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A Enfermagem de Reabilitação e o planeamento da alta hospitalar

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O internamento hospitalar interfere na forma como a pessoa desempenha as suas atividades de vida diária (AVD), sendo frequentemente associado a alterações da funcionalidade, qualidade de vida, interação familiar, aumento da prevalência de complicações, além do impacto económico no Serviço Nacional de Saúde (SNS). A alta precipitada está associada a transtornos graves na dinâmica familiar e qualidade de vida do doente, pelo que é imprescindível o início precoce do planeamento de alta. O enfermeiro de reabilitação dirige os seus cuidados à pessoa com necessidades especiais, nomeadamente na preparação do regresso a casa, na continuidade de cuidados e na reintegração na comunidade, promovendo a mobilidade, a acessibilidade e a participação social. As intervenções dirigidas ao planeamento da alta, nem sempre estão bem aferidas entre os enfermeiros de cuidados gerais e os enfermeiros de reabilitação, sendo notória a falta de coordenação das equipas. Com base nestes pressupostos, desenvolvemos um estudo qualitativo, constituindo-se uma amostra intencional de enfermeiros, com o critério de inclusão de exercer funções em serviços de internamento de um hospital central do norte do país, tendo como objetivos compreender o processo de planeamento de alta na perspetiva dos enfermeiros e, analisar as diferenças de planeamento de cuidados, de acordo com a formação académica e especialidade. Foi utilizado um instrumento de recolha de dados, com recurso a uma entrevista semi-estruturada, tendo sido elaborado um guião, suportado pelo modelo teórico de enfermagem de Nancy Roper, Winifred Logan e Alison Tierney. Após a recolha de dados, foi aplicado o método de análise de conteúdos com a sustentação teórica de Bardin, através do recurso ao software Atlas.ti para o tratamento de dados. Da análise emergiram as seguintes áreas temáticas: o processo de planeamento de alta, a continuidade de cuidados, os instrumentos de apoio ao planeamento de alta, as boas práticas e o modelo em uso. Face aos resultados obtidos, concluímos que os enfermeiros desenvolvem o planeamento de alta de forma pouco organizada e sistematizada, desprovida de instrumentos de medição, e sem fundamentação teórica na sua tomada de decisão. Não há uma articulação sustentada ao longo do processo de planeamento de alta, entre o momento em que é iniciado e a alta efetiva do doente. Os enfermeiros que manifestaram maior envolvimento no processo e utilização de recursos, como os instrumentos de medida, embora restritos ao seu âmbito profissional, foram os enfermeiros especialistas de reabilitação.

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Enfermagem de Reabilitação Planeamento da alta Continuidade de cuidados

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