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Authors
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Abstract(s)
Este trabalho de projeto explora a complexidade do tempo e da imagem em
movimento. Através de uma investigação que aborda questões fundamentais sobre
a imagem contemporânea, a imagem-movimento, o cinema, a fotografia e o tempo.
O projeto desenvolveu-se a partir de uma descoberta casual de uma ruína num
bosque, um local aleatório que se revelou como o certo. A partir dessa descoberta,
iniciou-se um registo sistemático das transformações do local, documentando luz,
natureza e “decadência” (morte e regeneração).
A filosofia de Henri Bergson sobre a duração e os conceitos de
imagem-movimento e imagem-tempo de Gilles Deleuze, a base para analisar como
o tempo é representado e manipulado no cinema. A influência de Andrei Tarkovsky
e a sua abordagem a estes temas no livro Esculpir no Tempo também é discutida,
destacando aqui como o tempo no cinema deve refletir a experiência humana.
O filme Pretérito Mais-Que-Perfeito encontrou nas investigações e matérias
destes autores, um campo de possibilidades e zonas de interesse que considero
terem sido fundamentais durante todo o processo.
A escolha do local e da câmara, bem como a decisão de não seguir um guião
rígido, permitiram uma narrativa fluida e orgânica. A abordagem intimista e a
presença mínima de pessoas no local criaram um ambiente propício para capturar a
essência do momento.
A edição foi crucial para o desenvolvimento da narrativa, permitindo a
exploração do tempo e do espaço, encontrando profundidades e tensões que
imprimem dinâmicas e ritmos na receção no trabalho final. Este projeto é, portanto,
um estudo sobre a interseção entre cinema, tempo e imagem, convidando os
espectadores a uma experiência visual rica e reflexiva.
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Keywords
Tempo Espaço-Tempo Imagem