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- Onlaygrafting : descrição das técnicas e materiais de reconstruçãoPublication . Henriques, Diogo Miguel de Paiva; Pereira, EugénioA reabilitação, de espaços edêntulos, através da utilização de implantes dentários endoósseos, tem-se tornando numa escolha cada vez mais apelativa pela população em geral, pela capacidade de restabelecer as funções mastigatórias e estéticas. No entanto é necessário que exista qualidade e volume ósseo para que seja possível a reabilitação com implantes dentários, associados a sucesso e estabilidade a longo prazo. Em casos de rebordos alveolares atróficos, a técnica aposicional Onlaygrafting constitui uma excelente opção, pelas suas capacidades de regeneração óssea horizontais e verticais, permitindo a instalação de implantes dentários endoósseos em áreas com defeitos severos. Esta técnica consiste na fixação de blocos ósseos com técnica aposicional, estabilizados com parafusos de osteossíntese, que após período de incorporação e maturação óssea, permite a colocação de implantes dentários endoósseos. A técnica Onlaygrafting é um procedimento previsível, com elevadas taxas de sucesso em que podem ser utilizados uma grande diversidade de materiais de substituição óssea, oferecendo algumas vantagens, como a redução do tempo de cicatrização e uma maior resistência biomecânica, quando comparada com algumas técnicas reconstrutivas. Embora os enxertos autógenos sejam considerados o Gold Standard, a diversidade de biomateriais que podem ser aplicados nesta técnica, são alternativas viáveis, como os aloenxertos, xenoenxertos e enxertos sintéticos. Esta revisão bibliográfica, focada na técnica Onlaygrafting, tem como objetivo desenvolver o conhecimento científico relativo a esta técnica aposicional, a sua aplicabilidade e o seu sucesso clínico com diferentes biomateriais, incentivando como opção em futuras decisões clínicas.
- A influência da expansão maxilar na respiração nasal em crianças e jovens-adultos com dificuldades respiratóriasPublication . Silvestre, Ana Raquel Leandro; Pereira, François Durand; Bugaighis, ImanDe acordo com McNamara, a displasia transversal do maxilar superior é um dos problemas esqueléticos mais comuns na região craniofacial. Este problema esquelético é caracterizado por uma largura transpalatina diminuída a nível dos primeiros molares superiores e traduz- se numa discrepância entre a dimensão transversal do maxilar e a dimensão transversal da mandibula. Deste modo, é comum a displasia transversal do maxilar se manifestar através de uma mordida cruzada posterior uni ou bilateral, apinhamento dentário e assimetrias faciais, entre outros, podendo também estar associada a dificuldades respiratórias, uma vez que, na presença de atresia do palato, a distância entre as paredes laterais da cavidade nasal e o septo nasal encontra-se frequentemente diminuída. A correção desta anomalia esquelética requer geralmente expansão do palato ao nível da sutura palatina mediana em combinação com movimentos ortopédicos ou dentoalveolares. Diversos autores defendem que ao aumentar a dimensão transversal do maxilar ao nível do palato, a dimensão transversal das fossas nasais seria aumentada concomitantemente, levando a uma eventual redução da resistência aérea nasal e a um aumento do fluxo aéreo. No entanto, esta afirmação não é consensual. Este trabalho consiste numa revisão bibliográfica sobre a influência da expansão maxilar na respiração nasal em crianças e adolescentes com dificuldades respiratórias, baseando- se nos artigos de maior qualidade e evidência sobre o tema em questão até à atualidade. Pretende-se assim, numa fase inicial, descrever o desenvolvimento normal craniofacial e do sistema respiratório. De seguida, serão abordadas as condições de displasia transversal da maxila e de insuficiência respiratória, avaliando principalmente os efeitos do tratamento da displasia transversal da maxila, por meio da expansão maxilar, nas estruturas aéreas superiores. Por fim, o objetivo deste trabalho é debater, com base na evidência científica mais recente, se a expansão maxilar pode ser considerada uma opção terapêutica para melhorar as dificuldades respiratórias.
- Scaneamento intraoral digital : curva de aprendizagem baseada na qualidade dos scans : estudo in vitroPublication . Prates, Afonso Pereira; Vieira, Ana MariaObjetivo: Avaliar a curva de aprendizagem na utilização de um scanner intraoral com base na qualidade/precisão dos scans intraorais. Materiais e Métodos: Nove utilizadores não experientes (UNE) foram simultaneamente instruídos por um utilizador experiente (UE) na utilização de um scanner intraoral. Os UNE realizaram 10 scans (scanner CEREC Primescan®), da arcada superior completa de um modelo dentário padronizado. Foi registado o tempo de aquisição do scan. O UE realizou igualmente o scan e registou-se o tempo de leitura. Foi ainda realizado um scan do mesmo modelo com o scan de laboratório S600 Zirkonzahn®. Avaliou-se estatisticamente as curvas de aprendizagem para os vários participantes, em relação aos valores de referência para o UE e para o scanner de laboratório, para as variáveis % de melhor desempenho (melhordesemp), a área scaneada em mm2/s (area) e a “Root Mean Square” (RMS), que mede a distorção dos scans. Resultados: Observou-se uma tendência para os valores de melhordesemp e área aumentarem com a repetição dos scans, mas o aumento não foi estatisticamente significativo. O RMS mostrou uma tendência para diminuir ao longo dos 10 scans, mas a redução também não foi estatisticamente significativa. Os valores médios de melhordesemp e área dos 9 participantes ficaram abaixo dos valores de referência para o EU. As curvas de aprendizagem para melhordesemp e área mostram uma grande variabilidade entre os 9 participantes. A curva obtida para a média de RMS dos 9 participantes foi a que apresentou melhor ajuste do modelo (r20,838, p<0,001). Os valores médios de RMS ficaram acima dos do EU e do scanner de laboratório. Conclusão: Encontrou-se uma grande variabilidade entre os participantes nas curvas de aprendizagem baseadas no desempenho e área, já em RMS os resultados apresentaram menor variabilidade e melhor consistência.
- Alimentação fisiológica e não fisiológica e os seus efeitos na oclusão dentária das criançasPublication . Carvalheiro, Beatriz Maria Ferreira; Kizi, Gunel; Ramos, Irene VenturaObjetivo: Este estudo transversal teve como objetivo relacionar a incidência da má oclusão dentária decídua, em crianças que tiveram, exclusivamente, alimentação não fisiológica e avaliar se o tipo de alimentação, tem influência na presença de hábitos de sucção não nutritiva, sendo por isso avaliados o tipo de alimentação realizada e hábitos de sucção não nutritivos. Materiais e Métodos: Foram observadas 22 crianças com idades entre 3 e 6 anos, de ambos os sexos. A recolha foi realizada na Clínica Dentária Egas Moniz, durante um período de 5 meses, após a assinatura dos consentimentos informados por parte dos tutores legais das crianças. Analisando-se as seguintes características: tipo de alimentação; frequência da amamentação e do uso de biberon na alimentação mista; hábitos de sucção; plano terminal molar; relação canina; mordida cruzada; trespasse vertical e horizontal, mordida aberta anterior; arco de Baume; espaços primata; desvio da linha média; mordida em tesoura; apinhamentos dentários e presença de cáries dentárias. Resultados: A prevalência de má oclusão neste estudo foi de 90% na alimentação fisiológica, 100% na alimentação não fisiológica e de 83% na alimentação mista. Prevalência de mordida cruzada foi de 83.3% na alimentação mista. Além disso, a análise revelou que 40.9% das crianças com HSN receberam alimentação não fisiológica. As relações dos segundos molares decíduos e classes caninas também demonstraram variações nos diferentes padrões alimentares. Conclusão: A prevalência de má oclusão poderá ser elevada nas crianças com alimentação não fisiológica, não sendo possível realizar uma avaliação estatística. É necessária a realização de estudos com uma amostra maior, para valores mais significantes.
- Efeito das pastas branqueadoras na estabilidade cromática de resinas compostas injetáveisPublication . Galinha, Jorge Afonso Garcia de Pina Alcobia; Costa, Joana Almeida e; Chasqueira, Ana FilipaObjetivo: Avaliar a estabilidade cromática de duas resinas compostas fluidas obtidas por técnica de injeção (Aster flow e GrandioSO heavy flow) após imersão em dois pigmentos (café e coca-cola) e escovagem com duas pastas dentífricas branqueadoras (Sensodyne® Sensibilidade e Gengivas e Sensodyne® Rapid Action). Materiais e Métodos: Espécimes circulares (17 x 2 mm) foram distribuídos aleatoriamente por doze grupos experimentais com base nas possíveis interações entre as três variáveis independentes em estudo (n = 5). A medição da cor foi registada em quatro tempos: T0 (inicial), T1, T2 e T3 (final). Inicialmente, os espécimes foram imersos na solução de pigmento durante 7 dias (T1) e, na semana seguinte, foram escovados duas vezes por dia com uma escova elétrica, após imersão na solução de pigmento durante 3 minutos (T2). Nas 3 semanas seguintes foi apenas realizada escovagem bi-diária (T3). O grupo controlo consistiu na imersão dos espécimes em saliva artificial a 37 ºC. As alterações da cor (ΔE) entre os diferentes tempos foram determinadas usando o sistema CIELab com um colorímetro (Optishade Style Italiano, Smile Line, Suíça). Os dados foram analisados estatisticamente através de testes Kruskal-Wallis e Mann-Whitney (α = 0,05). Resultados: Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas (p > 0,05) entre as resinas e entre as duas pastas em todos os tempos. Por outro lado, entre os diferentes pigmentos, verificaram-se diferenças significativas (p < 0,05) na estabilidade cromática. Conclusão: As duas resinas utilizadas, bem como as pastas dentífricas, não condicionaram alterações na cor. Entre os diferentes pigmentos, o café foi o pigmento que provocou maiores mudanças de cor nas resinas.
- Potencial erosivo e cariogénico de bebidas energéticas de consumo nacionalPublication . Costa, Joana Maria Borges Sousa da; Manso, Ana Cristina; Ascenso, CarlaObjetivo: Com o presente projeto pretende-se avaliar os potenciais cariogénico e erosivo e a oscilação do pH das bebidas energéticas a diferentes temperaturas e a sua relação com a saúde oral. Materiais e Métodos: Foram testadas trinta e oito bebidas energéticas. As bebidas foram divididas em dois grupos: bebidas com potencial erosivo e cariogénico (Grupo A), ou seja, bebidas que na sua composição apresentam açúcares cariogénicos e conservantes ácidos e, bebidas com potencial erosivo (Grupo B), ou seja, bebidas que na sua composição não apresentam açúcares cariogénicos, mas que possuem conservantes ácidos. Todas as bebidas foram analisadas quanto ao seu valor de pH a duas temperaturas distintas: 4ºC e 25ºC. As temperaturas foram captadas a partir da sonda de temperatura C.AT Pt 1000 CRISON®. O pH foi medido através de medição potenciométrica direta com o auxílio de um medidor CRISON® pH METER GLP 21 e do elétrodo de pH 50 14 também da CRISON®, calibrado no intervalo pH 2 – pH 4. Foram utilizados três exemplares de cada bebida e, para cada uma, realizou-se um registo de cinco medições de pH, para posterior cálculo do valor médio. Resultados: No universo das 38 bebidas existiram diferenças significativas entre os valores médios de pH medidos a 25ºC e os medidos a 4ºC, para um nível de significância de 5% sendo que em 22 bebidas o valor de pH foi mais baixo a 25ºC do que a 4ºC; em 13 bebidas não se registaram diferenças significativas e em 3 bebidas foi obtido um pH mais baixo a 4ºC. Além disso, quer a 4ºC quer a 25ºC, os valores médios de pH registados revelaram não haver diferenças significativas entre as bebidas do grupo A e as bebidas do grupo B. Além disso nenhuma das bebidas apresentou um valor de pH superior ao pH crítico do esmalte. Conclusões: Nenhuma das bebidas submetidas à avaliação manifestou um pH que ultrapassasse o limiar crítico para a preservação do esmalte dentário, ditando então um grande risco de consumo. Além disso, contrariamente ao que a generalidade da população pensa, as bebidas com açúcares cariogénicos e as bebidas sem açúcares cariogénicos não apresentam diferenças significativas no que toca aos seus valores de pH, possuindo os dois grupos a capacidade de dissolução do tecido dentário.
- Aplicação clínica da classificação de Ahmed e Vertucci em segundos molares mandibulares na clínica dentária Egas MonizPublication . Takahachi, Priscilla Harume; Velázquez González, Diego; Pinto, Bruno VargasObjetivo: Avaliar e comparar a anatomia dentária radicular interna e externa dos segundos molares mandibulares segundo a classificação de Vertucci e de Ahmed com recurso a CBCTs. Materiais e Métodos: A amostra consistiu em 153 Tomografias Computorizadas de Feixe Cónico (CBCTs), num total de 251 segundos molares mandibulares realizados na Clínica Dentária Egas Moniz no período compreendido entre 1 de janeiro de 2020 a 31 de janeiro de 2022. As imagens radiográficas foram analisadas através do software Sidexis 4. Resultados: Dos 251 segundos molares mandibulares analisados 242, foram classificados segundo a classificação de Vertucci. Apresentaram um total de 7 configurações diferentes, raiz mesial do tipo II (61,80%) e na raiz distal tipo I (87,12%), unirradiculares tipo I (44,4%). A distribuição por género apresentou os seguintes resultados mais prevalentes: género masculino na raiz mesial do tipo II (33,47%), raiz distal género feminino (40,63%), unirradiculares tipo I género feminino (33,33%). Segundo a classificação de Ahmed foram analisados e classificados 251 segundos molares mandibulares que apresentaram um total de 31 configurações diferentes com maior frequência do código 2MM M2-1D1 (52,58%) e uma percentagem mais elevada no género masculino (28,68%). Nas anomalias, as mais frequentes foram os radix RP (5,57%), com percentagem mais elevada no género feminino (5,16%). Os canais em forma de “C” com fusão radicular (5,19%), foram mais frequentes no género masculino (0,79%); a fusão radicular foi encontrada apenas no género feminino (2%). Nas anomalias de um modo geral, o género mais prevalente foi o feminino (9,16%). Dos dentes incluídos na amostra, os mais prevalentes com duas raízes (87,25%) foram do género masculino (44,22%); os dentes com quatro raízes (1,19%) foram observados apenas no género feminino. Nos dentes com três canais (80,87%), os mais frequentes foram observados no género masculino (41,03%). Os dentes menos com cinco canais foram os menos frequentes (1,59%) e em ambos os géneros. Conclusões: A anatomia dentária dos segundos molares mandibulares é muito variada, com os códigos 2MM M2-1D1, (CsCII) 1MM M/D1, (RPI) 3MM M2 MV1 D1 de Ahmed sendo as mais frequentes e da tipologia tipo II e tipo I de Vertucci, em sua maioria. Os dentes analisados apresentavam uma, duas, três e quatro raízes, sendo a grande maioria com duas raízes, com dois canais na raiz mesial e um na raiz distal
- Saúde oral infantil na freguesia de Fernão FerroPublication . Bernardo, Filipa Alves; Ramos, Irene VenturaObjetivos: Este estudo transversal teve como objetivos quantificar a prevalência de maloclusão correlacionando as variáveis com o género e a idade, calcular o índice de cpod avaliando a prevalência de cárie dentária. Materiais e métodos: Realizou-se exame clínico, sendo a amostra composta por 172 crianças de ambos os géneros e com idades entre os 3 - 5 anos, no colégio “A Casinha Mágica”, “O Nosso jardim”, “O Piparote" e, “Seixal International School”. O exame clínico foi realizado utilizando kits de observação descartáveis, na sala das crianças participantes, nos diferentes colégios enumerados. Resultados: A amostra estudada apresentou uma elevada prevalência de maloclusão (98,8%), superior a outros estudos semelhantes. O degrau mesial (61,6%/ 64,5%) e a classe I canina (52,9%/ 58,7%) foram os prevalentes tanto à direita como à esquerda. Foi possível constatar que 24,4% das crianças observadas apresentava uma sobremordida aumentada, 27,3% uma sobressaliência aumentada e, 15,7% uma mordida aberta anterior; tendo estas duas últimas variáveis uma correlação negativa com a idade estatisticamente significativa. Verificou-se uma prevalência de cárie dentária de 20,4%, sendo que o componente «cariado» do índice cpod correspondeu a 91,1% dos dentes. Estava isenta desta patologia 82,0% da amostra. Notou-se uma relação estatisticamente significativa entre cpod-overjet e cpod-diastemas, estando este índice mais baixo nas crianças que apresentavam overjet aumentado e presença de diastemas. Conclusão: A prevalência da maloclusão no Distrito Sanitário de Lisboa e Vale do Tejo tem vindo a aumentar. Comparando com os estudos realizados nesta zona, entre 2005-2019, passou de 44,0% para 98,8%. A prevalência de cárie precoce de infância, nesta amostra foi considerada baixa quando comparada com outros estudos, no entanto, localmente verificou-se elevada, o que aponta para uma grande necessidade de tratamentos dentários por parte da população.
- Nevralgia do nervo trigémeoPublication . Lima, Pedro António Góis; Trancoso, PedroO trigémeo, quinto e maior entre os nervos cranianos, a partir do gânglio de Gasser é composto por três ramos que desempenham papel crucial na transmissão da sensibilidade nos 2/3 anteriores de cabeça e face. A nevralgia do trigémeo é uma síndrome neuropática crónica, intensamente dolorosa e paroxística. O paciente sofre com dores intensas e espontâneas na face, como queimaduras em forma de pontadas. Comportamentos diários como mastigar ou toques leves nos chamados “trigger points” podem desencadear esses episódios. Etiologicamente, caracteriza-se como dor idiopática, clássica e secundária, levando a desmielinização e desregulação do canal de sódio no voltagem-dependente na membrana do nervo. É crucial que os médicos dentistas possuam conhecimento amplo para diagnosticar corretamente e adotar tratamentos adequados. A sintomatologia da nevralgia do trigémeo frequentemente assemelha-se a outras patologias faciais ou orais, como a dor dentária associada a pulpites e outras patologias, nomeadamente as tumorais. Os médicos dentistas em geral têm diversos meios à sua disposição, desde a história clínica até ao tratamento final, incluindo a ressonância magnética como complemento no diagnóstico clínico. No tratamento, a farmacoterapia de primeira linha inclui antiepiléticos como a carbamazepina, analgésicos, relaxantes musculares e antidepressivos tricíclicos. Nos pacientes resistentes à terapêutica médica, podem optar pela terapia invasiva, nomeadamente a cirúrgica, como técnicas percutâneas do gânglio de Gasser, fenolização e radiofrequência do gânglio de Gasser e descompressão microvascular. A “gamma knife” também é uma opção. O objetivo desta dissertação é definir a nevralgia do trigémeo, abordando quadros clínicos, fatores predisponentes, incidência na população e os aspectos do diagnóstico e tratamento.
- Leucoplasia oral : uma análise retrospetiva de dez anos numa população portuguesaPublication . Fernandes, Rita Folgado Pereira Dias; Azul, António Mano; Trancoso, PedroObjetivos: O objetivo principal deste estudo observacional descritivo foi o de avaliar a prevalência da leucoplasia oral, nos últimos dez anos, numa população portuguesa, relacionando com idade de diagnóstico e género. Foram tambem avaliadas a localização das lesões, características cíinicas e resultado do exame histopatologico quando realizado. Materiais e métodos: Foi feita uma análise descritiva das histórias clínicas dos pacientes diagnosticados com lesão das mucosas orais na consulta de medicina oral, da Clínica Integrada de Medicina Oral, na Rua da Beneficiência 227, nos últimos dez anos. Analisou-se o género, idade, data de diagnóstico, diagnóstico clínico, se foi realizada biópsia e qual o resultado deste exame. Destes selecionou se os 57 pacientes diagnosticados com leucoplasia oral e realizou-se análise mais detalhada das suas características clínicas e localização. A definição utilizada para o diagnóstico de Leucoplasia Oral corresponde à definição recomendada pela OMS na altura do diagnóstico. Resultados: A prevalência de leucoplasia oral foi de 2%. A idade do diagnóstico da lesão variou entre os 35 e os 84 anos, verificando-se uma média de idade de 63 anos. 54% da amostra é do género feminino e 46% do género masculino. Foram feitas biópsias em 84% dos casos. A localização da lesão foi descrita 49% língua, 25% no palato, 19% no rebordo alveolar e 7% na mucosa jugal. 48% das lesões apresentaram displasia (ligeira, moderada ou grave). 18% dos pacientes possuem hábitos tabágicos. Em 92% dos casos de leucoplasia foi feita exérese total da lesão. Conclusão: Este estudo de base clínica revelou uma prevalência de casos de leucoplasia de 2% na amostra estudada, enquadrando-se com o índice de prevalência global referido na literatura. Neste estudo a situação foi mais prevalente no género masculino (2,91%), mais frequentemente diagnosticada na faixa etária dos 65 aos 84 (46%), localizada sobretudo na na língua (49%), tendo sido realizada biópsia em 84% dos casos com o diagnóstico clínico de LO e foi realizada a exérese total da lesão em 44 casos confirmados histologicamente (92%). Valores em linha com o referido nos diversos estudos internacionais avaliados.