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A Geoengenharia como sintoma de acrasia coletiva

datacite.subject.fosHumanidades
dc.contributor.authorSousa Basto, Rui
dc.date.accessioned2025-12-02T09:43:30Z
dc.date.available2025-12-02T09:43:30Z
dc.date.issued2024-11-22
dc.descriptionComunicação oral apresentada na VI Conferência Rumos da Sociologia do Conhecimento, da Ciência e da Tecnologia, organizada pela Associação Portuguesa de Sociologia e realizada na Universidade Nova de Lisboa em 22 de novembro de 2024.
dc.description.abstractA promessa iluminista do século XVIII de que o ser humano passara a ser dono e senhor da Natureza à luz da razão e das conquistas da ciência e da tecnologia sofreu um duro revés com o advento do Antropoceno. Essa visão providencialista da História colheu a unanimidade do pensamento filosófico e político de então e permaneceu intacta no século seguinte, beneficiando da concordância de diversas correntes ideológicas, desde os liberais até aos marxistas. Vingou ainda durante o século XX, onde a ideia de bem-estar e felicidade, inflamada pela sociedade de consumo que entretanto surgira, se encontrava associada a cada novo dispositivo tecnológico lançado no mercado. Neste contexto, o Antropoceno atuou como a luz amarela de um semáforo de trânsito, avisando que seria impossível crescer infinitamente num planeta finito. Sobre a natureza do Antropoceno têm sido criadas algumas narrativas, desde cosmovisões apocalípticas, até à fé da humanidade de se superar a si própria e à Natureza. De todas essas narrativas, as mais representativas são a eco-catastrofista, que advoga uma alteração profunda nos padrões de consumo e produção, e a naturalista, adepta do desenvolvimento sustentável. Entretanto, uma terceira narrativa, a pós-naturalista, tem vindo a ganhar terreno junto dos decisores políticos e empresariais. A narrativa pós-naturalista retoma a promessa iluminista através da opção por grandes projetos de geoengenharia. Os seus defensores reconhecem a ameaça que as alterações climáticas e restantes limites planetários representam para a humanidade, mas, apesar desse conhecimento, não atuam de maneira a evitar os danos que a ciência projeta para um futuro próximo. Pelo contrário, podem até agravá-los. Agem, assim, em sentido contrário ao seu melhor interesse, revelando sintomas de acrasia coletiva. É nesta moldura que a presente pesquisa se encaixa, discutindo as razões desse eventual estado coletivo acrático, patologia para a qual terá de ser encontrada uma solução.por
dc.identifier.citationBasto, R. S. (2024, 22 de novembro). A geoengenharia como sintoma de acrasia coletiva. Comunicação oral apresentada na VI Conferência Rumos da Sociologia do Conhecimento, da Ciência e da Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, Portugal.
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.26/60136
dc.language.isopor
dc.peerreviewedn/a
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
dc.subjectAcrasia coletiva
dc.subjectAntropoceno
dc.subjectCiência e Tecnologia
dc.subjectGeoengenharia
dc.titleA Geoengenharia como sintoma de acrasia coletivapor
dc.typeconference object
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferenceDate2024-11-22
oaire.citation.conferencePlaceUniversidade Nova de Lisboa, Portugal
oaire.citation.titleVI Conferência Rumos da Sociologia do Conhecimento, da Ciência e da Tecnologia
oaire.versionhttp://purl.org/coar/version/c_b1a7d7d4d402bcce
person.familyNameSousa Basto
person.givenNameRui
person.identifier.orcid0009-0007-9681-1615
relation.isAuthorOfPublication7064c4e3-403f-4593-bf2b-21e9c242e7a5
relation.isAuthorOfPublication.latestForDiscovery7064c4e3-403f-4593-bf2b-21e9c242e7a5

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