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A descoberta acidental da radiação X (assim designada devido ao desconhecimento, por parte da comunidade científica da época, a respeito da sua natureza), a 8 de Novembro de 1895, pelo professor e físico alemão Wilhelm Conrad Röentgen (1845-1923), foi um marco relevante na história da Medicina, permitindo o desenvolvimento de um importante método de diagnóstico não invasivo, que se mantém indispensável até aos dias de hoje.
Esta radiação, tornou possível observar o interior do corpo humano, sem necessidade de recorrer à “invasividade” das necrópsias ou cirurgias, pelo que, a Radiologia Geral (um dos métodos de diagnóstico por imagem), passou a desempenhar um papel fundamental no estudo de inúmeras patologias, principalmente nas ósseas (por exemplo, fraturas e luxações).
A utilização disseminada da radiação X, conduziu e permitiu identificar os efeitos malignos no corpo humano, decorrentes do seu uso excessivo. A consciencialização acerca destes efeitos deletérios, impulsionou o desenvolvimento de estratégias para promover uma redução considerável da dose recebida pelo paciente durante a utilização das técnicas radiológicas, uma vez que estas representam a maior fonte artificial de irradiação [1].
Os avanços tecnológicos ocorridos foram fundamentais, pois tornaram possível a observação da morfologia normal, bem como de lesões internas, através do desenvolvimento de outras técnicas imagiológicas como a Tomografia Computorizada (TC), a Ressonância Magnética (RM) e a Ultrassonografia (US), permitindo verificar, de forma mais precisa, a localização e a morfologia dessas lesões [2, 3]. Além disso, o progresso tecnológico ocorrido ao longo dos anos, contribuiu para o desenvolvimento de detetores digitais, câmaras de ionização, grelhas antidifusoras, entre outros, promovendo a redução da dose de radiação.
Face ao exposto, Lima (Professor Jubilado da Universidade de Coimbra) considera que a investigação científica, o desenvolvimento tecnológico, a boa execução técnica e a utilização informada dos equipamentos, estão na lista dos passos a dar, para uma utilização mais consciente e sem prejuízos acrescidos, das modalidades de imagem existentes [1].
Atualmente, tem-se verificado uma solicitação crescente e excessiva de exames imagiológicos, criando a necessidade de desenvolver e implementar algumas orientações úteis para melhorar a prática clínica. Estas têm como finalidade, melhorar a qualidade dos cuidados de saúde oferecidos à população; fazer com que todas as intervenções clínicas (exames complementares de diagnóstico imagiológicos) consideradas desnecessárias, ineficazes ou mesmo prejudiciais não sejam realizadas e reduzir ao máximo a utilização supérflua das técnicas imagiológicas disponíveis, tornando a sua utilização mais eficaz e consciente. Tais orientações convergem no princípio comum de facilitar o tratamento dos pacientes, ponderando sempre a utilização de técnicas onde os riscos sejam mínimos, potenciando ao máximo os benefícios do exame e os custos da sua utilização devem ser os mais aceitáveis possíveis.
Pesquisas recentes acerca desta temática, demonstram que a implementação de diretrizes de prática clínica podem ser eficazes, na medida em que podem proporcionar alterações nos pedidos de exames a realizar, face a uma situação clínica específica, promovendo desta forma uma melhoria nos resultados esperados pelos doentes. Contudo, as referidas diretrizes não constituem um documento no qual, face a uma patologia, estejam expressas as decisões clínicas acertadas a tomar em determinado momento. Estas funcionam apenas como um elemento a utilizar na tomada de decisão, uma vez, que na maioria dos casos, os exames a prescrever são fruto das preferências, da experiência profissional, dos valores dos médicos e da disponibilidade de recursos
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Sistema musculoesquelético Patologia Radiologia Imagiologia