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Os poucos encadernadores tradicionais portugueses sobreviventes à mecanização do livro no século XIX, deparam-se com as novas tecnologias de produção e com a existência do suporte digital, pondo em causa a continuidade do seu ofício. Também com esta indústria apareceu o design editorial, e é este que parece estar a reinventar a produção manual do livro, numa vertente do "Do-it-yourself" e menos convencional. Esta investigação pretende saber como se conjuga na prática a perspectiva do designer com a encadernação manual tradicional, como se está a adaptar o ofício do encadernador artesanal face às novas tecnologias e identificar as diferenças e semelhanças entre estas duas figuras - o encadernador-artesão e o encadernador-designer. Para isso, além da pesquisa bibliográfica, fez-se um levantamento do mercado nacional neste ofício, através do contacto direto com encadernadores formados pelo método tradicional e com encadernadores de formação académica em Design. Das sete visitas efetuadas resultou a compilação e a comparação de dados identificaram-se entre eles, e selecionou-se um encadernador-artesão e um encadernador-designer para confrontar as duas abordagens. Esta confrontação concretiza-se na elaboração de um objeto editorial representativo dessas semelhanças. Verifica-se que a encadernação manual tradicional corre riscos de desaparecer ao ritmo do envelhecimento dos encadernadores-artesãos e da não existência de aprendizes, Em contrapartida, existe uma nova geração de designers interessados em ocupar este espaço, apesar das dificuldades na aprendizagem as técnicas de encadernação complexas e exigentes em tempos de formação prática.
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Keywords
Design Encadernação manual Oficina Tradição Contemporâneo