AM - TIA - INF - M - Mestrado em Ciências Militares na Especialidade de Infantaria
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- A Academia Militar, uma escola de comando e liderança para entidades civisPublication . Silva, João Ricardo da Costa; Santos, Renato; Cunha, SandrinaO presente relatório científico está subordinado ao tema: “A Academia Militar, uma escola de comando e liderança para entidades civis”. Os objetivos estabelecidos tiveram como intuito compreender a influência das Atividades Formativas de Comando e Liderança para civis (AFCL), ministradas pela Academia Militar (AM), no desenvolvimento de competências pessoais e interpessoais dos formandos externos. Relativamente à metodologia, seguiu-se o método indutivo com uma abordagem qualitativa. Primeiramente foi feita uma pesquisa bibliográfica e documental, e posteriormente foram realizadas entrevistas e inquéritos. Este trabalho de investigação é apresentado em quatro capítulos. O primeiro apresenta o enquadramento teórico do tema; o segundo explica a metodologia utilizada, o terceiro é composto pela apresentação e discussão dos resultados, e, no quarto e último capítulo apresentam-se as conclusões de todo o trabalho desenvolvido. Em resumo, as expetativas dos formandos foram, na sua generalidade, correspondidas e ultrapassadas e que o autoconhecimento aparece como a competência mais percecionada por parte dos formandos. As AFCL potenciam nos formandos um leque de oportunidades e pode-se também concluír que há um conjunto de aspetos e temáticas a melhorar, a reformular ou a introduzir em futuros Treinos Intensivos de Liderança (TIL), quer a nível de conteúdo, quer a nível de estruturação dos cursos.
- Adaptação das Técnicas, Táticas e Procedimentos face ao novo armamento em Ambiente UrbanoPublication . Oliveira, André Mâncio de; Ferreira; LuísO presente Trabalho de Investigação Aplicada é subordinado ao tema “Adaptação das Técnicas, Táticas e Procedimentos face ao novo armamento em Ambiente Urbano”. Desta forma, o objetivo deste trabalho é analisar e compreender o impacto decorrente da inserção do novo armamento ligeiro, recentemente adquirido pelo Exército Português, ao nível das Técnicas, Táticas e Procedimentos em Ambiente Urbano. Neste contexto, são referidos aspetos relacionados com a temática, nomeadamente, a categorização do Combate em Ambiente Urbano, o processo de seleção e aquisição do novo armamento, a apresentação da nova família de armamento ligeiro, as diferenças presentes entre o calibre anterior e o recente, a necessidade de adaptação da doutrina e da organização base da Secção e Esquadra de atiradores e, por último, a aplicação do novo armamento em Ambiente Urbano. Assim sendo, são expostas as implicações desencadeadas pelas especificidades do novo armamento, seja pelo uso de um variado sistema de armas dentro de uma secção, pelo uso de um calibre inferior na Espingarda de Assalto e na Metralhadora Ligeira, pelo peso e dimensões inferiores e pela possibilidade de acoplação de diversos acessórios e auxiliares de pontaria. Para isso, adotou-se uma metodologia assente no método indutivo, com o propósito de alcançar uma generalização a partir dos dados analisados. Além disso, trata-se de uma investigação de natureza qualitativa, traduzindo-se num estudo de caso, em que foi realizado o cruzamento dos dados resultantes das entrevistas realizadas e da análise documental. Os resultados obtidos indicam que foi realizado um compromisso que promove ao máximo o uso transversal de todo o armamento. Assim, existem armas mais ou menos capazes de satisfazer as necessidades operacionais, dependendo do que os ambientes táticos exigem. A inserção das novas armas em Combate em Ambiente Urbano constitui uma mais valia para o Exército Português e, uma vez que, as Técnicas, Táticas e Procedimentos estão assentes nos equipamentos e armamento utilizados, torna-se necessária a sua adaptação
- ÂMBITO DE ATUAÇÃO, MISSÕES E TAREFAS DOS DESTACAMENTOS DE OPERAÇÕES ESPECIAIS:Publication . Costa, André Serra; Reis, João Carlos Gonçalves dosEsta investigação incide sobre o tema “Âmbito de atuação, missões e tarefas do Destacamento de Operações Especiais: Estudo de caso do Kosovo”. Tem por objetivo analisar o emprego do Destacamento de Operações Especiais quando subjugado à realidade operacional do conflito no Kosovo. Realizámos uma revisão de literatura inicial para identificar os conceitos associados a três categorias principais: enquadramento militar do conflito no Kosovo, âmbito de atuação, missões e tarefas que uma Força de Operações Especiais tem a capacidade de realizar e os modos de emprego associados ao Destacamento de Operações Especiais no Kosovo. A metodologia utilizada na investigação é qualitativa. Como estratégia de investigação utilizámos o estudo de caso e recorremos às entrevistas, observação direta e documentação como fontes de recolha de dados. Realizámos 17 entrevistas, a militares pertencentes aos Destacamentos de Operações Especiais que desempenharam funções no Teatro de Operações do Kosovo. Os resultados indicam que numa primeira fase do conflito o Destacamento de Operações Especiais foi utilizado durante o processo de imposição de paz. As forças portuguesas estavam integradas na Brigada Multinacional Oeste e estavam estruturalmente dependentes do comandante da mesma. A principal missão desenvolvida durante esta fase foi o Reconhecimento Especial e vigilância, através de tarefas de Human Intelligence. Destaca-se a realização de um estudo de área inicial, que permitiu recolher informação para o batalhão português que iria ser empregue na área do Kosovo. O principal modo de atuação adotado durante esta fase foi o coberto. Numa segunda fase, o Destacamento de Operações Especiais estava sob o comando do batalhão português, reserva da Kosovo Force. Foi reestruturado através da redução do seu efetivo, passando a denominar-se por Módulo de Apoio. As principais missões e tarefas realizadas foram no âmbito do Reconhecimento Especial e Vigilância, Proteção a Altas Entidades e no apoio das missões de Controlo de Tumultos do batalhão português. Durante esta fase o principal modo de atuação utilizado foi o aberto, nas operações em apoio ao batalhão e o coberto nas operações de Reconhecimento Especial e Vigilância.
- APLICAÇÃO PRÁTICA DO CONCEITO DA ORGANIZAÇÃO DO TRATADO DO ATLÂNTICO NORTE “TREINAR, ACONSELHAR E ASSISTIR” PELAS EQUIPAS DE ASSESSORIA DE OPERAÇÕES ESPECIAISPublication . Hozhda, Tymur; Reis, João Carlos Gonçalves dosO presente Trabalho de Investigação Aplicada incide sobre o tema “Aplicação prática do conceito da Organização do Tratado do Atlântico Norte “Treinar, Aconselhar e Assistir” pelas equipas de assessoria de operações especiais: Estudo de caso do Afeganistão”. Tem como objetivo compreender e descrever que particularidades devem ser consideradas durante o Treinar, Aconselhar e Assitir (termo anglo-saxónico de Train, Advise and Assit) praticados pelos militares de operações especiais às forças de operações especiais afegãs. A metodologia utilizada nesta investigação é qualitativa, descritiva e exploratória. Utilizamos o método estudo de caso porque permite manter uma perspetiva holística sobre um fenómeno específico (Yin, 2018) em estudo neste trabalho. Para tal, recorremos a várias fontes de recolha de dados que têm por base entrevistas semiestruturadas, análise de documentos e a observação direta. Na realização do nosso trabalho, depois de efetuado o estudo e a respetiva análise de conteúdo, emergiram dimensões relevantes, que são: os aspetos sociais, as particularidades da missão, o treino, o aconselhamento e a assistência. Durante a realização das sessões de assessoria os aspetos sociais que possuem maior influência nas relações entre as equipas de assessoria e a contraparte afegã são a dificuldade na comunicação, a corrupção e o sistema de “favores”. No que se refere ao treino, foram desenvolvidos vários projetos pelas equipas de assessoria de forma a criar, melhorar e integrar o treino na escola de excelência afegã, como o Afghan Special Operations Forces Training Management System, o fluxograma de trabalho e o processo simplificado de lições aprendidas. Estas ferramentas serviam para validar se o que era ensinado nos cursos era correto ou se era necessário reformular os referenciais, organizar todas as tarefas logísticas necessárias para a organização e realização dos cursos, garantir que as lições identificadas em combate, possuem implicações a nível formativo e de treino, respetivamente. No aconselhamento, foram adaptadas e alteradas várias estruturas/orgânicas das forças afegãs como a reestruturação da taskhil (quadros orgânicos da contraparte afegã) pelas equipas de assessoria portuguesas. Por fim, na assistência, foi verificado que as forças afegãs possuem uma dependência das forças dos Estados Unidos da América relativamente à sustentação das suas forças.vi Apesar de todos os objetivos propostos terem sido cumpridos pelas equipas de assessoria de operações especiais, a saída precoce deste teatro de operações prejudicou as contrapartes afegãs na consolidação e finalização de processos/projetos desenvolvidos. Como investigações futuras, propomos a continuação da investigação na vertente do treinar, aconselhar e assistir, nomeadamente, as missões de Advise, Assist, Accompany and Enable. Estas consistem no possível acompanhamento por parte das equipas de assessoria das suas contrapartes na realização de missões.
- Avaliar a Possibilidade de Emprego de Munição Real no Treino de Combate em Áreas Urbanas no Exército PortuguêsPublication . Lima, David Baptista; Borges, José Alberto de Jesus; Brigas, Hugo Rodrigo Paulino Silvanomotivarem a “dar sempre o meu máximo, na mínima tarefa que faço.” vi RESUMO O objetivo do presente Trabalho de Investigação Aplicada (TIA) é analisar a necessidade, possibilidade e diferentes opções para a implementação de infraestruturas e tecnologias de treino de Combate em Áreas Edificadas (CAU) com munição real, nas unidades de formação, particularmente na Escola das Armas no Centro de Formação e Treino de Combate em Áreas Urbanas (CFT CAU), nas Unidades Operacionais e para treino das Forças Nacionais Destacadas (FND) do Exército Português. De forma a perceber o ponto de situação atual do Exército Português e do estado da arte em Portugal sobre o tema, foi primariamente analisado o correntemente aplicado como método de treino de CAU e os meios que se apresentam disponíveis nas unidades de formação. De seguida, recorreu-se a uma análise às infraestruturas e tecnologias para esta tipologia de treino, utilizadas em países pertencentes à NATO, de referência na área do Combate em Áreas Urbanas e a países e instituições internacionais que se destacam neste campo. Após essa investigação à atualidade do treino de CAU nesses centros de referência, foram realizadas entrevistas, com três guiões diferentes, cada um direcionado a oficiais com funções numa área do Exército onde identifiquem as necessidades de treino. O primeiro guião, destinado a oficiais relacionados com o desenvolver e a formação no CFT CAU, conhecido como “Aldeia de Camões”, na Escola das Armas, de forma a identificar os requisitos a cumprir para a implementação desta forma de treino e a avaliar a possibilidade da implementação destas tecnologias no CFT CAU. O segundo, destinado a oficiais que foram comandantes de companhias em FND no Teatro de Operações (TO) do Afeganistão e da República Centro Africana, a fim de identificar as necessidades de treino das FND na área do CAU, a necessidade do uso de munição real neste treino e a comparação com os métodos que foi possível aplicar no aprontamento da força. E o terceiro guião, destinado a oficiais das Operações Especiais, peritos na área do combate em áreas urbanas, sendo a força que mais o treina e em que o seu modus operandi é baseado na aplicação das técnicas mais avançadas de combate em todas as tipologias de terreno, com destaque para o combate em espaços confinados. Foram também realizados testes balísticos, na fase experimental, às borrachas balísticas (ballistic rubber) que, juntamente com placas de aço balístico, formam a blindagem das “Shooting House” e das carreiras de tiro internas dos centros de treino mais vii avançados a nível mundial, existentes também na carreira de tiro interna da Polícia Judiciária e do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia de Segurança Pública (PSP) e no Grupo de Intervenção e Operações Especiais (GIOE) da Guarda Nacional Republicana (GNR). Nestes testes, para além das borrachas desenvolvidas por empresas de referência na área da defesa, foram testadas borrachas recicladas por empresas portuguesas, para uma possível futura parceria com o Centro de Investigação da Academia Militar (CINAMIL), o Exército Português essas empresas, no desenvolvimento de borrachas para esses fins em Portugal, de forma a reduzir os custos e promover o desenvolvimento da indústria militar portuguesa, os centros de investigação do Exército Português neste caso. Durante os testes balísticos, os resultados de ambas as tecnologias foram positivos, sendo que as borrachas profissionais apresentavam uma melhor regeneração e menor desgaste que as recicladas, que também realizaram com distinção a dissipação da energia e o eliminar a possibilidade de ricochetes e estilhaços a ser projetados para zonas de perigo. Com os resultados obtidos nesta investigação, foi através da sua análise, concluído que atualmente, devido à tipologia de combate com que os militares portugueses se deparam atualmente nos teatros de operações e cada vez mais vão encontrar em situações futuras, o treino de CAU com munição real é uma necessidade básica na preparação das forças operacionais. Foram também destacadas as lacunas neste treino, devido à falta de meios para um treino completo das forças nesta área, levando os militares das FND a experimentar várias situações de combate em zonas urbanizadas pela primeira vez quando se encontram na efetividade do combate com o inimigo, e à Força de Operações Especiais, a ter que recorrer a forças fora do Exército para a possibilidade de um treino mais completo, dependendo destas para a formação dos seus militares. A nível de tecnologias para a realização de tiro em espaços confinados, foi destacada a necessidade da criação de uma “Shooting House”, idealmente com aço balístico e ballistic rubber, com características modulares e com captura de imagem e som a cobrir todas as instalações, e devido a limitações monetárias, à opção da aquisição de uma “Shooting House” em Hesco Bastion, atualmente em processo de proposta de aquisição à SODARCA pelo 2º Batalhão de Infantaria Paraquedista. Este complexo conta com uma carreira de tiro para armas ligeiras em Hesco Bastion e junto a esta, uma “Shooting House” não modular na mesma tecnologia, que permite a execução de tiro com viii o armamento orgânico das secções de atiradores, em alvos, que idealmente estão montados em Bullet Traps de forma a não desgastar as paredes do complexo de treino. Foi também destacada a necessidade da aquisição de sistemas de Munição Real Menos Letal de treino, Simunition ou UTM, tanto em separado como em conjunto com a “Shooting House”, para a possibilidade de para além de treino Force-on-Target, a prática de treino Force-on-force, atualmente impossível no Exército Português com o disparo de munição real, treino este que se demonstra como o mais realista e mais versátil devido à existência de uma força opositora, treinada, que age e reage como qualquer inimigo que esta força possa encontrar em operações reais. Capacita também as unidades operacionais o treino de Shoot/no Shoot, que é extremamente necessário para as operações da atualidade onde o inimigo se mascara no meio da população e os militares têm que decidir numa fração de segundo, se a pessoa do outro lado do cano da sua arma é uma ameaça ou um civil que está no local errado à hora errada
- Capacity BuildingPublication . Barata, Afonso Caeiro Gonçalves; Lopes, Helga Marta Machado Santa Comba; Álvares, Mário Alexandre de Meneses PatrícioA modernização, da forma como se concretiza a guerra nos últimos anos, tem provo cado a mudança de paradigma e a forma de atuar de muitos atores. Entre esses atores destaca se a ação dos Estados, que recorrem cada vez mais a uma estratégia indireta ao invés da atuação direta. É na ação indireta que surge o conceito de capacity building, podendo o mesmo ser utilizado pelos Estados como um vetor da sua ação diplomática além-fronteiras. Cada vez mais se tem recorrido a missões desta natureza e outras tipologias que incorporam em si também tarefas inseridas no conceito em epígrafe. O fio condutor e aquele que foi o principal objetivo deste trabalho de investigação passa por analisar a forma como pode ser potenciada a utilização do conceito de capacity building, principalmente ao nível das missões internacionais, capitalizando a ação das Forças Armadas também como um instrumento da política externa do Estado. Para esse efeito, o conceito será analisado essencialmente segundo a vertente da formação, do treino e dos aprontamentos para as missões internacionais. Este trabalho de investigação assenta numa metodologia de trabalho que segue o mé todo indutivo. O processo de produção de conclusões ocorreu através da generalização de eventos particulares. Relativamente à estratégia adotada, seguiu-se uma estratégia qualita tiva ao longo do estudo exploratório, não experimental, descritivo. Todo o processo culmi nou com o cruzamento dos dados obtidos nas entrevistas e na análise documental. Através dos resultados obtidos nas entrevistas foi possível perceber que a introdução de formação relativa ao conceito e a sua exploração a nível doutrinário traria benefícios ao cumprimento das missões e iria promover a eficiência das mesmas. A exploração das ver tentes doutrina e formação influencia diretamente o treino dos militares, que por sua vez contribui significativamente para a potenciação da ação dos mesmos. No entanto, para que tal aconteça, teria de ocorrer em primeiro lugar um aprofundamento e consolidação do con ceito a nível doutrinário. Consolidação essa que, numa primeira fase, pode acontecer com recurso à adaptação dos modelos de países de referência.
- Componente Formativa de Combate em Áreas Urbanas de um Oficial de InfantariaPublication . Sá, Francisco Duarte dos Santos de; Silva, Ricardo Jorge Parcelas Araújo e; Ferreira, Tânia MoraO aumento da população e das áreas urbanas, associado à complexidade do combate neste contexto, exige uma preocupação cada vez mais forte, pois na realidade dos teatros de operações em que Portugal está inserido o ambiente urbano está cada vez mais presente. Interligado a este fator, está a importância da formação dos militares, especialmente dos oficiais de infantaria, que neste tipo de combate têm um papel fulcral na condução e comando das operações. Assim, a presente investigação, tem como objetivo compreender se a formação dos oficiais de infantaria atinge o efeito desejado no desempenho, destes oficiais, nas unidades. Para isso, foi aferida, através da análise dos planos de estudos, a qualidade da formação de combate em áreas urbanas, durante os cinco anos do curso de Infantaria, na Academia Militar e Tirocínio para Oficial de Infantaria, na Escola das Armas. Como também foi analisado o desempenho, destes oficiais, nas unidades e as principais dificuldades que estes sentiram em contexto operacional. Para isso, foi adotada uma metodologia que segue o método dedutivo, na medida em que foram obtidas conclusões partindo do geral para o particular. A estratégia de abordagem utilizada nesta investigação foi a mista, especificamente, o método convergent parallel mixed methods, que permite uma convergência dos dados quantitativos, fruto de inquéritos por questionário, com os qualitativos, através de entrevistas semiestruturadas. Os resultados obtidos indicam que a formação de combate em áreas urbanas na Academia Militar carece de melhorias, pois é necessária existir uma continuidade entre a formação ministrada durante os quatro anos letivos e o Tirocínio. Além disso, conclui-se a necessidade de priorizar este tipo de combate, bem como o investimento em infraestruturas, equipamento que assemelhem a formação às condições reais em teatros de operações. Em suma, a formação de combate em áreas urbanas durante o curso de oficial de infantaria, segundo os resultados, não está a obter o efeito desejado no desempenho nas unidades.
- Emprego de forças em Ambiente UrbanoPublication . Monteiro, Fábio Costa; Machado, Paulo Alexandre Moreira; Marques, Hugo Ricardo Almeida BernardinoAs operações em Ambiente Urbano são uma realidade cada vez mais proeminente, onde o combate a curtas distâncias remete cada vez mais à necessidade de uma formação sustentada de Combate Corpo a Corpo. Existe carência de adaptação a possíveis situações em que seja necessária a aplicação de técnicas de Combate Corpo a Corpo adequados para a intervenção dos militares portugueses. Assim, esta investigação tem como objetivo apurar se as técnicas e procedimentos de Combate Corpo a Corpo utilizados no Exército Português estão de acordo com as necessidades das ameaças do Ambiente Urbano. Desta forma, foi adotada uma metodologia assente no método dedutivo, de maneira a alcançar o caso particular através de conceitos e casos gerais. A estratégia de investigação utilizada foi a qualitativa, havendo um cruzamento de dados entre as entrevistas exploratórias e a análise de documentação. Dos resultados obtidos evidenciam-se a importância e a pertinência do ensino do Combate Corpo a Corpo na formação e preparação militar. Existe ainda, a necessidade de atualização e adequação dos programas de formação de Combate Corpo a Corpo, nas suas vertentes de formação básica, da sua adaptação ao desempenho exigido por forças especiais e da sua previsibilidade para o desempenho de ações conjuntas e integradas com outras forças nacionais ou estrangeiras. Em suma, conclui-se que é insuficiente o tempo dedicado à formação e treino da componente de formação ao nível do Combate Corpo a Corpo.
- Identificação de Fatores de Risco de Lesões Músculo-Esqueléticas nos Diferentes Cursos de Formação do Exército PortuguêsPublication . Serra, Eduardo Correia e; Rosado, David Pascoal; Moreno, Luís AraújoA atividade física é um dos componentes mais importantes numa formação militar, pelo desenvolvimento, não só da capacidade física e psicomotora, mas também de certos valores, como o espírito de sacrifício. Porém, durante a prática deste tipo de atividades, os formandos dos diferentes Cursos de Formação do Exército Português, acabam por ficar mais suscetíveis de se lesionarem, o que pode pôr em causa a sua correta formação e o seu futuro enquanto militar do Exército Português. Este estudo tem como objetivo principal identificar certos fatores de risco presentes nas atividades físicas dos Cursos de Formação do Exército Português, que possam influenciar o aparecimento de lesões músculo-esqueléticas nos seus praticantes. Esta investigação teve como estudo de caso os alunos do Exército Português da Academia Militar, que ao longo da sua formação são sujeitos a elevadas cargas físicas diárias. A presente investigação encontra-se dividida em duas partes distintas, sendo a primeira mais teórica e a segunda mais prática. A parte inicial é constituída por uma revisão de literatura com o intuito de perceber as opiniões de certos autores relativos ao tema e adquirir informação importante para, posteriormente, comparar com os resultados obtidos. A parte prática assentou na divulgação de um questionário aos alunos do Exército Português da Academia Militar, de forma a encontrar certas características fisiológicas e hábitos que propiciam o aparecimento destas lesões. Concluiu-se que os fatores de risco mais significativos que levam ao aparecimento de lesões músculo-esqueléticas nos diferentes Cursos de Formação do Exército Português são: a reduzida experiência, associada a formandos mais jovens, relativa ao assunto em questão; níveis de aproveitamento mais baixos nas avaliações físicas; o uso de calçado não apropriado à prática de atividade física; a não execução de exercícios de retorno à calma e alongamentos no fim do treino físico; a prática de exercício físico em pisos não adequados para o mesmo; e, por fim, o consumo frequente de tabaco.
- Identificação de Requisitos para Desenvolvimento de Exosqueletos no âmbito da InfantariaPublication . Santos, Joni Gomes; Quinto, Luís Filipe Pratas; Silva, Miguel Pedro Tavares daOs militares são atualmente submetidos a esforços físicos significativos, potenciando a ocorrência de lesões e, consequentemente, a redução do seu nível de operacionalidade, sendo os exosqueletos apontados como uma possível solução para mitigar tais efeitos. O objetivo desta investigação foi a identificação dos requisitos para implementação de um exosqueleto no âmbito da Infantaria, sendo o objeto de estudo, os militares da Unidade de manobra das 6ª, 7ª e 8ª Forças Nacionais Destacadas projetadas para a República Centro-Africana. Para tal foi realizada uma extensa pesquisa bibliográfica, complementada através da realização de entrevistas e inquéritos por questionário aos participantes nas referidas missões. Para ser aplicado no âmbito da Infantaria, um exosqueleto deve apoiar diversas posições de atirador de pé, bem como, a realização de movimentos como saltar obstáculos, arrombamento de portas e corrida. Deve também auxiliar o transporte de carga, de modo a mitigar lesões associadas ao peso do equipamento. Adicionalmente um exosqueleto, deverá ser capaz de resistir a elevadas temperaturas, humidade e poeira, elementos caraterísticos do Ambiente Físico deste Teatro de Operações. Os trabalhos futuros deverão incidir sobre o estudo de diferentes funções neste Teatro de Operações bem como o alargamento a outras Forças Nacionais Destacadas.