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- Reflexão para a construção do plano pós-partoPublication . Pena, Berta; Ferreira Dos Santos, Maria Anabela; Cardoso, ClaudiaEm 2019 o direito ao plano de parto foi regulamentado para que a grávida/casal pudesse expressar as suas intenções para o dia do parto (1). No plano de parto, para além das intenções do momento do parto é possível acrescentar as intenções para o pós-parto que muitos casais desconhecem. O objetivo do plano pós-parto é criar um conjunto de intenções do casal para o período que se segue ao nascimento do seu bebé ou puerpério. O puerpério é o período de recuperação física e psicológica da mãe que começa imediatamente a seguir ao nascimento do(s) recém-nascido(s) e se prolonga por 6 semanas pós-parto (42 dias) (2), dividindo-se em puerpério imediato (primeiras 24 horas), puerpério precoce (do 2º ao 7º dia) e puerpério tardio (até ao final da 6ª semana) (3). Alguns autores ainda consideram o puerpério remoto do 43º dia até um ano pós-parto (4). O período que se segue ao nascimento de um bebé é desafiante para a mulher, casal e família. A mãe e o pai passam por três fases de adaptação: a primeira dura cerca de um a dois dias em que a mãe tem ênfase em si mesma e na satisfação das necessidades básicas, sente-se entusiasmada e comunicativa (fase de incorporação) e o pai encontra- se na fase de expetativas, com ideias pré-concebidas. A segunda fase dura entre dez dias a várias semanas e é uma das fases mais sensíveis, a mãe passa pela fase de posse, com ênfase nos cuidados ao bebé e nas competências maternas, desejo de assumir responsabilidades, necessidade de orientação e aceitação, tratamento dos desconfortos físicos e alterações emocionais, altura em que frequentemente ocorre o Blues, por outro lado o pai pode ter sentimentos de tristeza, ambivalência, ciúme, frustração e desejo dominante de se envolver mais (fase realidade). Na terceira fase (fase de desprendimento) a mãe preocupa-se com o relacionamento conjugal, a sexualidade, a resolução de papeis individuais e o pai (transição para o comando) toma decisões conscientes para assumir o controlo e envolver-se de forma mais ativa com o bebé (5). O pós-parto é um período diferente para cada mulher e/ou casal, pois representa a adaptação a uma nova realidade ao nível físico, psicológico e social. As necessidades sentidas ao longo do puerpério, devem ser antecipadas e refletidas durante a gravidez, assumindo especial importância começar nessa fase o planeamento do pós-parto. Este documento destina-se à grávida/puérpera/casal que deseja refletir sobre o plano pós-parto, durante a gravidez e/ou no pós-parto. Tem como objetivo sistematizar a informação e promover a reflexão sobre o plano pós-parto. Está organizado em oito capítulos que pretendem dotar a grávida/casal da informação necessária à tomada de decisão e antecipação de necessidades e desafios no pós-parto, relatados em vários estudos e as respetivas perguntas como ponto de partida para a reflexão. As perguntas para reflexão são apenas sugestões, podendo ser criadas outras, que façam mais sentido para o casal.
- Perceptions and educational needs of social and healthcare professionals in the prevention of domestic violence - A focus group studyPublication . Sakellari, Evanthia; Berglund, Mari; Lagiou, Areti; Pinto, Maria Luisa Sotto-Mayor De Carvalho; Santos, Maria Anabela Ferreira dos; Lahti, Mari; Murto, TiinaObjective: To explore and describe social and healthcare professionals' perceptions and educational needs in relation to domestic violence and its prevention. Methods: A qualitative research was conducted in three European countries. Two multidisciplinary focus group interviews were conducted (in each country) among professionals and higher education teachers in the field of social and health care. Total number of participants were 32 (Finland n=12, Greece n=12, Portugal n=8). The transcribed data were analyzed by thematic analysis. Results: Participants' perceptions of domestic violence and its prevention included: multidimensional phenomenon, consequences, and addressing concern. Domestic violence was seen as a multidimensional phenomenon, which has various consequences for several aspects of life. Professionals have difficulties addressing their concern due to lack of knowledge and tools. Solutions to prevent domestic violence that the participants shared were: education, intervention, and strategies. Education was seen as the key aspect for the prevention of domestic violence. Also, professionals' communication and situation management skills, as well as national and international strategies, were seen as valuable solutions. Educational needs for prevention of domestic violence were expressed based on content, methods, and practices, such as services system and legislation. Conclusion: The findings of the current study highlight the social- and healthcare professionals' need for education about domestic violence. It is essential that these professionals receive appropriate training to effectively identify and address domestic violence. The current study provides useful information for the development of relevant training/education for this group of professionals.