EUVG - Dissertações do Mestrado Integrado em Arquitetura
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Browsing EUVG - Dissertações do Mestrado Integrado em Arquitetura by Subject "Architecture"
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- Centros comerciais enquanto parques temáticos: um preconceito da arquitectura sobre realidades forjadas para o consumoPublication . dos Reis, Cláudia Filipa Lopes Gomes Jorge Campos; Ferreira, Joana Rita PedroOs centros comerciais têm vindo a disseminar-se pelos territórios, reflexo de uma crescente procura pelos consumidores. Para alguns autores, a atração a estes está ligada à replicação da oferta comercial dos centros das cidades, mas com um controlo das variáveis atmosféricas, e um aumento do conforto para quem faz compras. A evolução da arquitetura destes, e da sua composição interior, conduz a questões sobre a autenticidade versus artificialidade que, em último caso, levam à semântica sobre o que é autêntico (socialmente visto como bom), e o que é falso (socialmente mal visto). (Gottdiener, 1995; Dovey, 1999) Este olhar sobre o que é bom, e o que é mau, a condenação que transpira da crítica da arquitetura, bloqueou a análise de questões pertinentes relacionadas com a conceção dos centros comercias. São algumas destas questões que pretendemos apresentar com este trabalho. Os argumentos de Beatriz Colomina relativamente ao poder da imagem, são o ponto de partida para analisar o fenómeno dos centros comerciais, a sua arquitetura e, sobretudo, o profuso recurso dos mesmos a símbolos e temáticas. Para a compreensão da utilização de componentes cénicas e temáticas nos centros comerciais, analisamo-los em algumas das suas dimensões e, posteriormente, observamo-los, em concreto. Procura-se, assim, entender sobre uma aparente inevitabilidade da utilização da informação cénica nos espaços comerciais.
- A influência das viagens de Raul Lino na exposição do mundo português de 1940Publication . Miranda, Sofia Margarida Ferreira; Almeida, Maria Rita Pais Ramos AbreuNos anos 40, Portugal vive um regime político com tendência autoritária, e com pouco espaço para a expressão livre da criatividade artística e arquitetónica. A Exposição do Mundo Português é considerada por muitos a oportunidade para os modernistas se expressarem. Esta, intitulada “Exposição do Mundo Português” de 1940, é considerada como o mais importante evento a realizar dentro das Comemorações dos Centenários da fundação do país, e como tal, momento onde se congregam os esforços construtivos e realizadores de um regime em consolidação, e também o empenho criativo das principais personalidades artísticas, ao dispor do Estado Novo. O desejo de glorificar a nacionalidade, pela evocação de oito séculos de História, era motivado simultaneamente pela necessidade de demonstrar a capacidade civilizadora de Portugal, legitimando o chamado Estado Novo através da celebração do Império, e pela determinação de se impor como Nação aos olhos de Portugal e do Mundo. A presente dissertação de mestrado propõe o estudo da Exposição do Mundo Português, mais especificamente como a criação do Pavilhão do Brasil projetado pelo arquiteto Raúl Lino, foi influenciada pela sua viagem ao Brasil. Já é conhecida a influência das viagens na obra de Lino, mas no caso do Pavilhão do Brasil esta influência não está clarificada. A partir da análise de diários de viagens e de outras Exposições Internacionais em que Raúl Lino participou, é possível avaliar o conhecimento adquirido e as influências, que posteriormente se refletiram na exposição.
- O não-lugar e o ócio. Alterações do perfil do turistaPublication . Macedo, Hugo de Jesus; Almeida, Maria Rita Pais Ramos AbreuO comportamento humano, na sua forma física e psicológica, revela uma consciência inata para a vivência do espaço, apropriando-se deste de diversas maneiras. No presente trabalho pretende-se compreender e aprofundar o conhecimento acerca desta vivência de espaços, quer ao nível público, quer ao nível privado, consoante algumas alterações na actividade que um indivíduo esteja a operar e, em particular, nos períodos a que este dedica desfrute e ao ócio. Neste âmbito, o estudo parte da articulação entre os conceitos de tempo livre, lazer e ócio, que surgem com a inclusão do trabalho como actividade central da sociedade moderna, e confronta-os com o conceito de “não-lugar” de Marc Augé. Através da reflexão acerca do não-lugar, Marc Augé faz uma leitura sobre a antropologia dos mundos contemporâneos, que assume grande relevância nos trabalhos teóricos das disciplinas de arquitectura e publicidade, no que diz respeito às dinâmicas que ocorrem nas cidades contemporâneas, assim como nos meios que permitem que estas se comuniquem. Assim, tendo como pano de fundo a viagem realizada ao longo da região do Algarve, em Portugal e da Dalmácia, na Croácia, serão ilustrados os espaços de “não-lugar” e ócio. Em ambas as regiões o turismo continua a ser visto como uma actividade com grande potencial para desenvolver economicamente toda aquela região. No entanto, no Algarve a progressiva insistência no mesmo modelo de turismo, ao longo de varias décadas, tornou-se num crescente fracasso. E serviu de exemplo, a não seguir, para outras zonas, como é o exemplo da Dalmácia, que procurou colmatar as falhas com o intuito tirar o proveito adequado e benéfico para um desenvolvimento sustentado e enquadrado nas populações residentes. Esta ideia estava centrada no turismo de massas, que resultou num leque de “cidades de betão”, descaracterizando toda uma região que se transforma, ano após ano, num local sazonal. Por sua vez, e a par do turista, os espaços de veraneio tornam-se objectos de estudo importantes para perceber, de que forma a arquitectura influencia o fenómeno do comportamento humano.
- Pequeno mundo na paisagem – Al-GarbPublication . Ribeiro, Renato Pedro dos Santos; Pinheiro, António Miguel RibeiroEsta dissertação estuda a evolução dos empreendimentos turísticos na Região do Algarve. A partir dos anos 60, com Boom Turístico, o território Algarvio inicia um processo de transformação que lhe vem atribuir uma nova identidade. A actividade turística torna-se a maior riqueza de um lugar, que se altera profundamente para poder oferecer diferentes tipos de espaços, a quem lá passar. A arquitectura vinculada ao turismo de sol e praia, marca uma época, que é atravessada por um período de mudanças da na era modernista e que acaba por trazer grandes influências para o território. Foi uma altura em que o desenvolvimento dos empreendimentos deu-se de forma muito acelerada, sem que tenha havido espaço para pensar, que contribuiu para uma descaracterização do território, afastando-se de uma identidade que caracteriza este lugar como único. Neste sentido, verifica-se a necessidade crescente de mais informação que permita caracterizar de forma detalhada o segmento do turismo, para se construir uma resposta que sirva as necessidades turísticas e não turísticas, sem que para isso se desfragmente sistematicamente o território. Com esta investigação, pretendeu-se compreender as várias linguagens arquitectónicas que se desenvolveram ao longo dos últimos 40 anos, distinguindo aquelas que acabam por manter características mais tradicionalistas e que definem a verdadeira origem de um lugar. Analisámos o desenvolvimento dos vários núcleos turísticos, as diferentes tipologias que se foram construindo, os seus detalhes no enquadramento territorial e a suas influência no lugar que ocupam, contribuindo para que a forma de olhar o espaço, deva começar na sua origem. Como caso de estudo optamos por estudar o empreendimento “Aldeia das Açoteias” que define o início da urbanização turística no território Algarvio. Destaca-se por ser o primeiro aldeamento que se constrói fora do aglomerado urbano e em funcionamento tipo “Resort”. É feita uma reflexão entre o muro que delimita o espaço interior do exterior de um resort. Esse é o muro que provoca o afastamento numa relação com a identidade de um território, transmitindo apenas “um pequeno mundo na paisagem”.
- Vasco Cunha, cinquenta anos de obra arquitectónica em Coimbra – 1962 a 2012Publication . Lopes, Nuno Miguel Godinho Correia; Almeida, Maria Rita Pais Ramos AbreuEsta dissertação estuda a obra arquitectónica de Vasco Cunha, cuja actividade durou cerca de cinquenta anos, desde o início da década de 1960 até Junho de 2013, localizando-se, principalmente, na cidade de Coimbra. Mantendo-se aquele autor a laborar até praticamente ao presente, para o desenvolvimento do conhecimento aqui produzido, usufruiu-se do seu testemunho pessoal, bem como da detalhada consulta do arquivo que mantém. Em complemento, examinaram-se os Processos de Licenciamento, relativos aos seus projectos existentes no Arquivo da Câmara de Coimbra e de Arganil. Para completar o estudo, foi realizada uma análise in situ de algumas das edificações da sua autoria. O percurso académico e as primeiras experiências profissionais que Vasco Cunha teve no Porto, foram fortemente influenciados por relevantes figuras presentes naquela cidade e com quem se cruzou, de onde realçamos os arquitectos Robert Auzelle, Fernando Távora, a dupla Arménio Losa e Cassiano Barbosa e Lixa Filgueiras. As primeiras obras de Vasco Cunha, datadas do princípio da década de 60, tiveram forte impacte em Coimbra, dando-lhe os créditos que fizeram com que, nas décadas seguintes, projectasse grande número de planos urbanísticos e de edifícios, para aquela cidade, sendo, maioritariamente, esses projectos resultantes da iniciativa privada. Com esta investigação, pretendeu-se compreender os vários aspectos arquitectónicos envolvidos nos projectos daquele arquitecto, procurando identificar constantes conceptuais, características morfológicas e construtivas, e a relação com os modelos que estiveram na sua origem. Desse modo, analisaram-se os edifícios, desenhados por Vasco Cunha, considerados exemplares e relevantes, concretizando-se uma síntese do conjunto da sua obra, revelando até que ponto é que ela foi inovadora e influenciadora, em Coimbra, contribuindo para a divulgação dos projectos daquele arquitecto, cujo labor tanto marcou essa cidade.
