ESS - Teses de Doutoramento
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- Entre brobdingnag e lilliput: a apresentação de si na narrativa autobiográfica produzida nos processos de reconhecimento, validação e certificação de competênciasPublication . Calha, António; Vieira, Maria ManuelO sistema de Reconhecimento Validação e Certificação de Competências (RVCC) corresponde a uma política educativa destinada a adultos implementada em Portugal a partir de 2001. Desde então, vem assumindo diferentes configurações e enquadramentos. Trata-se de uma oferta de qualificação que visa equiparar, formalmente, as competências adquiridas ao longo da vida às habilitações académicas conferidas pelo sistema regular de ensino. As metodologias de trabalho baseiam-se em pedagogias ativas e individualizadas, estruturadas na construção do Portefólio Reflexivo de Aprendizagem, que implica a produção de uma história de vida autobiográfica a partir da qual se reconhecem, validam e certificam as competências dos candidatos. O trabalho desenvolvido pelos candidatos aos processos RVCC constitui o campo de interesse em que se enquadra esta tese de doutoramento. Procurámos perceber a forma como os candidatos se apresentam e se validam na narrativa autobiográfica. Face aos objetivos que orientaram a investigação, foi reunido um corpus analítico constituído por cem Portefólios Reflexivos de Aprendizagem, de adultos que concluíram o processo entre 2006 e 2010, em quatro Centros Novas Oportunidades do distrito de Portalegre. A análise estrutura-se em três dimensões da narrativa: os relatos da experiência escolar, da experiência profissional e das relações com os outros, a que correspondem, grosso modo, aprendizagens de diferente natureza, formais, não formais e informais
- Vinculação e temperamento afetivo em jovens adultosPublication . Cordeiro, RaulEste estudo teve como objetivo estudar a relação entre os padrões de vinculação (parental e amorosa) e o temperamento afetivo (depressivo, ciclotímico, hipertímico, irritável e ansioso) conceptualizado em temperamentos estáveis (depressivo e hipertímico) e instáveis (ciclotímico, irritável e ansioso) reunindo dados que nos permitiram perceber se padrões de vinculação seguros se correlacionam positivamente com temperamentos estáveis. A amostra foi constituída por 760 estudantes do curso de licenciatura em enfermagem provenientes de quatro escolas do sistema de ensino superior politécnico português. Os dados foram recolhidos por questionário de autopreenchimento, formado por várias medidas: variáveis sóciodemográficas, a Escala de Temperamento de Memphis, Pisa, Paris e San Diego (TEMPS-A), validação para a população portuguesa (Akiskal & Akiskal, 2005a; Figueira et al., 2008), o Questionário de Vinculação ao Pai e à Mãe – QVPM, Versão IV (Matos & Costa, 2001a), o Questionário de Vinculação Amorosa – QVA, Versão III (Matos & Costa, 2001b). Os participantes são maioritariamente do género feminino (83,3%) com uma média de idades de 21,3 anos, vivem maioritariamente num agregado familiar com pai e mãe, 81,7% têm irmãos e 60,3% mantêm uma relação de namoro. A partir dos dados dos fatores de vinculação parental (pai e mãe) e de vinculação amorosa foram construídos padrões de vinculação (seguro, preocupado, desinvestido e amedrontado). De entre os cinco temperamentos afetivos (depressivo, hipertímico, ciclotímico, irritável e ansioso), o temperamento afetivo dominante para a totalidade da população estudada foi o temperamento depressivo. Apenas o temperamento irritável mostrou não estar associado ao género. Não se encontraram associações entre os temperamentos afetivos e os progenitores com quem os inquiridos coabitam ou com a existência de irmãos, revelando apenas o temperamento ciclotímico uma associação com a existência de uma relação de namoro. ix Os resultados evidenciam associações significativas entre os temperamentos instáveis (ciclotímico, irritável e ansioso) e o padrão de vinculação desinvestido da vinculação parental (pai e mãe). Na vinculação na relação com a mãe, o temperamento depressivo (estável) e os temperamentos instáveis (ciclotímico, irritável e ansioso) revelaram-se dominantes entre o padrão desinvestido e o hipertímico (estável) entre os preocupados. Na vinculação na relação com o pai, o temperamento depressivo (estável) e os temperamentos instáveis (ciclotímico, irritável e ansioso) revelaram-se dominantes entre o padrão desinvestido e o hipertímico (estável) entre os seguros. No que se refere à vinculação amorosa os resultados evidenciaram associações significativas quer entre temperamentos estáveis ou instáveis e o padrão preocupado sugerindo uma associação pouco clara entre temperamentos (do ponto de vista da sua estabilidade) e os indivíduos com este padrão de vinculação.