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  • Citações e fator de impacto não refletem relevância clínica da informação em saúde
    Publication . Ricarte, Ivan; Galvão, Cristiane; Carmona, Fábio; Santos, Danielle
    O grande volume de publicação de artigos científicos sobrecarrega os profissionais da saúde que desejam seguir os princípios da prática de saúde baseada em evidência. Para avaliar se a quantidade de citações do artigo e o fator de impacto do periódico estão associados à relevância clínica da informação, considerando a perspectiva dos profissionais da saúde que assistem diretamente a pacientes, este estudo comparou citações recebidas por 26 artigos científicos, bem como o fator de impacto dos periódicos nos quais foram publicados, com a avaliação feita diretamente por profissionais sobre a relevância da informação contida nesses artigos para sua prática clínica. Os resultados obtidos demonstram que há baixa correlação entre a percepção da relevância clínica por profissionais e citações ou fator de impacto. Portanto, essa medida de relevância clínica reflete aspectos diferentes da quantidade de citações e pode ser utilizada em processos de translação de conhecimento e outras avaliações do impacto da pesquisa.
  • Barreiras para a prática da enfermagem baseada em evidências no Brasil
    Publication . Galvão, Cristiane; Fernandes, Vivian; Ricarte, Ivan; Carmona, Fábio
    Introdução – Profissionais de enfermagem constituem grande parte da força de trabalho dos sistemas de saúde, motivo pelo qual estudos têm observado as barreiras enfrentadas por esses profissionais para o uso de evidências. Dentre elas são listadas pela literatura internacional: falta de apoio administrativo, falta de confiança em evidências em saúde, tempo insuficiente no trabalho para ler e implementar novas ideias, ausência de autonomia dos enfermeiros para alteração dos procedimentos clínicos, disponibilidade limitada de evidências em enfermagem, distância entre o meio académico e a prática clínica, cultura organizacional cristalizada e falta de treinamentos. Objetivos – Considerando-se estudos produzidos em outros países, objetivou-se verificar quais são as principais barreiras para a prática da enfermagem baseada em evidência em um contexto hospitalar brasileiro. Métodos – A pesquisa teve caráter quantitativo e obteve a participação de 100 enfermeiros que atuam em um hospital público, universitário, de referência nacional, que atende condições de alta complexidade, localizado no Brasil. Os participantes responderam a um questionário demográfico e a um questionário sobre o uso de evidências no contexto clínico. O estudo seguiu as diretrizes brasileiras de ética em pesquisa com seres humanos. Resultados – As dez principais barreiras para a prática da enfermagem baseada em evidências, mencionadas pelos participantes, foram: 1) a remuneração recebida não incentiva a prática baseada em evidências; 2) no local de trabalho não há tempo para acessar evidências; 3) no local de trabalho não há treinamentos sobre práticas baseadas em evidências; 4) no local de trabalho não há métodos de ensino que facilitem a prática baseada em evidências; 5) no local de trabalho não há uma política para a prática baseada em evidências; 6) no local de trabalho não há recursos tecnológicos que facilitem a prática baseada em evidências; 7) no local de trabalho não há incentivo à prática baseada em evidências; 8) no local de trabalho não há sistemas de apoio à pesquisa de evidências; 9) no local de trabalho, a cultura organizacional não facilita a prática baseada em evidências; 10) no local de trabalho, a gestão e a hierarquia organizacional não facilitam a prática baseada em evidências. Conclusões – Os resultados encontrados no Brasil são similares aos resultados encontrados em outros países. Porém, observa-se que os participantes brasileiros delegam, sobretudo, ao contexto institucional as barreiras para a prática da enfermagem baseada em evidências. A simples disponibilização de evidências em bases de dados especializadas ou em plataformas governamentais não garante que os profissionais de saúde façam uso dessas evidências durante a assistência em saúde. As unidades de saúde precisam desenvolver estratégias específicas para o uso de evidências no contexto clínico.
  • Disseminando evidências em saúde em linguagem simples nas mídias sociais
    Publication . Galvão, Cristiane; Carmona, Fábio; Ricarte, Ivan
    Introdução – Dadas as diferentes crises económicas, sociais e humanitárias, mudanças populacionais, urbanização rápida, pobreza e escassez de força de trabalho em saúde em diferentes localidades, os países têm se esforçado para garantir que os recursos destinados à saúde sejam gastos com sabedoria. Consequentemente, cada vez mais as tecnologias de informação e comunicação são utilizadas em todos os países e em todos os níveis de atenção em saúde para levar informações para os pacientes e a população em geral a fim de que a assistência em saúde seja de melhor qualidade e consiga chegar a um número maior de pessoas de forma equitativa. Objetivos – Este artigo apresenta um projeto cujo objetivo é disseminar evidências em saúde, em linguagem simples, para pacientes e população leiga e pobre falante da língua portuguesa, empregando-se tecnologias de informação e comunicação, com destaque para mídias sociais. Métodos – O projeto emprega instrumentos para coleta de dados quantitativos e qualitativos. A seleção das temáticas para as quais são construídos resumos de evidência considera o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes atendidos em um hospital de alta complexidade, bem como dúvidas postadas pela população nas plataformas do projeto. Para a elaboração dos resumos de evidência há uma equipa treinada, formada por docentes do campo da saúde e da informação, bem como estudantes do campo da saúde. Para a construção dos resumos de evidência são empregadas bases de evidências como UpToDate, Dynamed, Access Medicine e PubMed via Pico. Antes de sua publicação nas plataformas, os resumos produzidos são revisados por especialistas. O público leitor pode avaliar cada evidência disponibilizada por meio de instrumento específico. No momento, o projeto está empregando várias plataformas como Blogger, Facebook e Twitter. Resultados – Ao longo de vinte meses, de 18 de abril de 2016 a 13 de dezembro de 2017, foram disseminados nas plataformas do projeto 272 resumos de evidência em linguagem simples sobre condições de saúde e seus tratamentos. O número total de acessos às plataformas do projeto foi de 149.579. Os três resumos de evidência mais acessados até o presente focaram: suicídio (2.407 acessos); linfoma não Hodgkin (1.831 acessos); e transtorno opositivo desafiador (1.345 acessos). Os países que mais acessaram as plataformas do projeto foram: Brasil, Estados Unidos, Rússia, Alemanha e Portugal. Conclusão – Os acessos realizados por pessoas que estão em diferentes países parecem demonstrar que a disponibilização de evidências em saúde em linguagem simples e em língua portuguesa vem suprir demandas transnacionais de falantes desse idioma, assim como demonstram que as tecnologias de informação e comunicação podem ser eficientes em levar informação em saúde a um grande número de pessoas. Assim, entende-se que o emprego de mídias sociais para a disseminação de evidências em saúde pode levar os resultados obtidos pela ciência ao grande público.