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- Impacto da Derivatização Química na Deteção de Metabolitos de Cocaína na presença de BenzodiazepinasPublication . Costa, Suzel; Rosendo, Luana; Barroso, Mário; Gallardo, EugeniaA toxicologia forense desempenha um papel crucial em investigações legais, proporcionando informações essenciais sobre a presença e o impacto de várias substâncias em amostras biológicas. No entanto, esta área enfrenta desafios significativos devido a artefactos e interferências que podem dificultar a interpretação dos resultados. Este estudo aborda os desafios analíticos decorrentes da presença simultânea de cocaína e tranquilizantes benzodiazepínicos, especificamente o nordiazepam, em amostras biológicas. De facto, o nordiazepam, uma importante benzodiazepina, pode interferir na deteção e quantificação da benzoilecgonina, o principal metabolito da cocaína, quando se utiliza a cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (GC-MS). Recorreu-se à extração de fase sólida (SPE) em amostras de sangue post-mortem, usando colunas Oasis® MCX. Após a evaporação dos extratos, procedeu-se à derivatização por micro-ondas com MSTFA (N-metil-N-(trimetilsilil)trifluoroacetamida) ou MBDSTFA (N-metil-N-(terc-butildimetilsilil)-trifluoroacetamida). A análise foi realizada por cromatografia gasosa acoplada a um detetor de massa. Os resultados demonstraram que com a derivatização por MSTFA a presença de nordiazepam causava interferências significativas na deteção de benzoilecgonina, dificultando a confirmação qualitativa deste último composto. Este fenómeno foi evidenciado em cromatogramas onde picos cromatográficos correspondentes a fragmentos iónicos da benzoilecgonina foram observados mesmo quando apenas o nordiazepam foi injetado. Por outro lado, ao utilizar MBDSTFA como reagente derivatizante, não houve interferência significativa entre nordiazepam e benzoilecgonina às concentrações de 10 ng/mL e 25 ng/mL (limite de deteção e quantificação, respetivamente, da benzoilecgonina), ao contrário do observado com a derivatização por MSTFA. Este estudo destaca a necessidade de procedimentos de derivatização adequados de modo a diminuir o número de falsos negativos nos ensaios toxicológicos e enfatiza a importância de metodologias confiáveis em investigações forenses. A implementação de processos de validação rigorosos e o uso de agentes de derivatização alternativos, quando necessário, são cruciais para evitar interferências que prejudiquem a correta identificação dos tóxicos. As conclusões apresentadas contribuem para uma melhor compreensão das limitações da toxicologia forense, oferecendo recomendações práticas para aumentar a robustez das análises toxicológicas em casos envolvendo a cocaína.
- High concentrations of nordiazepam may impair the detection of benzoylecgonine by GC-MS with derivatizationPublication . Costa, Suzel; Rosendo, Luana M.; Barroso, Mário; Gallardo, EugeniaIntroduction: Forensic toxicology plays a pivotal role in legal investigations, particularly in detecting substances in biological samples. However, the simultaneous presence of multiple substances can pose analytical challenges. For instance, nordiazepam, a major metabolite of some benzodiazepines, can interfere with the detection of benzoylecgonine, a primary metabolite of cocaine, when using gas chromatography-mass spectrometry (GC-MS) with N- methyl-N-(trimethylsilyl) trifluoroacetamide (MSTFA) derivatization. This interference could result in false negatives for benzoylecgonine detection. Aims: This study aims to assess whether N-methyl-N-(tert-butyldimethylsilyl)-trifluoroacetamide (MBDSTFA) derivatization can reduce interference from nordiazepam, thereby improving the detection and quantification of benzoylecgonine in biological samples. Methods: Solid phase extraction (SPE) was carried out on post-mortem blood samples using Oasis® MCX columns. Microwave derivatization with MSTFA or MBDSTFA followed after the extracts were evaporated. Results and discussion: Two derivatization reagents, MSTFA and MBDSTFA, were compared using GC-MS to evaluate their effectiveness. For this assessment, both the limit of detection (LOD) and limit of quantification (LOQ) for benzoylecgonine in this chromatographic method were 10 and 25 ng/mL, respectively. MBDSTFA derivatization significantly reduced analytical interference between nordiazepam and benzoylecgonine. In contrast, MSTFA derivatization resulted in substantial interference at high concentrations of nordiazepam, potentially leading to false negatives for cocaine detection. These findings highlight the superior performance of MBDSTFA in complex toxicological analyses. Conclusion: MBDSTFA derivatization is more effective than MSTFA for minimizing interference in the detection of benzoylecgonine in the presence of nordiazepam. This method enhances the specificity of forensic toxicological analyses and helps prevent false negatives for detecting cocaine consumption through its principal metabolite, thereby supporting more reliable legal and clinical decisions.