IPC-ESTeSC - Dissertações de mestrado
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Browsing IPC-ESTeSC - Dissertações de mestrado by advisor "Alves, Francisco"
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- Auditoria clínica numa clínica privada de imagiologiaPublication . Carvalho, Diana; Alves, Francisco; Baptista, Maria do CarmoIntrodução: Este trabalho consistiu na realização de uma auditoria clínica abrangente, relativamente à estrutura e processos, numa unidade privada de saúde, convencionada com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e ainda o estabelecimento de Níveis de Referência de Diagnóstico (NRDs) locais no contributo para a melhoria contínua da qualidade dos cuidados prestados para a população e cumprimento dos critérios legais estabelecidos pelo Decreto-Lei nº 108/2018. Metodologia: Foram realizados os procedimentos para uma auditoria interna em práticas radiológicas médicas, mais concretamente para a radiologia de diagnóstico, onde foi avaliado todo o percurso dos utentes, desde a marcação do exame ao relatório médico final, incluindo a dose de radiação ao doente. Neste trabalho fala-se, não só da importância do plano da garantia da qualidade da instituição, mas também da relevância das boas práticas clínicas e formação contínua dos profissionais. Aponta-se para a necessidade de uma prática clínica justificada e otimizada, assegurando que os níveis das diferentes exposições médicas estão de acordo com os Níveis de Referência de Diagnóstico (NRD) estabelecidos pela Comissão Europeia. Desta forma, foram estabelecidos os NRD locais para exames de mamografia e de radiologia convencional mais frequentes, realizados na unidade de saúde, e avaliou-se os resultados de forma a fornecer uma perspetiva geral da prática. Conclusões: Concluiu-se que a auditoria clínica interna promove o aumento da qualidade nas práticas clínicas, através da análise sistemática das práticas; fornece aprendizagem para os profissionais que nela participam e favorece oportunidades de colaboração interdisciplinar, com o envolvimento de médicos, técnicos de radiologia e físicos médicos; demonstra o compromisso com a segurança do paciente e dos profissionais, através da verificação do cumprimento dos requisitos legais de proteção e segurança contra radiações, mas o maior beneficiado é o doente, uma vez que todo o seu percurso foi estudado na tentativa de otimização. Neste trabalho foram calculados os NRDs, estabelecidos estatisticamente através do percentil 50, exceto na mamografia que foi usado o percentil 75. Os resultados foram inferiores ao recomendado para as mamografias e para a maioria das incidências em radiologia convencional, exceto no perfil da coluna dorsal, coluna cervical AP e perfil e estudo contrastado do sistema digestivo alto.
- Auditorias clínicas em radiologia geralPublication . Lopes, Rui Miguel Domingos; Alves, FranciscoIntrodução: A Diretiva 2013/59/ Euratom, do Conselho, de 5 de dezembro de 2013, fixou as normas de segurança de base relativas à proteção contra os perigos resultantes da exposição a radiações ionizantes. Esta Diretiva foi transposta para o quadro legislativo nacional, através do Decreto-Lei 108/2018, de 3 de dezembro, que estabelece o regime jurídico da proteção radiológica em Portugal, e uma das novidades introduzidas, relativamente ao regime jurídico anterior é o conceito de “Auditoria clínica” ou seja, “uma análise ou revisão sistemática dos procedimentos radiológicos médicos com o objetivo de melhorar a qualidade e os resultados dos cuidados prestados ao paciente, através de uma revisão estruturada em que as práticas, procedimentos e resultados radiológicos médicos são examinados em função de normas aprovadas de bons procedimentos radiológicos médicos, e que dá lugar à alteração das práticas em causa, se for caso disso, e à aplicação, se necessário, de novas normas”. Objetivo: Pretende-se com este trabalho desenvolver e aplicar um modelo de auditoria clínica, no âmbito da proteção radiológica, num hospital público, avaliando a qualidade e eficiência do serviço de saúde, garantindo a conformidade com padrões e protocolos, identificando áreas de melhoria, assegurando o rigor dos registos clínicos e promovendo a segurança dos utentes. Métodos: Foi criado um mapa de riscos, tendo por base a legislação vigente, boas práticas reconhecidas e artigos científicos de referência. O estudo foi desenvolvido em fevereiro de 2024, na ULS Médio Tejo, Unidade Hospitalar de Tomar. A recolha de dados foi feita através de entrevistas semiestruturadas, e de documentação existente em base de dados hospitalar. Resultados: Foi criada e implementada uma auditoria clínica, com 60 indicadores, dos quais 37 estavam em conformidade, 10 oportunidades de melhoria e 13 não conformidades. Conclusões: Desenvolveu-se e aplicou-se um modelo de auditoria clínica, no âmbito da proteção radiológica, numa instituição pública, avaliando a qualidade e eficiência do serviço de saúde, garantindo a conformidade com padrões e protocolos, identificando áreas de melhoria, assegurando o rigor dos registos clínicos e promovendo a segurança dos utentes.
- MRI (1.5 and 3 Tesla) sequence optimization for use in OrthopaedicsPublication . Pereira, Cláudio; Alves, Francisco; Partington, KarenContexto: Existe, actualmente, uma incessante necessidade por exames imagiológicos melhores e mais rápidos no campo da Ressonância Magnética Imagiológica (RMI) clinica. Isto é particularmente verdade em RMI músculo-esquelética (MSK), na qual longas listas de espera são um problema constante. Para além disto, fundos para adquirir ou actualizar equipamentos imagiológicos encontram-se totalmente ou parcialmente cortados, devido à difícil situação financeira na qual a maioria dos Sistemas de Saúde se encontra. Este projecto pretende avaliar se e até que ponto a Optimização de Sequências de RMI pode ser uma resposta ao desafio de melhorar a qualidade de imagem (QI) e reduzir o Tempo de Aquisição (TA) sem recurso a investimento financeiro. Metodologia: Foram criadas Sequências Optimizadas (SO), para scanners de 1,5 e 3 Tesla, que se focaram em obter a melhor relação QI/TA. As SO foram desenvolvidas pegando em sequências RMI genéricas, já disponibilizadas pelos fabricantes nos scanners, e depois manipulando os seus parâmetros RMI através de um processo iterativo, em conjunção com várias antenas RMI receptoras e fantomas de RMI biológicos e não biológicos. Após a melhor relação QI/TA ter sido estabelecida, para cada sequência, estas foram usadas para criar réplicas dos protocolos padrão do Departamento de RMI. A diferença em TA entre os protocolos velhos e os novos foi calculada para medir a redução de TA obtida. A mudança em QI foi avaliada através análise visual retrospectiva efectuada por avaliadores cegos, os quais tinham extensa experiência em RMI MSK. As respostas dos avaliadores foram registadas através de um questionário padrão que se focou na QI geral e em aspectos técnicos específicos (exemplo: Resolução Espacial, Contraste, Artefactos, etc.) Resultados: A redução média no TA foi de 6 minutos e 48 segundos por exame. Esta redução intensificou-se em protocolos com um maior número de sequências. T1 foi a ponderação que demonstrou maior redução do TA. No geral os avaliadores consideraram que as imagens obtidas com SO tinham melhor ou muito melhor QI que as imagens obtidas com sequências não optimizadas. Esta tendência esteve também presente para todos os aspectos técnicos de QI avaliados (p <0.05), exceptuando: Relação Sinal-Ruído e Artefactos. T1 foi a ponderação na qual houve maior melhoria da QI. Foi notado que as SO produziam mais barulho e maior Taxa de Absorção Especifica que as sequências não optimizadas, embora os níveis de segurança tenham sido respeitados. Conclusões: A Optimização de Sequências é um método útil para melhorar a QI e reduzir o TA, que não precisa de investimento monetário significativo. Naturalmente tem os seus limites mas, caso seja empregue correctamente por técnicos entendidos em RMI, é uma ferramenta versátil que pode fazer a diferença na qualidade de imagem e na carga de trabalho expedida pelo scanner.
- Otimização de procedimentos potenciando a melhoria das medidas de proteção radiológica em tomografia computorizadaPublication . Pires, Filipa Simões; Santos, Joana; Alves, Francisco; Patrão, TiagoObjetivo: Considerando a frequência de realização de exames de Tomografia Computorizada (TC), o objetivo deste estudo foi a otimização da prática em TC com vista à melhoria das medidas de proteção radiológica do doente. Material e Métodos: A metodologia aplicada foi dividida em 4 fases: (1) criação de Níveis de Referência de Diagnóstico (NRD) locais, através do percentil 75 do valor de CTDIvol (mGy) e DLP (mGy.cm) e análise das práticas/protocolos de rotina; (2) realização de testes experimentais com um fantoma antropomórfico (PBU-60); (3) atualização dos NRD após implementação de estratégias de otimização e (4) avaliação da qualidade de imagem pré e pós otimização. Resultados: De uma forma geral, os NRD obtidos na fase 1 eram superiores aos identificados em guidelines europeias e recomendações internacionais. Após a implementação de medidas de otimização foram atualizados os NRD obtidos (CTDIvol – mGy; DLP - mGy.cm): TC CE (97; 1313), TC coluna lombar (40; 1045), TC abdominal (16; 1832) e TC tórax (14; 843). Foram obtidas diferenças estatisticamente significativas entre a fase 1 e 3 para os exames de TC CE e TC coluna lombar. A avaliação da qualidade de imagem realizada revelou um aumento mínimo de ruído nas imagens otimizadas. Conclusão: Através da revisão das práticas e atualização dos protocolos de rotina, foram alcançadas reduções de dose para a maioria dos procedimentos. Em termos de CTDIvol foram obtidas diminuições de 10% para TC CE, 18% para TC coluna lombar, 6% para TC abdominal e 22% para TC tórax. Para o valor de DLP houve redução de 16% para TC CE, 29% para TC coluna lombar e 11% para TC abdominal. Contudo, não houve comprometimento da acuidade diagnóstica, não tendo sido identificadas diferenças significativas na qualidade de imagem após a implementação das medidas de otimização, sendo atualmente utilizados na prática diária os protocolos otimizados.