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A continuidade de cuidados é um problema comum nos sistemas assistenciais que tem preocupado o Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Portugal, como apontam vários indícios. Bastará para tal, olhar para a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e os resultados da sua evolução, publicados em relatórios do Ministério da Saúde (MS) e para a organização das Equipas de Gestão de Altas (EGA) nos hospitais, para perceber que este tema é transversal aos diferentes níveis de cuidados.
Contudo, não tem havido evidência sobre o processo organizativo da continuidade de cuidados, sobre os modelos em uso e ainda sobre a homogeneidade dos procedimentos planeamento de alta hospitalar. É neste contexto que surge a dúvida que nos levou à pergunta de partida “Estará garantida a todos os clientes a continuidade assistencial com o desenvolvimento do processo de planeamento de alta, considerando as diferentes respostas para a continuidade de cuidados?
Desenvolvemos um estudo quantitativo, descritivo, exploratório do qual fizeram parte sessenta e nove enfermeiros que trabalham na área da continuidade de cuidados. O instrumento utilizado foi o questionário de autopreenchimento, em cujo estudo participaram enfermeiros oriundos de cinco distritos do norte do país e de quinze hospitais.
Dos resultados, salienta-se o reconhecimento do enfermeiro de ligação no serviço, a existência de um formulário próprio e o recurso a vários meios, como por exemplo o telefone, o correio eletrónico e o sistema informático, como promotores da continuidade de cuidados. Foi ainda identificado que os profissionais de saúde, no contexto hospitalar, desenvolvem um processo estruturado do planeamento de alta. O processo de reinternamento demonstra ser uma área frágil, bem como a articulação entre os profissionais que fazem a continuidade. Constata-se ainda que a operacionalização da ligação intra e interinstitucional na continuidade de cuidados não é consensual nos hospitais estudados. Enquanto uns assumem a existência de um enfermeiro de ligação intrainstitucional (enfermeiro de referência ou enfermeiro de reabilitação do serviço), outros referem que o elo de ligação na continuidade de cuidados é assumido pelo enfermeiro da EGA.
Estes resultados apontam para a necessidade de estudar mais esta temática e cumprir os fluxos de intercâmbio de informação clinica de forma mais sistemática e potenciadora da continuidade de cuidados.
Description
Keywords
Continuidade de cuidados Alta programada Enfermeiros de ligação Planeamento de alta