficiente que permita usar uma pequena quantidade de amostra biológica para determinação e quantificação de baixas concentrações de canabinóides. A extração em fase sólida (SPE) tem sido uma das técnicas extrativas mais utilizadas no laboratório do Serviço de Química e Toxicologia Forenses (SQTF) na confirmação e quantificação de canabinóides, estando este procedimento acreditado. No entanto, importa sempre procurar metodologias analíticas que possam apresentar mais vantagens e suprimir aspetos menos satisfatórios, como por exemplo, custos, processos laboriosos, entre outros. Neste sentido, a introdução da precipitação proteica como técnica extrativa na rotina laboratorial pode demonstrar-se uma mais valia para o SQTF. Material e Métodos: No procedimento extrativo em amostras de sangue foi utilizada a técnica de SPE com 0,5 mL de amostra e a de precipitação proteica de 0,1 mL de sangue, para a determinação de ∆9-tetrahidrocanabinol (THC), 11-hidroxi-∆9-THC (THC-OH) e 11-nor-9-carboxi-∆9-THC (THC-COOH). A análise cromatográfica foi realizada por cromatografia líquida de alta resolução acoplada a espetrometria de massa (LC-MS/MS) nos dois equipamentos existentes no SQTF da Delegação do Centro. Na separação cromatográfica foi utilizada uma fase móvel constituída por formato de amónia aquoso 2mM (ácido fórmico 0,1 %) e metanol, em modo gradiente, com um fluxo de 0,4 mL/min e uma coluna Acquity UPLC HSS® T3 quer no equipamento da marca Waters quer no equipamento da marca Sciex. Resultados e Discussão: No equipamento da Waters, a precipitação proteica demonstra não influenciar de forma significativa a intensidade e área dos picos, bem como o ruído de fundo quando comparado com os resultados obtidos por extração em fase sólida. No equipamento da Sciex, as amostras preparadas por precipitação proteica apresentam maior intensidade, maior área e menor ruído do que as amostras preparadas por extração em fase sólida, dada a otimização dos parâmetros cromatográficos. Os autores apresentam também os resultados da validação do procedimento extrativo por precipitação proteica e análise por LC-MS/MS, no equipamento da marca Sciex. Conclusões: A substituição da técnica de extração em fase sólida de 0,5 mL de amostra pela de precipitação proteica de 0,1 mL de sangue no procedimento laboratorial de confirmação e quantificação de canabinóides, torna-o mais simples, rápido e com um menor custo associado. O método validado demonstrou ser seletivo, específico, exato, preciso, robusto e linear na gama de trabalho, cumprindo todos os critérios de aceitação estabelecidos para a análise de canabinóides em amostras de sangue por LC-MS/MS.
- Valores endógenos de GHB em amostras biológicas post-mortem – determinação analítica e avaliação estatísticaPublication . Castro, André Lobo; Tarelho, Sónia; Franco, João Miguel; Reis, Flávio; Teixeira, HelenaO Ácido gama-hidroxibutírico (GHB) é um composto endógeno com um historial de utilização clínica desde os anos 1960’s. No entanto, devido aos seus efeitos secundários, foi classificado como uma substância controlada. É uma substância associada ao consumo ilícito para fins recreativos, para induzir o aumento da massa muscular por parte de praticantes de culturismo e ainda ao abuso sexual facilitado por substâncias. No entanto, a interpretação médico-legal de um resultado positivo para GHB está dependente do seu contexto endógeno e do comportamento post-mortem do composto. Neste pressuposto, serão apresentados os valores de GHB determinados num conjunto de amostras post-mortem de sangue e cabelo, provenientes de casos sem qualquer suspeita de consumo de GHB. Estes valores foram estatisticamente analisados e comparados no sentido de se averiguar eventuais tendências de comportamento do composto em contexto post-mortem. Os resultados apresentados foram baseados no sexo dos indivíduos, faixa etária, diagnóstico diferencial médico-legal e intervalo post-mortem (intervalo entre a data da morte e a data da autópsia). A concentração média total de GHB em sangue foi de 6,7 g/L, com os valores a variarem entre 1,8 g/L e 15,7 g/L. Em termos de idade dos indivíduos, verificou-se uma descida da concentração do composto à medida que a idade aumenta, com uma média de 7,9 g/L para indivíduos com menos de 44 anos, 6,8 g/L para indivíduos com idades compreendidas entre 45 e 60 anos, e 5,7 g/L para o conjunto de indivíduos com idade superior a 60 anos. Relativamente ao diagnóstico diferencial médico-legal, os valores médios variaram entre 8,9 g/L e 5,1 g/L, consoante a causa de morte referenciada, nomeadamente acidente, causa natural ou suicídio. De notar que nenhum dos casos estudados constituía um contexto de homicídio. Finalmente, e considerando o intervalo post-mortem, foram encontrados valores médios que variaram entre 4,57 mg/L com 4 dias de PMI e 8,29 mg/L com 2 dias de PMI.
- Intoxicação por fentanil ilícito – Análise de um casoPublication . Tarelho, Sónia; Stasyuk, Mykola; Castro, André Lobo; Melo, Paula; Sousa, Lara; Teixeira, Helena; Santos, Agostinho; Franco, João MiguelO fentanil é um opióide depressor do sistema nervoso central. É prescrito para o controlo da dor crónica e grave, de lesões nervosas, traumas graves, entre outros. Paralelamente, também é sintetizado ilegalmente e usado como uma droga recreativa, muitas vezes misturado com heroína ou cocaína. Na Europa, desde a sua primeira deteção em 2012, foram notificados ao EMCDDA (European Monitoring Centre for Drugsand Drug Addiction) um total de 24 novos casos de fentanil. A maioria destes foi reportada a partir do início de 2016, tendo sido detetados 6 casos até setembro de 2017, nenhum deles em Portugal. Desde 2013 que o fentanil e seus análogos têm estado associados a mortes em todos os estados dos EUA e na Europa, e a prescrição indevida de opióides e a sua produção ilegal são fenómenos crescentes e já sobejamente discutidos. Assim, atualmente, há uma enorme preocupação com a relação entre essa substância e o aumento alarmante do número de overdoses relacionadas com o consumo de substâncias opióides. Os autores apresentam o primeiro caso ocorrido no norte de Portugal onde o fentanil foi detetado em amostras post-mortem, como resultado do seu uso ilícito. Um homem de 31 anos foi encontrado morto num quarto de hotel, com um saco plástico a cobrir na cabeça, preso à volta do pescoço com cordão de nylon e fita adesiva. Encontrava-se com um leitor de MP4 com auriculares ligados, com os terminais por baixo do saco, como se tivessem caído das cavidades auriculares. O cadáver mostrava sinais de desidratação e todos os achados apontavam para uma etiologia suicida. No local foram encontrados blisters vazios de Alprazolam, juntamente com um espelho contendo resíduos de um pó branco e dois sacos de plástico pequenos transparentes, um deles contendo também um pó branco. Foram enviadas amostras de sangue cardíaco para o SQTF para processamento analítico, assim como os pós mencionados. A identificação e a quantificação do fentanil em amostras de sangue post-mortem foi realizada num GC-MS-single quad (LD = 3 ng / mL), após procedimento extrativo por extração em fase sólida. Os pós também foram identificados como Fentanil por GC-MS-single quad sem procedimento de extração. A análise ao sangue foi positiva para alprazolam [123 ng / mL] e para o insuspeitado fentanil [158 ng / mL]. Em Portugal, é a primeira vez que o fentanil é detetado em amostras post-mortem em contexto de uso ilícito, e o relatório da autópsia sugere que, tendo em conta todas as evidências, tudo aponta para uma morte num contexto de suicídio, sem sinais de lesões capazes de conduzir à morte provocadas por terceiros. Combinando os resultados toxicológicos com os achados da autópsia, bem como as informações policiais, não é possível excluir a morte por intoxicação por fentanil, tendo ainda em associação outro agente depressor do sistema nervoso central. Este resultado está alinhado com a realidade encontrada noutros países, sugerindo que o uso ilícito de opióides sintéticos, nomeadamente o fentanil, representa um problema crescente de saúde pública, exigindo vigilância em vários campos, incluindo autoridades fiscalizadoras, entidades governamentais e toxicologistas, para citar alguns, a fim de ser possível levar a cabo a contenção do consumo crescente deste tipo de substâncias.
- A retrospectÍve analysis of data from cannabinoid forensic cases in the Centre of Portugal between 2020 and 2023Publication . Proença, Paula; Teixeira, Helena M.; Monteiro, Carla; Monsanto, Paula; Coelho, Maria; Franco, João Miguel; Corte Real, FranciscoBackground and aim: Marijuana, hashish and other psychoactive products obtained from Cannabis are the most produced and trafficked illicit drugs around the world. Methods: The authors studied all the positive cases for cannabinoids in the Centre of Portugal; from autopsies at the Forensic Clinical and Pathology Service of Coimbra’s Delegation of the National Institute of Legal Medicine and Forensic Sciences (NILMFS), from other autopsies in the Centre of Portugal, and road traffic and labour accidents from June 2020 until March 2023. Results were from blood samples routinely tested for the presence of cannabinoids by enzyme immunoassay (ELISA) and confirmed by LC-MS/MS. When requested, other substances were analysed. Results and discussion: During the study period, a total of 4599 toxicological requests for cannabinoids were received at the Forensic Toxicology Laboratory. 461 cases (10.0%) tested positive in screening tests, all confirmed by LC-MS/MS. Among positive cases, 77% were road traffic surveillance cases , and 24.9% related to other antemortem and postmortem cases.We observed that there was an accentuated consumption of cannabinoids between ages 21 and 30 years old, average age 33 years, and a higher prevalence in men (92.4%). THC was confirmed and quantified in 76.5% of the cases, with an average blood concentration of 13.5 ng/mL; the mean and percent for the active metabolites, 11-OH-THC, was 5.9 ng/mL in 44.5% and for THCCOOH was 20.1 ng/mL in 56.2% of the positive cases. It is important to highlight that in the 75.1% positive road traffic surveillance cases the achieved THC average was 11.6 ng/mL and in postmortem cases related to road traffic accidents this value increased to 16.0 ng/mL. 25.4% of the cases (n=117) had cannabinoids together with other psychoactive substances and ethanol was present in 162 of the cases, with 33.9% presenting a BAC ≥0.5 <1.2 g/L and 50.6% a BAC ≥1.2 g/L. 20.9% of the Forensic Pathology and Clinic cases were road accidents with 79.2% drivers. Conclusion: Cannabis is frequently used before and during driving with high concentrations of the active compounds demonstrating impairment increasing theof a crash. It is also important to be aware of the results showing simultaneous use of THC and alcohol increasing accident risk.