ESAE - Escola Superior Agrária de Elvas
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Browsing ESAE - Escola Superior Agrária de Elvas by Sustainable Development Goals (SDG) "02:Erradicar a Fome"
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- Desenvolvimento do programa de melhoramento genético do orégão – Origanum vulgare subsp. virensPublication . Lino da Silva, Margarida Carvalho; Póvoa, Orlanda ViamonteA subespécie de orégão presente no Alentejo é Origanum vulgare subsp. virens. A espécie apresenta um elevado número de utilizações, destacando-se a condimentar, medicinal, cosmética e alimentar. A colheita desregrada na natureza coloca a espécie em risco de erosão genética. Neste contexto, é premente a promoção do cultivo do orégão. Este trabalho vem dar continuidade a estudos anteriores de caracterização morfológica, agronómica e química, com foco no desenvolvimento do programa de melhoramento. Foram selecionados 6 acessos, 2 do quimiotipo carvacrol (Ov2 Estremoz, Ov3 Elvas), 2 do quimiotipo linalol (Ov20 Serpa, Ov23 Moura) e 2 do quimiotipo timol (Ov16 Sousel, Ov21Alandroal), tendo bom rendimento em óleo essencial, plantas altas e elevado potencial de produção de biomassa. Os 6 acessos foram multiplicados no viveiro da ESBE por estacas obtidas no local de origem; sendo utilizadas no ensaio de seleção de plantas instalado no INIAV-Elvas, em tela, com 2 blocos casualizados, com 18 plantas (total: 36 plantas por acesso), com espaçamento de 50 cm na linha e 80 cm entre acessos. O ensaio de avaliação agronómica foi instalado através de divisão de plantas; sendo constituído por 6 acessos, em 3 blocos casualizados, com 12 plantas por bloco (total: 36 plantas por acesso), espaçamento de 30 cm entre plantas e 80 cm entre acessos. Foram utilizados 21 descritores de seleção e 14 descritores para avaliação agronómica. Foram selecionadas 4 plantas por cada acesso em estudo, usando como critérios de seleção o comprimento do caule, a altura, o vigor, a produção de biomassa e uniformidade do comprimento da espiga. Após seleção, o acesso mais precoce foi Ov20 Serpa (57 dias para florir) e o mais tardio foi Ov2 Estremoz (73 dias para florir); Ov23 Moura teve as espigas mais curtas (0,9 cm) e Ov16 Sousel as mais longas (1,7 cm). O vigor das plantas e a produção de biomassa foram, geralmente, superiores aquando da realização do segundo corte (setembro). Estes resultados foram preliminares, devendo ser consolidados com o 2.o ano de observações.
- MELHORAMENTO PRODUTIVO DA HERDADE DAS TAPADASPublication . Cabaço, Luís Miguel Tita; Rodrigues, Francisco MondragãoA Herdade das Tapadas, situada no concelho de Alter do Chão (Portalegre), tem uma área agrícola de 529,15 ha, onde se pratica maioritariamente uma bovinicultura extensiva, em pastagens naturais em terra limpa e sob coberto de montado. A única área regada é a vinha com 13,6 ha, que recorre a uma captação subterrânea. A construção do Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, conhecido como barragem do Pisão, vem criar uma oportunidade única para esta exploração agrícola, uma vez que cerca de 68% da área passa a estar beneficiada com água sob pressão do bloco de rega de Alter do Chão. Neste trabalho, estuda-se a possibilidade de instalar olival em sebe ou amendoal intensivo numa área de 350 ha que vai ter garantia de água para rega, atualmente com pastagens naturais e que dispõe de solos com aptidão para o regadio. A restante área da exploração mantem a ocupação cultural atual; a vinha de 13,6 ha e cerca de 166 ha de pastagens em terra limpa ou sob coberto para a continuação da eguada da Coudelaria Telles de Carvalho. Da avaliação da rentabilidade económico- financeira que se fez para as duas culturas permanentes, verifica-se que o olival em sebe é mais interessante, pois apresenta uma maior taxa interna de rentabilidade (17,23%), um período de retorno do investimento menor (7 anos) e maiores possibilidades de escoamento da produção, apesar do investimento inicial superar o do amendoal intensivo, em cerca de 600.000 euros. A disponibilidade de água, em grande parte da Herdade das Tapadas, vai permitir passar de uma agricultura extensiva de sequeiro, pouco rentável, para uma agricultura de regadio, mais intensiva, que obriga a um elevado investimento inicial, mas que assegura uma elevada rentabilidade no futuro.
- Perímetro de Rega da Apartadura: Estratégias para a SustentabilidadePublication . Afonso, Daniela Correia; Rodrigues, Francisco MondragãoO perímetro de rega da Apartadura está localizado na freguesia de São Salvador da Aramenha, concelho de Marvão. Abarca cerca de 400 ha e pouco mais de 250 parcelas geridas por 88 regantes. As parcelas são maioritariamente de pequenas dimensões, pois 84% tem menos de 2 ha. Apesar da variedade de solos presentes (10 famílias diferentes) praticamente todos apresentam grande aptidão para a agricultura de regadio, em particular os aluviossolos e os coluviossolos que, em conjunto, abarcam 50% da área do perímetro. A água é fornecida pela barragem da Apartadura que, mesmos nos últimos anos de seca, não teve dificuldades em disponibilizar toda a água necessária para a área beneficiada. Apesar destas condições excecionais para a agricultura de regadio, comparando os levantamentos da ocupação cultural de 2014 e de 2024, verificou-se uma extensificação da agricultura praticada, com o aumento das áreas de pastagem natural e das parcelas não cultivadas. Um número significativo de parcelas também é ocupado pela horta familiar. A restante área é ocupada por culturas tradicionais, algumas de rentabilidade limitada, observando-se, no geral, uma baixa produtividade da água usada na rega. A principal razão para esta situação reside na população envelhecida e com poucas qualificações, que constitui uma parte substancial dos regantes e que se mostra avessa à intensificação das práticas agrícolas, à adoção de novas culturas mais rentáveis e de modos de produção mais sustentáveis. Para uma alteração desta tendência propõese envolver a Câmara Municipal de Marvão e a Junta de Agricultores da Apartadura para dinamizar a agricultura, atrair empresários e jovens agricultores de outros concelhos que pratiquem uma agricultura moderna, mais intensiva, com novas culturas que permitam rentabilizar melhor a água do regadio. A reativação da Cooperativa Agrícola e Florestal do Porto da Espada e a criação de uma marca diferenciadora e unificadora “Produtos de Marvão” seriam o motor para a revitalização da agricultura no perímetro de rega da Apartadura, assegurando a sua sustentabilidade nas vertentes económica, ambiental e social.