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- Da seleção de informação à comunicação oral: uma experiência realizada com uma turma do 2.º ano de escolaridadePublication . Pinto, Mariana Oliveira; Gil, Maria BeatrizEm contexto escolar, aceita-se habitualmente que o oral é algo que está reservado à família e ao meio em que a criança está inserida e que à escola competirá, sobretudo, ensinar a ler e a escrever (CASSANY et al., 2007). No entanto, nem todas as formas de comunicação oral são espontâneas e informais, requerendo, muitas delas, preparação e elaboração, sendo, por isso, essencial o seu ensino explícito. Partindo deste pressuposto, este artigo tem como objetivo apresentar uma experiência realizada numa escola portuguesa do 1.º ciclo do concelho de Setúbal, que envolveu 16 alunos de uma turma do 2.º ano da escolaridade, com idades entre os 7 e os 8 anos. Definido o tema a pesquisar, foi proposta a planificação e apresentação de uma exposição oral, tendo como suporte o póster. As evidências recolhidas permitem concluir que o processo foi importante para o desempenho final dos alunos e que estes demonstraram ter adquirido algumas das competências básicas essenciais para um bom desempenho oral.
- Levantamento dos programas de exercício em meio aquático para grávidas: revisão sistémica de RCT´s com meta análisePublication . Gonçalves, Tatiana; Vicente, SóniaIntrodução: a atividade física durante a gravidez confere benefícios para a saúde materno-fetal, e o exercício terapêutico direcionado, quando praticado em meio aquático, pode trazer benefícios adicionais específicos. Objetivo: esta revisão sistemática pretende identificar e comparar os programas de exercício realizados em meio aquático para grávidas, em contexto de preparação para o nascimento. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa eletrónica nas bases de dados PubMed, PEDro, SciElo, Science Direct, e Wiley Online Library, e feita a seleção dos estudos com base no modelo PRISMA. Consideraram-se todos os estudos experimentais, que utilizaram e descreveram uma intervenção aquática na grávida e tinham resultados de parâmetros materno-fetais. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada pela escala PEDro. Para os estudos que o permitiram realizou-se uma meta análise, com a dimensão do efeito de tratamento medida pelo Hedges’s G, sintetizada no gráfico Forest Plot. O enviesamento dos estudos avaliou-se com base na escala Cochrane Risk of Bias Tool. Resultados: Dos 110 estudos elegíveis, apenas 18 integraram o estudo por cumprirem todos os critérios de inclusão. Dos 18 estudos incluídos, 10 desenvolveram programas específicos, dos quais temos 7 que utilizaram o programa SWEP, 1 utilizou o programa AquaMama, 1 utilizou o programa PAFMAE, 1 utilizou o programa AEPPWe 8 apresentaram programas gerais de exercício em meio aquático. A duração de tratamento variou de 6 a 20 semanas de intervenção, com 1 a 3 sessões semanais e as principais intervenções consistiram em exercícios de aquecimento, fortalecimento, treino aeróbico e exercícios de relaxamento muscular e retorno à calma. Conclusões: a meta análise demonstrou evidência da eficácia de programas aquáticos, para redução da dor em mulheres grávidas (Hedges’s G meta-analítico: g = 0,609; IC95%: 0,326-,0893; z = 4,213, p = 0,000) e para manutenção do peso do recém-nascido saudável (Hedges’s G meta-analítico: g =-0,015, IC95%: -0,134 e 0,105; z = -0,242 p =0,809).
- A influência das sessões de preparação para o nascimento no grau de autoconfiança na amamentação e no tempo de alimentação exclusiva a leite materno, numa amostra de mulheres residentes no distrito de ViseuPublication . Pina, Catarina; Vieira, Ana IsabelObjetivo: Perceber se existem diferenças entre as mulheres que realizaram Sessões de Preparação para o Nascimento (SPN) (1) no grau de autoconfiança das mesmas no decorrer da amamentação e (2) no tempo de alimentação exclusiva a leite materno. Materiais e Métodos: Estudo transversal e correlacional, com uma amostra por conveniência de 163 mulheres residentes no distrito de Viseu e que foram mães nos últimos 5 anos, inclusive, que residissem conjuntamente com o(s) seu(s) filho(s) e com idade igual ou superior a 18 anos. Os dados foram recolhidos através de um questionário de caracterização da amostra e pela versão portuguesa do “Breastfeeding Self-Efficacy Scale (BSES - SF)”. Mulheres com qualquer condição de saúde que impossibilitasse a amamentação ou interferisse, quer no contacto com o filho, quer na compreensão das perguntas efetuadas e/ou respostas dadas, foram excluídas deste estudo. Resultados: Das 163 mulheres, 137 (97,2%) são caucasianas, 154 portuguesas (94,5%), 99 casadas (60,7%) e 87 (53,4%) tiveram os seus filhos por parto normal. A média das idades é 34,10 ± 5,175 (20-49) e a dos seus filhos de 2,64 (1 – 5) anos. Das 163, só157 responderam à questão “Realizou SPN?”. Destas, 98 (60,1%) realizaram SPN e 90 (60,1%) tiveram sessões dadas por um enfermeiro. Das 163, só152, responderam a questões acerca da temática da amamentação. Destas, 94 (57,7%) alimentaram os seus filhos exclusivamente com leite materno. As mulheres que realizaram SPN (1) têm maior confiança nas suas competências para amamentar (p=0,026) e (2) amamentaram exclusivamente a leite materno durante mais tempo, face às que não tiveram SPN (p=0,024). Verificou-se ainda que existem diferenças significativas no tempo em que o aleitamento materno decorreu, entre as mulheres que fizeram e as que não fizeram SPN (p=0,024). Conclusões: Dada a importância da alimentação a leite materno, este estudo veio demonstrar a importância e o contributo da realização de SPN (1) para o aumento da autoconfiança das mães na amamentação e (2) para o aumento do tempo de alimentação exclusiva a leite materno. Tendo em conta o reconhecimento, a diferenciação e a importância crescente da intervenção da Fisioterapia nesta área e visto que apenas 2,5% das mulheres tiveram SPN com um Fisioterapeuta, consideramos fundamental a realização de estudos futuros para perceber se as razões se prendem com a escassez de fisioterapeutas nos Cuidados Primários de Saúde ou, caso existam, se este papel ainda continua sistematicamente a ser atribuído aos enfermeiros ou se existe ainda um desconhecimento por parte das mulheres, das competências diferenciadoras do Fisioterapeuta nesta área.
- Adaptação cultural, linguística e validação para a população portuguesa do instrumento de medição: Australian Pelvic Floor QuestionnairePublication . Mesquita, Marina; Cavalheiro, LuísIntrodução: As disfunções do pavimento pélvico têm um impacto negativo na qualidade de vida das mulheres. Essas disfunções incluem maioritariamente: incontinência urinária, incontinência fecal e prolapsos dos órgãos pélvicos. O questionário Australian Pelvic Floor Questionnaire é um instrumento de medição de auto preenchimento usado para avaliar a função do pavimento pélvico, contém quatro domínios: Função da bexiga, Função dos intestinos, Prolapsos dos órgãos pélvicos e Função sexual. Serve para avaliar a frequência, gravidade e o impacto dos sintomas do pavimento pélvico na qualidade de vida. O objetivo deste estudo é adaptação cultural, linguística e a validação da versão original do Australian Pelvic Floor Questionnaire para o português europeu. Metodologia: Este estudo é um estudo metodológico, não experimental. O processo de adaptação cultural, linguística e validação realizou-se por três fases: equivalência semântica, constituída pela tradução e pela retroversão, validade de conteúdo, constituída pela revisão clínica da qualidade da tradução (três Fisioterapeutas especialistas na área de Saúde da Mulher) e pelo pré-teste cognitivo (constituído por nove mulheres com disfunção do pavimento pélvico) e a última fase constituída pela avaliação das propriedades psicométricas (constituído por 50 mulheres com disfunção do pavimento pélvico), fiabilidade (coerência interna, reprodutibilidade e erro padrão da medição), validade (de construção) e efeitos chão\ teto. Resultados: Na primeira fase do processo foi obtida a equivalência semântica e de conteúdo. A amostra do pré-teste considerou o questionário compreensível e adequado à população com disfunção do pavimento pélvico. Na avaliação das propriedades psicométricas o APFQ demonstrou um alfa de Cronbach alto, para os domínios da Função da bexiga 0,837, Função dos intestinos 0,756, Prolapso dos órgãos pélvicos 0,840 e Função sexual de 0,756. Na Pontuação total de 0,714. Na reprodutibilidade, os valores de ICC variaram entre 0,934 e 0,976 nos respetivos domínios, na Pontuação total foi 0,948. Conclusão: O Australian Pelvic Floor Questionnaire foi adaptado culturalmente, linguisticamente e validado para o português europeu. A versão portuguesa apresentou valores aceitáveis de validade e uma boa fiabilidade, demostrando poder ser útil, tanto na avaliação clínica das disfunções do pavimento pélvico, como na investigação.
- Impacto das práticas de Gestão de Recursos Humanos no desempenho organizacional: pesquisa bibliométrica dos artigos publicados durante o primeiro ano da pandemia COVID-19Publication . Moreno, Catarina André do Nascimento; Rodrigues, RosaCom o objetivo de ampliar o conhecimento referente à produção científica que relaciona as Práticas de Gestão de Recursos Humanos (PGRH) com o desempenho organizacional, o presente estudo, de natureza bibliométrica, analisou os artigos publicados durante o primeiro ano da pandemia COVID-19. A pesquisa foi feita na base de dados Web of Science (WoS) a partir da conjugação dos descritores “Gestão de Recursos Humanos” e “Desempenho Organizacional” e foi efetuada em português, inglês e espanhol. Neste âmbito, recorreu-se ao método PICO, que representa um acrónimo para Problem (P), Intervention (I), Comparison (C) e Outcomes (O). Para sistematizar o processo seleção dos artigos optou-se pela metodologia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Após a triagem de 256 documentos, foram eleitos oitos artigos científicos que correspondiam aos objetivos da investigação e que preenchiam todos os critérios de inclusão. Os resultados demonstram a escassez de trabalhos desenvolvidos com esta conjugação, porque na maior parte dos estudos predominava a análise de PGRH isoladas e não contemplam a GRH como um sistema que contribuiu para o desempenho organizacional. A análise dos oito artigos permitiu apurar que existe uma relação positiva entre as PGRH e o desempenho organizacional, o que reforça a ideia de que as PGRH são essenciais para criar valor para as organizações e melhorar o seu desempenho.
- Propósito organizacional - proposta de uma escala de medidaPublication . Lerer, Beatriz; Dutschke, Georg; Ramos, CasimiroAs pessoas definem-se e são socialmente definidas por seu trabalho, e por isso, compreender fatores que promovam propósito organizacional torna-se importante para que as organizações possam prosperar, valorizar o florescimento humano e contribuir para o bem maior. Um trabalho com significado pode gerar mais satisfação, produtividade e sustentabilidade tanto para a organização quanto para o colaborador. O propósito organizacional pode ser considerado a força motivadora, um elo intangível de conexão que fornece um contexto claro para a tomada de decisões diárias e unifica e motiva as partes interessadas (stakeholders) relevantes. “Enquanto propósito não deve ser considerado uma estratégia, propósito requer estratégia” (Rey & Ricart, 2019). A presente investigação tem como objetivo propor uma escala de medida de propósito organizacional. Para tal, tem como base uma revisão bibliográfica para identificar as variáveis capazes de influenciar o propósito organizacional e a criação de um questionário para validação. O propósito organizacional pode gerar resultados de trabalhos positivos como colaboradores envolvidos, satisfeitos, comprometidos, aumentando a realização pessoal e profissional, além da produtividade, retenção, lealdade, e vontade de permanecer na organização. A amostra deste estudo é composta por 200 colaboradores que desempenham funções variadas no setor privado, cujas idades variam entre os 21 e os 71 anos. Os dados foram recolhidos através de um Questionário de Propósito elaborado com referências bibliográficas e complementado por entrevistas de especialistas da área, além de um conjunto de perguntas sociodemográficas. Os resultados obtidos permitem-nos constatar que o modelo relacional de propósito organizacional, profissional e pessoal são válidos, além de atestar positivamente hipóteses de existir relações de propósito com a vontade de permanecer trabalhando na organização, especialmente do propósito organizacional mediado pelo propósito profissional. Isto reforça a importância de compreender os fatores que influenciam o propósito pessoal, profissional e organizacional e como medi-lo. Apura-se, ainda, que quanto maior o propósito profissional, maior a vontade de ficar na organização, podendo ser uma forma de reter talentos e garantir maior sustentabilidade para as organizações.