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Abstract(s)
Explorando a dicotomia criada por Lévi-Strauss no livro “La Pensée
Sauvage” (1962) onde o pensamento selvagem se contrapõe ao
pensamento domesticado e aproximando esses estudos do campo
de conhecimento do design de comunicação, considerámos ser de
interesse da investigação em design refletirmos sobre essa relação.
Propomos, por isso, sublinhar a pertinência da experiência da
percepção que as culturas nativas desenvolveram e a importância
destas questões no debate contemporâneo. Vimos nas últimas décadas
o surgimento do da ideia da descolonização como forma de
acalmar as crises ambientais e sociais vistas na contemporaneidade.
Assim, pensamos ser relevante associar esse imaginário, distinto
daquele desenvolvido na epistemologia ocidental, ao pensamento
e à produção em design, procurando nessas relações outras possibilidades
de entendimento .
A partir da expressão de Lévi-Strauss e das reformulações que
tal expressão sofreu colocámos a possibilidade de aproximar a
noção do “selvagem” ao campo do design, relacionando-o com a
produção de conhecimento das culturas nativas sem, no entanto,
subjugá-las. A proposta foi, então, a de estabelecer diálogo e fazer
pontes entre estas duas realidades. Trabalhámos por isso o olhar
descolonialista na tentativa de actualizar conceitos estabelecidos
pelo design, tendo tomado como referência autores nativos, tais
como Davi Kopenawa, Cristine Takuá e Ailton Krenak. Como objecto
de análise demos atenção às produções gráficas e cartográficas
de três etnias: os Yanomami, os Zuni e os Yolngu e tivemos em
consideração autores reconhecidos da área do design como Victor
Papanek ou o Decolonising Design Group.
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Keywords
Decolonising design Experiência Selvagem