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Authors
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Abstract(s)
A honra do desafio que nos foi lançado pela direcção do IDN, tem "atrelada" uma responsabilidade acrescida pelo simples facto de desempenharmos, simultaneamente, as funções de membro da comissão de organização do seminário e as funções de professor regente da disciplina de "Historia do Pensamento Estratégico" no âmbito do Mestrado em História Militar, na Academia Militar.
No entanto, a tarefa foi de algum modo facilitada pelas pistas implícitas nos trabalhos de Hervé Coutau-Bégarie e, em particular, na sua obra Tratado de Estratégia, mas sobretudo pelos estudos recentes de António Horta Fernandes e de António Paulo Duarte. Depois de constatarmos que durante o período em análise, ou seja entre 1945-1961, a Estratégia constituiu um domínio quase exclusivo dos pensadores e das escolas militares, orientámos o nosso esforço de pesquisa no sentido de descortinarmos, no esteio das escolas militares, os artigos e as obras sobre Estratégia publicadas em Portugal. Assim, os caminhos da pesquisa apontaram mais facilmente para o recente Instituto de Estudos Superiores Militares (IESM), para a Escola Naval e para a Academia Militar, onde encontrámos algumas obras de professores de referência e alguns artigos na Revista Militar e nos Anais do Clube Militar Naval, citando alguns exemplos.
Este período, que abarca os pensadores da "Estratégia das Origens" e da "Estratégia ao serviço da Guerra", não tem ainda, em termos mundiais, a sistematização que lhe viria a dar o General Beaufre em 1963 com a sua Introdução à Estratégia.
Como metodologia, começaremos pela visão global (dos factos nuclear e subversivo) no sentido de melhor entendermos a Visão nacional (da consolidação do Estado Novo e da recuperação de um Portugal fundador da NATO, mas marcado pelo "pecado colonial", do atraso da admissão ONU, das profundas reformas nas Forças Armadas Portuguesas, etc.). Só depois tentaremos caracterizar as obras e os pensadores deste período, numa perspectiva de evolução do conceito e da sua aplicabilidade no âmbito das opções estratégicas nacionais. Não esqueceremos ainda a influência da evolução do fenómeno da guerra e de outras escolas de Estratégia. Terminaremos ainda com umas considerações finais, em jeito de conclusão, na esperança que se tornem num Incentivo para um debate mais alargado e também para uma pesquisa mais cuidada.