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Campos Sobreira, Rosa Maria

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  • Igualdade de género no exercício da profissão de Relações Públicas : estudo exploratório com estudantes de comunicação organizacional
    Publication . Andrade, C.; Sobreira, Rosa
    A presença predominante das mulheres na profissão de relações públicas é uma realidade desde a década de 1970. Apesar desta evidência, a igualdade de género nos contextos de trabalho continua a merecer a atenção dos investigadores. Igualdade ao nível das promoções, salários e mesmo nas medidas de conciliação trabalho-família parecem continuar a revelar discrepâncias entre homens e mulheres. Considerando que os estudantes do ensino superior serão a próxima geração de profissionais de relações públicas, poderá ser importante prepará-los para as questões associadas à igualdade de género na profissão, de modo a que as suas aspirações de carreira não sejam comprometidas. Com base num questionário administrado a 131 estudantes do ensino superior da licenciatura em Comunicação Organizacional encontram-se diferenças significativas no modo como os estudantes e as estudantes percecionam a igualdade de género, no contexto organizacional, relativa a salários, competências para o exercício da profissão e medidas de apoio à conciliação trabalho e família. Os resultados são discutidos no âmbito das opções profissionais e na promoção da igualdade de género na formação e nos contextos profissionais.
  • Os profissionais da comunicação estratégica das organizações em Portugal : em busca de identidade profissional e reconhecimento
    Publication . Sobreira, Rosa; Andrade, Rogério Ferreira de
    Este trabalho analisa o processo de construção da identidade profissional dos profissionais da comunicação estratégica em Portugal e as estratégias de reconhecimento por eles intentadas. Tradicionalmente, o campo que identificamos como da comunicação estratégica das organizações surgiu e iniciou o processo de construção identitária a partir da emergência das relações públicas, na primeira década do século XX, nos EUA. Tendo em conta essa evidência, primeiro, procura-se compreender a emergência do campo das ciências da comunicação e explicar as razões subjacentes à multiplicação de perfis profissionais no mesmo (jornalismo, publicidade e relações públicas), assim como os elementos identitários que contribuíram, inicialmente, para o seu reconhecimento profissional. A construção de identidade profissional e a obtenção de reconhecimento não podem ser percebidos sem o enquadramento dos contextos sociais, económicos, tecnológicos e organizacionais onde ocorrem, e as influências desses factores sobre as profissões. Ao fazer essa análise foi possível verificar que o campo das ciências da comunicação viveu, nas últimas décadas do século XX, um processo de fragmentação intenso, com o aparecimento de múltiplas formas de relacionamento com os públicos, ferramentas de comunicação inovadoras e novas concepções sobre o que deve ser a comunicação nas e das organizações. Essa fragmentação influenciou as características de identidade dos seus profissionais e o reconhecimento obtido pelos mesmos tanto nas organizações como socialmente. Uma das principais evidências dessa fragmentação foi a incapacidade de resposta das relações públicas face às imposições provenientes de um meio caracterizado por grande instabilidade e volatilidade. Neste âmbito de fragilidade de reconhecimento profissional, foram os profissionais das agências e das consultoras de comunicação que assumiram o papel de proporcionar um 14 conhecimento com valor estratégico para organizações enfrentarem essa envolvente. A importância que estes profissionais assumiram resulta do facto de o tipo de conhecimento que detêm e demonstram provir mais das interacções sociais resultantes do contexto do trabalho e da capacidade de reacção às dificuldades impostas pelo meio, do que do saber cumulativo formalmente adquirido, como defendem as abordagens mais tradicionais de análise da identidade profissional. Por outro lado, esta nova centralidade do conhecimento estratégico e a multiplicidade de designações de actividades profissionais que as novas tecnologias da informação e da comunicação “inspiraram”, colocam em causa o discurso de construção identitária proveniente tanto da academia e como do movimento associativo que privilegiam, ainda, elementos formais da profissionalização. O último ponto do trabalho aponta para essa dificuldade de articular um discurso mais centrado em elementos bem definidos de uma profissão e a visibilidade e emergência de profissões mais fluidas e multifacetadas, mas que geram polémicas e colocam em causa as fronteiras entre os diferentes campos e, sobretudo, procuram serem reconhecidas como parceiros estratégicos das organizações.