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  • Ventilação por abertura de janelas: análise de dados experimentais recolhidos em salas de aula
    Publication . Duarte, Rogério; Gomes, Maria da Glória; Rodrigues, António Moret
    ventilação de salas de aula é habitualmente feita por abertura de janelas. Esta é a solução tradicional sendo perfeitamente adequada para tempo quente, porém, quando as temperaturas exteriores baixam, estudantes e professores deixam as janelas fechadas reduzindo substancialmente os caudais de ventilação, resultando na deterioração da qualidade do ar interior. Este artigo tem por objetivo compreender as condições em que a ventilação com abertura manual de janelas é adequada. Para isso usam-se 2 anos de dados de monitorização de 4 salas de aula de uma escola básica e secundária nacional (um antigo liceu com projeto da Junta das Construções para o Ensino Técnico e Secundário – Ministério das Obras Públicas e Comunicações, reabilitado pela Parque Escolar na segunda metade dos anos 2000). Analisam-se os caudais de ventilação nas salas concluindo-se que a abertura de janelas é adequada com temperaturas exteriores diárias superiores a 19ºC. Quando estas temperaturas são inferiores a 16ºC a ventilação por abertura de janelas torna-se insuficiente e, entre 16 e 19ºC, a adequabilidade vai depender da temperatura interior. Para as salas de aula monitorizadas e condições exteriores observadas conclui-se que a ventilação por abertura manual de janelas permite ambientes interiores adequados (não só sob o ponto de vista da ventilação e qualidade do ar interior, mas também do conforto térmico) durante aproximadamente 25% do ano letivo.
  • Filtro de kalman para a determinação da renovação do ar num espaço ocupado de modo intermitente e ventilado naturalmente
    Publication . Duarte, Rogério; Gomes, Maria da Glória; Rodrigues, António Moret
    É reconhecido o mérito da ventilação natural de edifícios residenciais e de serviços não só do ponto de vista da poupança energética como também da qualidade do ar interior. Contudo, para projetistas e gestores de edifícios, a incerteza associada à ventilação natural introduz dificuldades e riscos acrescidos. Neste artigo apresenta-se um método para determinar renovações de ar em condições não-estacionárias, como as que se observam em espaços ocupados de modo intermitente, sujeitos a variações no ambiente exterior (e no interior) e na forma como são operados os dispositivos de ventilação natural. O método usa dados de ocupação e de concentração interior de CO2 em conjunto com um Filtro de Kalman para estimar variações dos caudais de ventilação. Após aplicação deste método a uma sala de aula ventilada por abertura manual de janelas, discute-se a utilidade do método para o reconhecimento por projetistas e gestores de edifícios do mérito da ventilação natural.
  • Consumo energético, conforto e qualidade do ar em salas de aula de edifícios escolares do período JCETS - MOP
    Publication . Duarte, Rogério; Pereira, Marco
    As infraestruturas escolares públicas existentes têm sido objeto de investimentos de renovação e melhoramento significativos num momento em que a legislação estabelece valores máximos de concentração de poluentes caracterizadores da qualidade do ar no interior dos edifícios. O cumprimento das exigências de qualidade do ar interior precipitou uma mudança de paradigma na ventilação de salas de aula em edifícios escolares, assistindo-se à adoção de sistemas mecânicos de ventilação e climatização, em contraponto com a tradicional ventilação natural. Para as equipas gestoras escolares, frequentemente desconhecedoras da importância da qualidade do ar, a ventilação mecânica constitui um sorvedouro de recursos difícil de justificar. Importa por isso estudar estratégias que permitam, por um lado garantir a qualidade do ar e o conforto nas salas de aula, mas por outro lado não imponham custos excessivos. Partindo de uma sala de aula tipo de edifícios escolares do período JCETS – MOP (Junta das Construções para o Ensino Técnico Superior – Ministério das Obras Públicas) estuda-se um sistema de ventilação mecânica que varia o caudal de ventilação em função da concentração de CO2 nas salas, comparando-se a qualidade do ar interior e o conforto com os conseguidos por ventilação natural e por ventilação mecânica com caudal constante. Compara-se ainda o custo energético dos dois sistemas de ventilação mecânica em estudo. Conclui-se que a definição da qualidade do ar no interior de edifícios assente na limitação de valores de “concentrações-hora” de poluentes (em lugar da atual e mais restritiva limitação da concentração) permitiria a salas de aula ventiladas naturalmente cumprir a legislação.