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Landeiro e Melo, Paula Isabel

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  • Implementação do sistema de monitorização de temperaturas VIGIE no INMLCF
    Publication . Sousa, Lara; Melo, Paula; Costa, Pedro; Santos, Agostinho
    A cadeia de frio tem início no momento da colheita da amostra, passando pelo transporte e armazenamento, e encerra-se quando a amostra é destruída. Este ciclo necessita de manutenção e monitorização constante, de modo a que se preserve a qualidade dos produtos dos vários serviços de acordo com requisitos de estabilidade de temperatura. É neste contexto que surge o sistema de monitorização de temperaturas da VIGIE . O sistema VIGIE consiste numa plataforma online que reúne os dados obtidos (em tempo real) de todos os sensores integrados em equipamentos de frio. Após parametrização do intervalo de temperaturas de cada sensor, o sistema gera alarmes quando esta se encontra fora do intervalo definido, constituindo esta funcionalidade a grande mais valia de todo sistema. Este trabalho terá como objetivo fazer o ponto de situação da evolução da implementação do sistema VIGIE nas delegações e gabinetes médico-legais (GML) do INMLCF, definir as etapas seguintes para concluir a instalação do mesmo e colocá-lo em pleno funcionamento em todos os serviços do INMLCF. A Delegação do Norte (DN) e os respetivos GML são os serviços do INMLCF onde a instalação está mais avançada, apesar de ainda não se encontrar concluída. Na DN, a instalação encontra-se finalizada e nos GML do Norte já ocorreu a colocação dos sensores e recetores em 8 dos mesmos, com exceção do GML do Cávado. Apesar de estarem instalados na maioria dos GML do Norte, estes ainda não funcionam em pleno, devido a problemas de configuração na alarmística, que gera “falsos alarmes”, e leva à desvalorização dos mesmos. No caso do GML do Alto Douro e Trás-os-Montes, não existe comunicação do recetor, o que leva a crer que se tratem de problemas ao nível das permissões do IGFEJ. A Delegação do Centro e do Sul encontram-se com a instalação concluída, contudo, após aquisição de novos equipamentos de frio, surgiu a necessidade de adquirir novos sensores. O sistema VIGIE prevê estas situações, existindo um alto grau de escalabilidade, para que possam ser incluídos na plataforma um número ilimitado de sensores. Nos GML do Centro e do Sul os sensores ainda se encontram por instalar. Existem ainda sensores de transporte, etapa importante da cadeia de frio, que ainda não estão operacionais, estando prevista a sua ativação brevemente. A análise efetuada revela que, apesar da monitorização da cadeia de frio no INMLCF ter avançado significativamente, o processo de instalação do sistema VIGIE revelou-se mais demorado que o esperado, por razões logísticas (âmbito de implementação nacional, incluindo as ilhas), humanas e informáticas. As próximas etapas para prosseguir com a implementação do sistema de monitorização de temperaturas serão a resolução dos problemas nos GML do Norte, início dos testes com os sensores de transporte entre a delegação do Norte e os correspondentes GML, instalação de sensores e recetores nos GML do Centro e Sul e testes com os sensores de transporte entre estas delegações e os respetivos GML.
  • Desenvolvimento de método analítico para a quantificação de biomarcadores de etanol por LC-MS/MS
    Publication . Melo, Paula; Costa, Pedro; Quintas, Maria José; Sousa, Lara; Franco, João Miguel
    Introdução: O etil‐glucuronídeo (EtG) e o etil‐sulfato (EtS) são biomarcadores do consumo de etanol. Estes compostos são metabolitos específicos do etanol resultantes da sua conjugação com uridina‐5 difosfo ácido glucurónico e com a 3‐ fosfoadenosina 5‐fosfosulfato, respetivamente. A sua determinação analítica revela‐se uma mais‐valia em contexto forense, uma vez que estes compostos permanecem detetáveis, em amostras biológicas, durante um período de tempo mais alargado do que o etanol. Desta forma, a sua análise poderá ver vantajosa em casos de alcoolismo, em situações em que é necessário verificar a abstinência do consumo de etanol, em contextos laborais e, em situações post‐mortem, auxiliando na distinção entre a ingestão e a formação post‐mortem de etanol. Material e métodos O método apresentado foi desenvolvido num equipamento de LC‐MS/MS (UPLC) da Waters, tendo as amostras sido previamente submetidas a procedimento de precipitação proteica com acetonitrilo. A separação cromatográfica foi efetuada recorrendo a uma coluna Acquity UPLC HSS T3 (2,1x 100 mm; 1,8 µm de tamanho de partícula), usando como fase móvel uma mistura de ácido fórmico 0,1% e metanol, em gradiente. A deteção dos compostos foi efetuada por MRM, tendo a ionização sido feita por electrospray, em modo negativo. Resultados: Foram selecionadas duas transições para cada um dos compostos (EtG: 221>75; 221>85; EtS; 124,9>80,1; 129,9>96,9) e uma para o correspondente composto deuterado. O método revelou‐ se rápido, com apenas 6 minutos de análise cromatográfica e de fácil preparação da amostra, permitindo detetar concentrações na ordem dos 100 ng/mL, para ambos os compostos, em amostras de sangue e de urina. Discussão e Conclusões: A deteção de etanol é das análises mais importantes em termos forenses. Uma vez que o etanol é rapidamente eliminado do organismo, revela‐se vantajosa a criação de metodologia para a deteção dos seus biomarcadores. Os biomarcadores de álcool são indicadores fisiológicos de exposição ou ingestão de álcool e podem indiciar consumo de álcool a nível crónico e/ou agudo. Foi desenvolvido um método rápido para análise dos biomarcadores, EtG e ETS em amostras de sangue e de urina. Após a necessária validação e participação adequada em ensaios interlaboratoriais, este método poderá ser utilizado como resposta a questões médico‐legais relacionadas com o consumo de etanol.
  • Suicídio com clomipramina e amissulprida associados a outros psicofármacos: análise de um caso
    Publication . Melo, Paula; Cardoso, Luís; Sousa, Lara; Quintas, Maria José; Franco, João Miguel
    Introdução: A doença mental tem apresentado, cada vez mais, maior prevalência na população e tem sido responsável por variadas incapacidades e contribuído para o aumento dos casos de suicídios. Os autores apresentam um caso de suicídio de um homem de 42 anos, por intoxicação medicamentosa com psicofármacos. A vítima, com antecedentes de esquizofrenia, estava a ser acompanhada em consultas de psiquiatria e não era vista há 3 dias. Foi encontrada cadáver, em decúbito lateral direito, no leito. Material e Métodos: Foram requeridas ao SQTF-N análises de etanol, drogas de abuso e medicamentos. A pesquisa/confirmação/quantificação dos medicamentos foi efetuada por LC-MS/MS, em modo MRM (multiple reaction monitoring), após extração simples por precipitação proteica. O rastreio das drogas de abuso foi efetuado por ensaios imunoenzimáticos. A análise ao etanol foi efetuada por cromatrografia gasosa, com detetor de ionização de chama, e injeção por headspace. Resultados Os resultados toxicológicos obtidos na amostra de sangue periférico da vítima evidenciaram a presença de etanol (1,63 g/L) associado a diversos psicofármacos. Foram detetados, em concentrações habitualmente consideradas letais na bibliografia pesquisada, um antidepressivo tricíclico (clomipramina 2329 ng/mL) e um antipsicótico (amissulprida 31708 ng/mL). Foram ainda detetados mais dois compostos com atividade antipsicótica, a risperidona, em concentração considerada tóxica (260 ng/mL), e o seu metabolito ativo, a paliperidona (20 ng/mL). Foram também detetadas várias benzodiazepinas em concentrações habitualmente consideradas terapêuticas (flurazepam, desalquilflurazepam, diazepam, nordiazepam, temazepam, alprazolam) e o anticonvulsivo carbamazepina, também em concentração terapêutica. Não foi detetada a presença de drogas de abuso. Discussão Em face dos dados necrópsicos e dos resultados dos exames toxicológicos solicitados, a morte do caso descrito foi devida a intoxicação medicamentosa com uma etiologia médico-legal suicida. Os suicídios representam um problema global de saúde pública. A avaliação do risco de suicídio é por vezes difícil dado que os pacientes podem ocultar sintomatologia depressiva e intencionalidade auto-lesiva. Nos casos em que há suspeitas de ideação suicida é recomendada a vigilância terapêutica e limitação do acesso a meios letais, incluindo o acesso fácil a grandes quantidades de psicofármacos, evitando, desta forma, o seu uso indevido, promovendo o seu uso para fins exclusivamente terapêuticos.