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Advisor(s)
Abstract(s)
A Diabetes Mellitus tipo 1 (DMT1) é uma desordem metabólica de etiologia múltipla, caracterizada pela destruição autoimune de células β das ilhotas de Langerhans pancreáticas. Não há cura para esta doença e as complicações a longo prazo podem causar incapacidade grave, diminuindo a esperança média de vida. A sua etiologia exata e patogénese ainda são desconhecidas.
Com este estudo pretendeu-se verificar se o Single Nucleotide Polymorphism (SNP) A49G no gene CTLA4 está associado à suscetibilidade para o desenvolvimento da DMT1 na população madeirense. Para tal, através da técnica de Restriction Fragment Length Polymorphism caracterizaram-se 81 amostras de doentes e 98 de controlos para este polimorfismo, procedendo à sua análise estatística e incluindo dados previamente existentes para os genes HLA-DQA1, HLA-DQB1 e HLA-DRB1.
O presente estudo não permitiu confirmar a existência de uma associação entre o SNP A49G CTLA4 e o desenvolvimento da DMT1 nas análises efetuadas apenas com este polimorfismo. Contrariamente, os haplotipos HLA DQA1*03:01-DQB1*03:02-DRB1*04:01 (RE1), DQA1*03:01-DQB1*03:02-DRB1*04:02 (RE2) e DQA1*05:01-DQB1*02:01-DRB1*03:01 (RE4) revelaram-se significativamente mais prevalentes nos doentes e apresentaram valores que confirmam a sua associação ao aumento do risco de desenvolver a DMT1 na população madeirense. Os haplotipos HLA RE1 e RE4 apresentam diferenças significativas na sua associação com o genótipo AA do SNP A49G CTLA4, e no que diz respeito à associação do genótipo heterozigótico (AG) aos haplotipos HLA de risco apenas os RE3 (DQA1*03:01-DQB1*03:02-DRB1*04:05) (p=0,01255) e RE4 (p=0,00317) apresentam diferenças significativas entre doentes e controlos, embora o primeiro possua um OR (0,037) indicador de proteção. Nesse sentido, a identificação da influência do genótipo AG na redução do risco conferido pelos haplotipos HLA RE3 e RE4 no desenvolvimento da DMT1 na população madeirense revela-se um contributo importante para o acompanhamento clínico de crianças de risco para o desenvolvimento de DMT1. Futuros estudos deverão ser desenvolvidos no sentido de permitir o esclarecimento dos resultados encontrados, sendo importante proceder ao aumento da amostra e à inclusão de outros marcadores genéticos.
O presente estudo não permitiu confirmar a existência de uma associação entre o SNP A49G CTLA4 e o desenvolvimento da DMT1 nas análises efetuadas apenas com este polimorfismo. Contrariamente, os haplotipos HLA DQA1*03:01-DQB1*03:02-DRB1*04:01 (RE1), DQA1*03:01-DQB1*03:02-DRB1*04:02 (RE2) e DQA1*05:01-DQB1*02:01-DRB1*03:01 (RE4) revelaram-se significativamente mais prevalentes nos doentes e apresentaram valores que confirmam a sua associação ao aumento do risco de desenvolver a DMT1 na população madeirense. Os haplotipos HLA RE1 e RE4 apresentam diferenças significativas na sua associação com o genótipo AA do SNP A49G CTLA4, e no que diz respeito à associação do genótipo heterozigótico (AG) aos haplotipos HLA de risco apenas os RE3 (DQA1*03:01-DQB1*03:02-DRB1*04:05) (p=0,01255) e RE4 (p=0,00317) apresentam diferenças significativas entre doentes e controlos, embora o primeiro possua um OR (0,037) indicador de proteção. Nesse sentido, a identificação da influência do genótipo AG na redução do risco conferido pelos haplotipos HLA RE3 e RE4 no desenvolvimento da DMT1 na população madeirense revela-se um contributo importante para o acompanhamento clínico de crianças de risco para o desenvolvimento de DMT1. Futuros estudos deverão ser desenvolvidos no sentido de permitir o esclarecimento dos resultados encontrados, sendo importante proceder ao aumento da amostra e à inclusão de outros marcadores genéticos.
Description
Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Biologia Molecular em Saúde.
Escola Superior de Saúde Egas Moniz.
Escola Superior de Saúde Egas Moniz.
Keywords
Diabetes Mellitus tipo 1 HLA CTLA4