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Authors
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Abstract(s)
Atualmente, os ativos intangíveis da organização, como as pessoas, são o seu
maior diferencial competitivo (Oliveira & Limongi-França, 2005). Assim, num mercado
rápido e imprevisível, é imperativa a aposta em trabalhadores felizes e produtivos
(Fisher, 2010), satisfeitos, que não a queiram abandonar (Aziri, 2011; Derby-Davis, 2014).
Dada a crise atual, parece ainda mais crítica para o sucesso organizacional - a felicidade
associa-se a cada pequena decisão ou ação (Mucci et al., 2016; Patrício, 2020). Partindo
do marketing interno e da felicidade organizacional, decidiu-se explorar a satisfação no
trabalho e, dada a tendência de investigação, a gratidão (Di Fabio et al., 2017).
O objetivo geral desta investigação é caracterizar a gratidão numa amostra
portuguesa e compreender como esta se relaciona com a sua satisfação no trabalho.
Optou-se por uma metodologia quantitativa e aplicou-se um questionário numa
amostra de 521 trabalhadores portugueses, durante a crise decorrente da pandemia
de COVID-19.
Constatou-se que, mesmo em contexto de crise, o cliente interno português é
grato e satisfeito no trabalho, obtendo-se resultados inferiores apenas aos de uma
amostra de funcionários públicos italianos, nos estudos em análise nesta investigação.
Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas entre grupos em variáveis
sociodemográficas, profissionais e de perceção de condições de vida ao nível da
gratidão. Apurou-se que, na população ativa portuguesa, a gratidão, isoladamente,
explica 8% da satisfação no trabalho. Também iniciativas organizacionais de satisfação
e segurança laboral se mostraram previsores estatisticamente significativos da
satisfação no trabalho.
Conclui-se que a promoção da gratidão é uma ferramenta válida para a prática
do gestor de marketing interno. O foco na pessoa, no seu desenvolvimento e flourishing,
promove a satisfação, o bem-estar e a felicidade, reforçando o capital organizacional.
Considera-se que intervenções organizacionais orientadas para características
pessoais podem potenciar o clima e os resultados da organização. Espera-se que esta
investigação contribua para o crescimento da área e seja útil a líderes e gestores na
definição de estratégias corporativas que englobem a compreensão do cliente interno
e do que o faz feliz, como forma de chegar mais e melhor ao cliente externo.
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Keywords
Marketing Felicidade organizacional Covid-19 Cliente