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O não-formal e o formal no ensino superior

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Nesta comunicação apresentamos uma abordagem educativa de carácter inovador no âmbito do Ensino Superior — a Carteira de Competências, que faz parte dos planos de estudos das licenciaturas da Escola Superior de Educação (ESE) do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) —, implementada no quadro das reformas preconizadas por Bolonha, na qual se articulam as dimensões da aprendizagem e de desenvolvimento de competências dos estudantes através da participação em contextos não-formais, sejam de natureza profissional, social ou de vida. Uma das intencionalidades de Bolonha — o enfoque nas aprendizagens dos estudantes e na aquisição de competências (E.U., 2012) — implica a mudança paradigmática ao nível dos processos de ensino-aprendizagem: o desenvolvimento de competências apela a abordagens educativas mais flexíveis e adequadas às suas especificidades, bem exige a aproximação entre contextos formais e não-formais de aprendizagem (Pires, 2005, 2007). A estratégia desenvolvida na Escola Superior de Educação do IPS através da Carteira de Competências constitui um exemplo destas abordagens educativas, na medida em que pretende promover aprendizagens significativas e desenvolver competências relevantes em contextos não formais, traduzindo-as em ECTS. O desenvolvimento de competências é entendido numa perspectiva alargada — competências profissionais, sociais, de cidadania, entre outras — e ao longo dos três anos do ciclo de estudos, em estreita articulação com a comunidade envolvente (em instituições educativas, museus, empresas, autarquias, associações, organizações não-governamentais, etc.) em contextos reais de trabalho, pela inserção em comunidades de práticas (Wenger, 1998). Do ponto de vista teórico, estas novas práticas são analisadas à luz dos conceitos de aprendizagem situada e de comunidades de prática (Lave e Wenger, 1991 e Wenger, 1998), competências e seu desenvolvimento (LeBoterf, Perrenoud, Wittorski, Bowden e Marton, in Pires 2005), na medida em que as aprendizagens ocorrem nos próprios contextos em que são mobilizadas, constitutindo-se como um processo social em que o conhecimento é coconstruído (Sousa Santos, 2004). Nesta comunicação caracterizamos o dispositivo Carteira de Competências desenvolvido na ESE-IPS, identificando as suas finalidades, estratégias, recursos e constrangimentos. Procuramos reflectir sobre o seu impacto, a partir da análise qualitativa de um corpus constituído pelos relatórios elaborados por estudantes no final da licenciatura.

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Educação não-formal Ensino superior Desenvolvimento de competências

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Universidade do Minho. Instituto de Educação. Centro de Investigação em Educação

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