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Abstract(s)
Objetivo: Verificar se os benefícios da TRC nos pacientes em FA são semelhantes aos
benefícios nos pacientes em RS.
População e Métodos: Estudaram-se 397 pacientes (137 em FA e 260 em RS), com
ICC refratária à terapêutica médica, nos quais foi implantado um sistema para TRC, em
4 centros distintos. Incluíram-se os pacientes que, antes do procedimento, apresentavam
FEVE ≤ 35% e perturbação da condução, com um QRS≥ 120ms e estivessem em Classe
NYHA II a IV. Foram recolhidos os dados relativos às diversas características clínicas,
eletrocardiográficas e ecocardiográficas dos pacientes antes da implantação e após o
período de seguimento. Registaram-se ainda o número de internamentos por
descompensação de IC, mortes e de MACE, ocorridos no período de seguimento.
Avaliou-se a ocorrência de resposta ecocardiográfica e clínica (melhoria ≥ 1 classe
NYHA).
Resultados: Ambos os grupos apresentaram melhorias significativas e comparáveis a
nível ecocardiográfico na remodelagem inversa e função ventricular e a nível clínico na
classe funcional NYHA.
Os pacientes com RS apresentaram redução significativa nos internamentos e maior
sobrevida. Nos pacientes em FA, observou-se uma maior ocorrência de MACE. Quando
se procedeu a ablação NAV nos pacientes em FA, obteve-se uma sobrevida para
mortalidade total comparável à do RS.
Por análise univariada, a presença de FA, a ausência de ablação NAV, género
masculino, história familiar de morte súbita são preditores de mortalidade total e
MACE. A história familiar de morte súbita e a HTP foram preditores de morte cardíaca.
Na análise multivariada, apenas a idade, presença de FA, FEVE e NYHA pós-TRC
foram preditores de mortalidade total. Os preditores de mortalidade cardíaca foram a
FEVE, NYHA e diâmetro TD do VE pós-TRC.
A FEVE e o diâmetro e volumes telesistólicos após a TRC revelaram-se capazes de
predizer a resposta clínica pela melhoria da classe funcional NYHA
Conclusão: Os pacientes em FA submetidos a TRC têm uma sobrevida semelhante aos
pacientes em RS, se forem submetidos a ablação NAV. Porém, os benefícios na
capacidade funcional e a nível ecocardiográfico são semelhantes aos pacientes em RS,
independentemente da preseça da ablação NAV.
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Keywords
Terapia de ressincronização cardíaca Insuficiência cardíaca Fibrilhação auricular Fibrilhação atrial