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Abstract(s)
Objetivo: Perceber se existem diferenças entre as mulheres que realizaram Sessões de Preparação para o Nascimento (SPN) (1) no grau de autoconfiança das mesmas no decorrer da amamentação e (2) no tempo de alimentação exclusiva a leite materno. Materiais e Métodos: Estudo transversal e correlacional, com uma amostra por conveniência de 163 mulheres residentes no distrito de Viseu e que foram mães nos últimos 5 anos, inclusive, que residissem conjuntamente com o(s) seu(s) filho(s) e com idade igual ou superior a 18
anos. Os dados foram recolhidos através de um questionário de caracterização da amostra e pela versão portuguesa do “Breastfeeding Self-Efficacy Scale (BSES - SF)”. Mulheres com qualquer condição de saúde que impossibilitasse a amamentação ou interferisse, quer no contacto com o filho, quer na compreensão das perguntas efetuadas e/ou respostas dadas, foram excluídas deste estudo. Resultados: Das 163 mulheres, 137 (97,2%) são caucasianas, 154 portuguesas (94,5%), 99 casadas (60,7%) e 87 (53,4%) tiveram os seus filhos por parto normal. A média das idades é 34,10 ± 5,175 (20-49) e a dos seus filhos de 2,64 (1 – 5) anos. Das 163, só157 responderam à questão “Realizou SPN?”. Destas, 98 (60,1%) realizaram SPN e 90 (60,1%) tiveram sessões dadas por um enfermeiro. Das 163, só152, responderam a questões acerca da temática da amamentação. Destas, 94 (57,7%) alimentaram os seus filhos exclusivamente com leite materno. As mulheres que realizaram SPN (1) têm maior confiança nas suas competências para amamentar (p=0,026) e (2)
amamentaram exclusivamente a leite materno durante mais tempo, face às que não tiveram SPN (p=0,024). Verificou-se ainda que existem diferenças significativas no tempo em que o aleitamento materno decorreu, entre as mulheres que fizeram e as que não fizeram SPN (p=0,024). Conclusões: Dada a importância da alimentação a leite materno, este estudo veio demonstrar a importância e o contributo da realização de SPN (1) para o aumento da autoconfiança das mães na amamentação e (2) para o aumento do tempo de alimentação exclusiva a leite materno. Tendo em conta o reconhecimento, a diferenciação e a importância crescente da intervenção da Fisioterapia nesta área e visto que apenas 2,5% das mulheres tiveram SPN com um Fisioterapeuta, consideramos fundamental a realização de estudos futuros para perceber se as razões se prendem com a escassez de fisioterapeutas nos Cuidados Primários de Saúde ou, caso existam, se este papel ainda continua sistematicamente a ser atribuído aos enfermeiros ou se existe ainda um desconhecimento por parte das mulheres, das competências diferenciadoras do Fisioterapeuta nesta área.
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Keywords
Saúde da mulher Fisioterapia Preparação para o parto Pré-parto Amamentação Pós-parto