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Torres Queiroz de Barros, Maria Luísa

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  • O processo emocional experienciado pelos enfermeiros na interação com os pais maltratantes na consulta de saúde infantil
    Publication . Rosa, Maria da Luz; Diogo, Paula; Barros, Luísa
    Cuidar de crianças vítimas de maus tratos implica uma multiplicidade de desafios para os enfermeiros, e entre estes a gestão emocional. Os enfermeiros precisam de gerir sentimentos ambivalentes no sentido de protegerem a criança (maltratada) e simultaneamente, apoiarem os pais (maltratantes). Na literatura tem sido reconhecida a importância da gestão emocional dos enfermeiros para evitar que as emoções experienciadas tenham implicações negativas ao nível da qualidade dos cuidados, bem como no seu bem-estar e equilíbrio emocional. Assim, pretendemos responder à seguinte questão de investigação: como é que os enfermeiros de saúde infantil gerem a sua emocionalidade nos encontros com os pais maltratantes? Foram definidos os seguintes objetivos: 1) Analisar o que experienciam emocionalmente os enfermeiros nos encontros com os pais maltratantes; 2) Compreender o processo de gestão emocional dos enfermeiros na interação de cuidados com os pais maltratantes. Este estudo situa-se no paradigma naturalista, tendo-se optado pela metodologia de Grounded Theory, de abordagem predominantemente indutiva. Quanto aos instrumentos de colheita de dados, foi efetuada a observação de 11 consultas de enfermagem, realizadas 11 entrevistas semiestruturadas e foi efetuado um focus group com 6 enfermeiros. As ferramentas analíticas são decorrentes das etapas desta metodologia de investigação, com recurso ao Software de análise de conteúdo NVivo 12. Os achados revelam que o processo de gestão emocional dos enfermeiros nos encontros com os pais maltratantes se caracteriza pelo impacto emocional nos primeiros encontros com a criança maltratada/ pais maltratantes, que pode conduzir a uma situação emocional limite que compromete a relação terapêutica. No entanto, na maioria das vezes, os enfermeiros conseguem estruturar uma relação próxima com estas famílias, caracterizada por uma relação terapêutica e de proximidade com a criança e com os pais, mobilizando estratégias de gestão emocional num continuum da intervenção com os pais maltratantes, que podem constituir um desafio emocional gratificante ou perturbador. Porém, tanto o desafio emocional gratificante como o desafio emocional perturbador são potenciadores da aprendizagem experiencial, que conduz a um processo adaptativo e resiliente dos enfermeiros que acompanham estas famílias.
  • Intervenções para a autogestão em adolescentes com Diabetes Tipo 1 :
    Publication . FLORA, MARÍLIA COSTA; Malheiro, Isabel; Barros, Luísa; Neves Coelho, Adriana Raquel
    Introdução: O desenvolvimento dos adolescentes centra-se na construção de autonomia e independência face à supervisão parental. Este desafio torna-se mais complexo perante um diagnóstico de diabetes tipo 1, o que exige responsabilização do adolescente face à gestão da doença. Nesta fase revela-se crucial a implementação de intervenções promotoras de competências de autogestão. Objetivo: Mapeamento de intervenções promotoras de autogestão para adolescentes com diabetes tipo 1. Método: Esta revisão scoping segue a metodologia proposta pelo Joanna Briggs Institute. Serão incluídos estudos publicados em inglês, espanhol e português, entre 2009-2021, sem limitações geográficas ou culturais. O processo de análise, extração e síntese de dados será realizada por dois revisores de forma independente, de acordo com os critérios de inclusão. Os resultados serão apresentados de seguindo as orientações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), diagrama para revisões scoping. O protocolo encontra-se registado no Open Science Framework https://osf.io/z6wbj. Resultados: O mapeamento de intervenções para adolescentes com diabetes tipo 1, é fundamental para a construção de uma intervenção estruturada, centrada na promoção de comportamentos de autogestão, contribuindo para a disseminação científica sobre o tema. Conclusão: Espera-se que os resultados desta revisão contribuam para a construção de conhecimento que fundamente o desenvolvimento de intervenções de enfermagem para adolescentes com diabetes tipo 1.
  • Emoções dos enfermeiros em contexto ajuda humanitária internacional, conflito e catástrofe: Scoping Review
    Publication . Almeida, Tânia; Diogo, Paula; Barros, Luísa
    Introdução: Prestar cuidados de enfermagem em contexto de ajuda humanitária é emocionalmente complexo. Os enfermeiros enfrentam desafios, como a interação com diferentes culturas, insegurança, condições de vida e recursos precários. Objetivo: Identificar e mapear a evidência científica disponível sobre as emoções experienciadas pelos enfermeiros ao prestarem cuidados no contexto de ajuda humanitária internacional em cenários de conflito e/ou catástrofe. Métodos: Seguiu-se a proposta do Joanna Briggs Institute Reviewers. A pesquisa foi realizada nas bases de dados MEDLINE, CINAHL, SCOPUS, PUBMED, entre outubro de 2023 a abril de 2024. Incluiu artigos disponíveis em texto integral, sem limitações temporais e publicados em inglês e português. Incluiu todo o tipo de estudos que abordavam as emoções experienciadas pelos enfermeiros que prestaram cuidados neste contexto. Resultados: Identificaram-se cinco artigos, publicados entre 2004 e 2017, em quatro países diferentes. Predominavam emoções negativas como preocupação, medo, ansiedade, stress, vulnerabilidade emocional e surpresa. No entanto, também foram identificadas emoções positivas, incluindo alegria, esperança e gratidão. Destacaram-se duas recomendações-chave na gestão emocional dos enfermeiros: a necessidade de preparação e a inclusão de profissionais experientes na equipa. Conclusão: Concluiu-se que uma melhor compreensão sobre as emoções experienciadas permitirá aprimorar o conhecimento e as estratégias de coping, otimizando a prestação de cuidados e minimizando o impacto emocional sobre estes enfermeiros. No entanto, a evidência científica é escassa, identificando-se oportunidades para o desenvolvimento de investigação neste contexto.