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Portugal, à semelhança dos restantes países do sul da Europa, tem vindo a viver ao longo das últimas décadas um período marcado pelo forte declínio da filiação sindical (Dornelas, 2000) com a consequente diminuição da capacidade das estruturas de representação colectiva dos trabalhadores em se afirmarem enquanto interlocutores no quadro dos mecanismos de negociação colectiva e de regulação laboral. Este declínio pode ser explicado a partir de um conjunto articulado de circunstâncias socieoconómicas e histórioco-culturais (Pichault e De Coster, 1998) associadas não só à crise do movimento sindical mas também à crescente individualização das relações de trabalho e à alteração dos tradicionais equilíbrios entre capital e trabalho. Neste quadro, e na ausência de estudos sistemáticos sobre os mecanismos que determinam a filiação/desfiliação sindical em Portugal, afigura-se-nos relevante procurar compreender as razões que levam os trabalhadores a aderir aos sinsicatos e, em particular, o tipo de relação que com estes estabelecem. Assim, recorrendo a uma amostra de conveniência constituída por 25 trabalhadores com diferentes tipos de relação sindical, realizamos um estudo qualitativo de natureza exploratória com base num conjunto de entrevistas semi-directivas tendo em vista compreender a sua situação perante a sindicalização, as suas simpatias sindicais e a avaliação que fazem da acção sindical. Os resultados permitem-nos realçar o carácter dinâmico dos processos de sindicalização, a existência de diferentes simpatias sindicais bem como uma expectativa face à acção sindical fortemente marcada ora por uma lógica de cliente ora por uma lógica de militante.
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Relações laborais Sindicalismo Sindicatos Gestão de recursos humanos