AM - TIA - INF - M - Mestrado em Ciências Militares na Especialidade de Infantaria
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- Análise da Ameaça e do Ambiente Operacional no Teatro de Operações do AfeganistãoPublication . Marrana, António Afonso Marques da Silva Sousa; Mesquita, Artur; Baleia, TiagoO presente trabalho de investigação científica Analise da Ameaça e do Ambiente Operacional no Teatro de Operações do Afeganistão tem como objetivo geral a aplicação do método do Estudo do Espaço de Batalha pelas Informações na análise do Ambiente Operacional e da ameaça no conflito vivido no Afeganistão entre os anos de 2006 e 2017. Com a elaboração do presente trabalho pretende-se perceber a relevância da utilização deste método para o estudo de um conflito de natureza subversiva, razão pela qual se utiliza como objeto de estudo o conflito do Afeganistão nos anos anteriormente referidos. Tendo em conta que este é o método utilizado na área das informações para efetuar análises que permitem apoiar a tomada de decisão por parte dos comandantes, pretendemos em primeiro lugar aplica-lo no Afeganistão para depois podermos perceber qual foi a melhor abordagem para a sua aplicação bem como quais as principais vantagens e desvantagens. Consequentemente, iremos perceber a razão pela qual é usado pela grande maioria dos países pertencentes à Organização do Tratado do Atlântico Norte. Depois de experimentadas diferentes abordagens da aplicação do método, escolhemos como modelo aquela que é sugerida no Counterinsurgent’s Guidebook. A razão desta escolha prende-se na adaptação da abordagem em questão ao objeto de estudo referido, permitindo assim ao autor chegar a mais conclusões sobre as características da utilização do Estudo do Espaço de Batalha pelas Informações. Este método de eficiência comprovada em diferentes Teatros de Operações, é consistente para a análise da ameaça e do ambiente operacional em diferentes tipologias de conflito, facto que se comprova com a sua aplicação no conflito vivido no Afeganistão entre os anos de 2006 e 2017.
- Capacidade do emprego de Quick Reaction Force em ambiente multinacionalPublication . Lisboa, João Paulo Gonçalves; Cancelinha, António; Varino, AlexandreO presente trabalho de investigação incide sobre o tema “Capacidade do emprego de Quick Reaction Force em Ambiente Multinacional - Estudo de Caso: Teatro de Operações do Afeganistão”. O objetivo desta investigação será identificar um modelo padrão, de uma Quick Reaction Force, que possa, com as necessárias adaptações modulares, ser usado como base de partida para o emprego em futuros Teatros de Operações. Pretende-se analisar as principais características que uma Quick Reaction Force deverá possuir, pertencente a uma Força Nacional Destacada, para satisfazer as capacidades que tipicamente são exigidas a este tipo de força em ambiente multinacional. Atualmente, o enquadramento conceptual de emprego deste tipo de forças não está fortemente desenvolvido, nem completamente adequado ao que é o emprego operacional de uma Quick Reaction Force em ambiente multinacional. A limitação de enquadramento conceptual, e a sua sobreposição parcial ao emprego operacional, faz com que seja necessário difinir a adequação deste tipo de forças de forma a conceptualizar doutrinariamente qual a sua utilidade no campo de batalha. Sendo assim, para a realização deste trabalho foi escolhido o método hipotético-dedutivo, de forma a estruturar todo o processo de investigação. Foi realizada uma revisão bibliográfica de forma a enquadrar conceptualmente a temática em questão, assim como a análise documental. Foram recolhidos dados através da realização de vinte e duas entrevistas, sendo que o seu tratamento se fundamentou no valor qualitativo das mesmas. Os resultados obtidos permitiram identificar as principais potencialidades e limitações quanto ao seu emprego, assim como as diferentes capacidades que uma Quick Reaction Force deverá possuir de forma a cumprir com as tarefas exigidas a este tipo de força. A capacidade de emprego deste tipo de força terá um conjunto de variáveis, nomeadamente as capacidades da tipologia de força pela qual é constituída, restrições de emprego e tarefas atribuídas à mesma, assim como as condicionantes presentes num ciclo que contempla o Aprontamento, Atuação Operacional e Regeneração da Força.
- Caracterização da comunicação não-verbal dos Oficiais de Infantaria na ação de comandoPublication . Gonçalves , Ricardo Jorge Ferreira; Rouco, José Carlos DiasA instituição militar é pautada por um regime de autoridade e competências ligadas à hierarquia de postos. Na base desta organização encontra-se uma estrutura sustentada na liderança de homens, influenciando-os e conduzindo-os ao desempenho e sucesso das diversas tarefas que lhes são colocadas. Por forma a maximizar os efeitos de uma boa liderança, torna-se fundamental comunicar e estabelecer relações interpessoais. Estas relações podem ser feitas de forma verbal ou não-verbal, sendo considerado para este estudo a segunda tipologia. Neste seguimento, a presente investigação tenta identificar quais as dimensões da comunicação não-verbal que caracterizam os Oficiais Subalternos de Infantaria com base na perceção que os Subordinados têm destes. É também um objetivo deste trabalho, após a definição das dimensões, relaciona-las com o desempenho superior dos subordinados. Para tornar esta investigação credível e conclusiva foi aplicado um questionário a 98 militares comandados por Tenentes e Alferes. A partir deste método de recolha de dados comprovaram-se as hipóteses iniciais e concluiu-se que existem relações significativas entre as dimensões da comunicação não-verbal e os fatores critério, esforço extraordinário e satisfação da liderança. Atendendo aos resultados alcançados, verifica-se que a “escuta atenta” de modo a valorizar a opinião dos subordinados, o “contacto visual”, o brio pessoal demonstrado no “vestuário” e a “postura” firme e confiante refletem consequências positivas no desempenho superior dos inferiores hierárquicos. Numa visão oposta, o “uso do espaço”, a “falta de confiança”, a utilização de “gestos adaptadores” e a “transmissão de autoridade” excessiva estão conectadas negativamente aos fatores critério descritos anteriormente. Finalizando, a perceção e desempenho superior dos Subordinados está relacionada com as dimensões da comunicação não-verbal utilizadas por cada comandante.
- Divulgação do Exército aos jovensPublication . Pereira, João Pedro Lemos Caetano da Silva; Bandeira, Ana Maria C. Romão Leston; Rodrigues, PauloEsta investigação aborda o problema do Impacto que o Dia da Defesa Nacional tem na perceção dos jovens em relação às Forças Armadas ao Exército Português. O objetivo da investigação é perceber qual a opinião que estes tinham antes e depois de passarem pela experiência e aferir se essa iniciativa reúne condições para motivar os jovens a ingressar nas Forças Armadas, em particular no Exército. Os objetivos específicos para esta investigação são a caraterização da perceção dos jovens sobre as Forças Armadas, com incidência no Exército, antes e após a participação no Dia da Defesa Nacional, identificar se existem diferentes apreciações ao nível regional e por último aferir se a informação e a experiência obtidas são suscetíveis de contribuir para que os jovens vejam no Exército uma escolha para o seu futuro. Esta investigação seguiu um raciocínio hipotético-dedutivo uma fez que se formularam três questões de investigação e para cada uma delas foi definida uma hipótese de resposta que depois foi confrontada com dados factuais para que se chegasse a uma conclusão. As três questões de investigação foram: Que perceções têm os jovens em relação às Forças Armadas, em particular a respeito do Exército (antes e depois do Dia da Defesa Nacional)?; Se existe diferenciação regional nas perceções dos jovens em relação às Forças Armadas e ao Exército?; Será a informação obtida pelo jovem no DDN suficiente e adequada para que este veja nas Forças Armadas, e no Exército em particular, uma escolha de Futuro? Posto isto e decorrente da análise feita a todas estas questões foram levantadas hipóteses para esta investigação que foram: a perceção dos jovens sobre as Forças Armadas e sobre o Exército é negativa antes e depois do DDN; a perceção dos Jovens não manifesta diferenciações regionais; a informação fornecida no DDN é adequada, mas incompleta. Na confrontação dos resultados com as hipóteses verificou-se que para a primeira questão de investigação, a resposta é que, antes do Dia da Defesa Nacional a perceção que os jovens têm do Exército era menos positiva, tendo mudado para melhor depois da participação no evento, tendência que se mantém ao longo dos anos observados. Seguidamente, para a segunda questão de investigação, conclui-se que não se verifica diferenciação regional, na perceção dos jovens, porque em todas elas, esta é positiva; porém, o nível de escolaridade pode influenciar a perceção do Exército para os jovens. Em abordagem à terceira questão de investigação percebe-se que a informação fornecida no Dia da Defesa Nacional não é inteiramente adequada, porque não contempla a intervenção nas fases mais importantes na escolha de futuro de um jovem, mas é completa, porque apesar de não se traduzir em números de incorporações contribui para modificar positivamente as perceções. Em suma, o Dia da Defesa Nacional têm realmente impacto positivo na perceção dos jovens em relação ao Exército Português. Contudo, tal não se traduz necessariamente na predisposição dos jovens para ingressar nas Forças Armadas. Com efeito, existe ainda um défice de candidatos em relação ao número de vagas que o Exército disponibiliza nos últimos anos. Para compreender esta realidade, importa referir que a pouca informação junto das escolas, o facto do próprio ensino não contemplar conteúdos relacionados com a Defesa Nacional nos ciclos de estudos, contribui para o distanciamento que os jovens de hoje manifestam em relação às Forças Armadas em geral. Ainda assim, se percebe que os jovens cada vez mais têm um grau de escolaridade mais elevado quando frequentam o Dia da Defesa Nacional, e neste caso, verifica-se que os programas apresentados pela Força Aérea, são os que mais atraem este tipo de jovens, mesmo sendo o Exército a entidade responsável por receber a maior parte dos participantes deste evento nos seus Centros de Divulgação da Defesa Nacional. Este dado sugere uma revisão na forma como o Exército procede à divulgação junto daqueles que num futuro próximo podem vir a ingressar no Ramo.
- A Guerra Civil na SíriaPublication . Sabino, Paulo Manuel Duarte; Silva, Teresa Manuela Rebelo Fernandes de Almeida e; Meneses, Pedro Daniel de Barros GonçalvesTendo como principal objectivo contribuir para a clarificação de algumas das razões que determinam que a Guerra Civil Síria tenha um impacto global, esta investigação utiliza o método hipotético-dedutivo para assim melhor contribuir para a sua prossecução. Posto isto, o estudo desenvolvido subordina-se à questão central ─ Em que medida a Guerra Civil Síria tem um impacto global? ─ que, por si só, não é suficiente para a condução da investigação, pelo que foram posteriormente levantadas questões derivadas e hipótese de investigação. A Guerra Civil Síria, é um conflito que surge no seguimento do fenómeno da Primavera Árabe. No seguimento destes ideais revolucionários com origem no Médio Oriente, o Estado Sírio viu-se perante uma onda de manifestações que exigiam a queda do regime de Bashar al-Assad. Inicialmente pacíficas, as manifestações rapidamente assumiram dimensões violetas que se alastraram por toda a Síria. Desta forma, iniciou-se um conflito armado entre duas partes em confronto: as forças leais ao regime de Assad; as forças de oposição ao regime. A Síria detentora de elevada importância dada a sua localização geográfica, riqueza em recursos fosseis e dada as suas características populacionais étnicas e religiosas é um Estado no qual actores externos procuram satisfazer os seus interesses para a região. Localizada no Médio Oriente, a Síria, é um Estado que materializa uma região de ligação entre o continente Europeu, Asiático e Africano. Apesar disto, há ainda a acrescentar a ligação deste Estado ao Mar Mediterrâneo. Desta forma, a Síria apresenta um determinante valor geoestratégico. Valor este que associado à riqueza em recursos fosseis faz com que potencias externas se envolvam no conflito através do apoio às forças em confronto directo. Exemplo disto é o caso de potências como os Estados Unidos da América e da Federação Russa. Os Estados Unidos da América, que pretendem manter-se como os principais actores do Sistema Internacional, pretendem que o regime de Bashar al-Assad seja deposto. Desta forma, será então possível aos Estados Unidos da América instaurar um Estado democrático sob influência norte-americana, garantindo assim a satisfação dos seus interesses na região. Por sua vez, a Federação Russa pretende assegurar a manutenção do regime de Bashar al-Assad. Com a continuação do actual regime no poder, a Federação Russa vê asseguradas as suas bases militares, nomeadamente Tartus – uma importante base naval que garante o acesso russo ao Mar Mediterrâneo. Posto isto, inerente à continuação do regime de Assad no poder está a necessidade de a Federação Russa se reafirmar como potência global. Assim, e dadas as consequências económicas, políticas e militares que este conflito obtém em actores externos à Síria, verifica-se que a Guerra Civil Síria tem um impacto à escala global.
- A implementação de quadros permanentes do Exército na classe de PraçasPublication . Cardoso, Joel Santos; Coelho, Maria Manuela Sarmento; Cancelinha, António José PereiraO presente Trabalho de Investigação Aplicada, intitulado de A Implementação de Quadros Permanentes do Exército na Classe de Praças - Estudo caso: Forças Especiais, tem por objetivo geral analisar a viabilidade de criação de um Quadro Permanente na classe de Praças no Exército Português, nomeadamente no que concerne às Forças Especiais. Pretende-se identificar as especialidades e cargos existentes nas Forças Especiais a integrar nesta forma de prestação de serviço e analisar as suas vantagens operacionais, sendo estudado o modelo existente no Corpo de Fuzileiros, numa primeira fase, como ponto de partida do estudo. Atualmente, existe uma diferença entre os três Ramos das Forças Armadas no tratamento desta matéria, uma vez que a Marinha dispõe de um Quadro Permanente na classe de Praças, quando o mesmo não se verifica na Força Aérea e no Exército. Tornase necessário perceber se a criação de um Quadro Permanente na classe de Praças permite obter um melhor retorno do investimento efetuado, visto que os custos de formação de um Praça pertencente às Forças Especiais são geralmente superiores, aos custos de formação de um Praça pertencente ao Exército Regular. Para a realização deste trabalho, optámos por utilizar o método hipotético-dedutivo. Foi efetuada uma revisão bibliográfica acerca desta temática e foi feito um estudo comparativo dos custos de formação das Forças Especiais. Foram recolhidas informações através de, dez entrevistas e cento e cinquenta e três inquéritos, os dados foram tratados com recurso ao programa SPSS® utilizando os métodos qualitativo e quantitativo. Os resultados apurados permitiram verificar que a existência do Quadro Permanente de Praças iria rentabilizar a formação dos militares e contribuir para um maior retorno do investimento realizado. A criação desta forma de prestação de serviço poderia ser uma opção face ao sistema em vigor mas, neste momento, a sua implementação é vista com alguma reticência por parte da Tutela. Porém o tempo é de mudança e de reforma, e esta mudança poderá estar para breve com a implementação do Regime de Contrato de Longa Duração
- O papel dos Grupos Especiais Paraquedistas em Moçambique de 1971 a 197Publication . Amorim, Bruno Manuel Magalhães; Telo, José AntónioA Guerra de África (1961-1974) encerrou um período da história recente portuguesa, na qual Portugal procurou conservar a posse das suas colónias ultramarinas. Esta contenda exigiu o envolvimento de uma parte significativa da população, em particular no esforço militar, levado a cabo pelas Forças Armadas portuguesas. O prolongamento imprevisível desta guerra provocou, contudo, níveis de insatisfação na população portuguesa demonstrados pela crise que o recrutamento da metrópole manifestava. A africanização das Forcas Armadas acelerou ao longo do decorrer da guerra. A percentagem das populações africanas atingidas por este processo teve particular expressão no território de Moçambique. Os Grupos Especiais Paraquedistas foram um exemplo único, de forças constituídas essencialmente por militares nativos enquadrados por oficiais e sargentos portugueses no território moçambicano. A atuação destes grupos traduziu-se num caso de sucesso, pela novidade que trouxeram a nível da sua orgânica e atuação operacional. A sua integração na manobra das Forças Armadas portuguesas representou um ganho significativo no plano militar e político seguido por Portugal.
- A participação do militar do Exército Português em missões internacionais e a sua Influência na dinâmica do sistema familiarPublication . Oliveira , Vitor Daniel Machado; Bandeira, Ana Maria C. Romão LestonA presente investigação teve como propósito central estudar as especificidades das vivências das famílias militares aquando da participação do militar do Exército Português em missões internacionais. Procuramos analisar as alterações manifestadas no sistema familiar, principalmente as dificuldades sentidas pelas cônjuges face às exigências impostas, identificar as estratégias de comunicação utilizadas para combater a ausência e caraterizar as perceções dos militares e cônjuges relativas às três fases da missão (pré-deslocamento, deslocamento e pós-deslocamento). O estudo contou com uma amostra constituída por 9 militares do Regimento de Comandos e 5 cônjuges de militares desta mesma unidade, com idades compreendidas entre os 27 e os 52 anos. Recorreu-se a uma metodologia qualitativa, essencialmente baseada em entrevistas semiestruturadas, posteriormente tratadas segundo as técnicas de análise de conteúdo. Os resultados obtidos revelam que a falta de tempo para a família é a principal exigência da vida militar, sendo que as necessidades da organização militar muitas vezes se sobrepõem às da família. As principais razões que conduzem os militares a participar em missões são, a remuneração/compensação financeira e o desenvolvimento pessoal e profissional. Fatores como a experiência, a duração e o local da missão, os laços entre o sistema familiar e as tarefas/funções desempenhadas influenciam as emoções sentidas no que respeita à participação em missões. A dinâmica do sistema familiar é afetada durante as três fases da missão. Esta participação implica a alteração de rotinas, a mudança na expressão de afetos, cria sentimentos de negação, exige momentos de treino e preparação de diversos assuntos, a consciencialização da distância mental e física, a aquisição de maior autonomia por parte da figura parental feminina e distanciação face ao processo educativo dos filhos pelo militar. A comunicação à distância (estabelecida diariamente através do Skype, telemóvel pessoal e email) permitiu fazer face à separação física e emocional e contribuiu para o fortalecimento da moral, dos laços relacionais e conduziu a uma melhoria do bem-estar. Concluímos ainda que o regresso do militar se constitui num enorme desafio para as famílias, sendo necessários esforços para voltar à vida familiar normal.
- Unidade de apoio militar de emergênciaPublication . Batuca , Diogo Bagorro; Ferreira, Pedro Manuel dos SantosO presente Trabalho de Investigação Aplicada é subordinado ao tema “Unidade de Apoio Militar de Emergência – Modelo de Apoio Suplementar à Autoridade Nacional de Proteção Civil”. Pretende-se com esta investigação analisar o contributo da Unidade de Apoio Militar de Emergência no âmbito da Proteção Civil e, através do estudo da mesma e de entrevistas às entidades responsáveis, quer do Exército quer da Autoridade Nacional de Proteção Civil, identificar um modelo que permita potenciar esta Unidade. As Forças Armadas, como força militar da República Portuguesa, têm como missão primária contribuir para a segurança e defesa de todos os portugueses. No entanto, têm outras missões atribuídas, tais como participar em Missões de Apoio ao Desenvolvimento e Bem-Estar das populações. O apoio militar de emergência insere-se nestas Missões de Apoio ao Desenvolvimento e Bem-Estar nas quais o Exército realiza missões no âmbito da Proteção Civil, sob o pedido da Autoridade Nacional de Proteção Civil. O presente trabalho tem como objetivo principal analisar a estrutura e as formas de colaboração mais adequadas à Unidade de Apoio Militar de Emergência no âmbito da Proteção Civil, e identificar um possível modelo que permita potenciar o apoio desta Unidade à Autoridade Nacional de Proteção Civil. A metodologia aplicada teve por base uma perspetiva de natureza descritiva, recorrendo ao método hipotético-dedutivo e com também uma abordagem qualitativa. De forma a sustentar a investigação, recorreu-se à consulta e análise da legislação existente. A informação na qual se baseou este trabalho foi obtida através da técnica de inquéritos por entrevistas, que irão corroborar as hipóteses levantadas. Pretendeu-se abranger a perspetiva das entidades do Exército e da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Com o Exército, o objetivo foi de obter a perspetiva dos três níveis da sua estrutura – Estratégico, Operacional e Tático – e com a Autoridade Nacional de Proteção Civil, foi de obter a perspetiva ao nível nacional e distrital. Para tal, realizaram-se entrevistas a sete militares, envolvidos na edificação, planeamento e comando da Unidade e a um representante nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (Consultar Apêndice A). Verificou-se na revisão de literatura que é de importância estratégica a geração de sinergias civis-militares, e o aprofundamento da ligação e capacidade de resposta das Forças Armadas com as entidades responsáveis, em situações de acidente grave ou catástrofe, pelo que desenvolver a Unidade de Apoio Militar de Emergência, nas vertentes da formação e da preparação, em estreita coordenação com a Autoridade Nacional de Proteção Civil, contribui para os desideratos assumidos em sede do Conceito Estratégico de Defesa Nacional. Concluiu-se com este trabalho que o Exército presta um apoio significativo e de grande utilidade à Autoridade Nacional de Proteção Civil, no entanto, pode ser potenciado se complementado com as capacidades residentes na Marinha e na Força Aérea, constituindo-se o Regimento de Apoio Militar de emergência como uma força conjunta.