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  • Produção científica em língua portuguesa : padrão de citação e avaliação dos indicadores de citação actuais de revistas biomédicas de língua portuguesa
    Publication . Lopes, Sílvia; Fernandez-Llimos, Fernando
    Apesar da língua portuguesa ser utilizada por mais de 240 milhões de pessoas em todo o mundo, a sua presença no domínio das ciências biomédicas é mais fraca do que o expectável [1, 2]. A comunicação da ciência faz-se através da publicação em revistas científicas principalmente das que são indexadas em fontes secundárias (bases de dados científicas), pois esta será a forma destes periódicos ganharem visibilidade. As fontes secundárias têm um processo de selecção de revistas muito rigoroso e existem diversos viéses resultantes desse processo, nomeadamente geográficos e idiomáticos. De acordo com os critérios de seleção de revistas para indexação em bases de dados internacionais, um dos requisitos para a indexação de uma revista é o seu elevado número de citações. Estudos anteriores permitem perceber que revistas em português não têm grande visibilidade (não são indexadas), porque raramente são citadas, mas revistas em português raramente são citadas, porque não são visíveis (não são indexadas) [3-8]. Com este trabalho pretende-se compreender qual o padrão de citação atual de revistas biomédicas de língua portuguesa, tendo-se identificado alguns periódicos biomédicos, de origem brasileira e portuguesa, nas áreas da cirurgia, medicina clínica, enfermagem, ginecologia e obstetrícia e saúde pública. Assim apresentam-se já alguns resultados preliminares do estudo efetuado.
  • Mapeando objetivamente as revistas de Farmácia
    Publication . Mendes, António; Tonin, Fernanda; Fernandez-Llimos, Fernando
    Introdução: Mapa da ciência é uma representação espacial de como as disciplinas, as áreas do conhecimento, as especialidades, as revistas científicas e, individualmente, os artigos ou os autores estão relacionados entre si. A Farmácia, como área do conhecimento, por englobar características de caráter tecnológico, analítico e assistencial, apresenta ainda uma imprecisão sobre as suas subdivisões em disciplinas e especialidades. Objetivos: Mapear as subdivisões da área da Farmácia a partir dos artigos publicados em revistas científicas. Método: As revistas ativas (dezembro 2016), com publicações em inglês e cujos títulos apresentassem um ou mais termos relacionados à área (pharmacy, pharmaceutica*, pharmacist, pharmacotherapy) foram coletadas das bases Web of Science, Scopus, MEDLINE e PubMed Central. Os títulos de todos os artigos publicados (2006-2016) nas revistas incluídas foram compilados e organizados de acordo com a revista de origem em um corpus único para análise textual (Iramuteq 0.7 alpha 2). Foram conduzidas: análise lexicográfica para determinação dos segmentos de texto (ST) e frequência das palavras; classificação hierárquica descendente (CHD) para categorização das palavras e revistas em grupos lexicais semelhantes; e análise fatorial correspondente (AFC) para obtenção de gráficos bi e trimedimensionais. Qui-quadrado (X2) e p-value foram utilizados como medidas estatísticas de frequência e significância. Resultados: Foram encontradas inicialmente 209 revistas, das quais 161 foram selecionadas. Após a coleta de dados, obtivemos 148.081 títulos de artigos, com média de 919,7±1.069,2 artigos por revista. Na análise lexicográfica, 34.394 ST foram analisados com aproveitamento satisfatório (74,82%). Emergiram 65.070 palavras distintas. Através da CHD foi gerado dendrograma com cinco classes lexicais distintas. As classes foram separadas em duas ramificações principais: subcorpus A (classes 1 e 2); e subcorpus B (classes 3, 4 e 5). As palavras e a revista mais representativas para as classes foram: patient, treatment, therapy, EXP_OP_PHARMACOTHERAPY (p<0,0001) – Classe 1; pharmacy, pharmacist, medication, INT_J_CLIN_PHARM (p<0,0001) – Classe 2; release, formulation, tablet, DRUG_DEVELOP_IND_PHARM (p<0,0001) – Classe 3; activity, extract, synthesis, CHEM_PHARM_BULLETIN (p<0,0001) – Classe 4; cell, expression, human, BIO_PHARM_BULLETIN (p<0,0001) – Classe 5. A AFC gerou dois planos cartesianos (palavras e revistas) que demonstraram clara separação entre o subcorpus A e B, porém, sem clara distinção entre as classes pertencentes ao mesmo subcorpus. Discussão: As análises dos artigos publicados nas revistas do campo de Farmácia nos últimos 10 anos demonstraram uma nítida separação entre duas grandes áreas: Farmácia Clínica (subcorpus A) e Farmácia Básica (subcorpus B). A partir das palavras mais relevantes foi possível identificar as seguintes classes lexicais: 1. Farmacoterapia; 2. Farmácia Prática; 3. Tecnologia Farmacêutica; 4. Farmácia Analítica/Química Farmacêutica; 5. Farmacologia experimental/Biofarmácia. Algumas bases de indexação e vários índices pelos quais se avalia o desempenho de investigadores consideram a Farmácia como uma área única, ignorando as diferenças encontradas nesta análise. Semelhante a outras áreas, é expectável a existência de padrões de publicação e citação diferentes entre as subáreas que justificam a necessidade da subdivisão do campo da Farmácia nas cinco categorias identificadas. Conclusões: Através de um método objetivo de análise textual dos títulos dos artigos científicos foi possível demonstrar a distinção existente no campo da Farmácia entre dois grandes subcorpus e cinco subáreas que a compõem.