IPC-ESTeSC - Capítulos de livros
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- O consumo de inibidores da bomba de protões e o risco de demênciaPublication . Barbosa Moreira, Zélia; Gomes, Adriana; Fonseca, Ana PaulaOs Inibidores da Bomba de Protões são fármacos que inibem a produção de ácido gástrico, por inibição da ATPase H+/ K+ das células parietais do estômago. Os Inibidores da Bomba de Protões são para ser utilizados durante o menor intervalo de tempo possível e na dose mínima eficaz, devendo-se recorrer a uma reavaliação periódica da necessidade de tratamento. Apesar destes pressupostos para a sua utilização, existem exemplos de pessoas que utilizam estes fármacos de forma contínua por iniciativa própria ou por indicação médica, surgindo então a necessidade de perceber quais os riscos inerentes a esta utilização massiva e não fundamentada dos Inibidores da Bomba de Protões. Estima-se que a prevalência de demência irá atingir as 80 milhões de pessoas até ao ano de 2040. Está documentado que o risco de demência afeta maioritariamente idosos, tornando-se interessante efetuar uma ligação entre o surgimento desta doença e a sua medicação diária uma vez que, na grande maioria são polimedicados. Está comprovado que os Inibidores da Bomba de Protões são capazes de atravessar a Barreira Hematoencefálica e, consequentemente alterarem o pH a nível cerebral. Objectivo: Averiguar se o consumo de Inibidores da Bomba de Protões está associado ao aumento do risco de demência. Metodologia: Revisão da literatura de artigos científicos publicados em língua inglesa, espanhola ou portuguesa, que abordam o tema. Resultados: Em 1997 surgiram os primeiros relatos de desordens graves no Sistema Nervoso Central durante o tratamento com um Inibidor da Bomba de Protões. Após a descontinuação do tratamento observou-se uma reversão da sintomatologia, o que permitiu a criação de uma ligação do efeito adverso reportado e a toma do fármaco em causa. Em 2013, foi publicado o primeiro estudo que relata uma possível associação entre a toma de um Inibidor da Bomba de Protões e o aumento da produção de β amiloide, em culturas celulares e em animais. Conclusão: Os resultados não permitem afirmar que existe um aumento do risco de demência consequente da toma de Inibidores da Bomba de Protões, contudo, foi possível analisar diferentes efeitos secundários destes fármacos que explicam de que forma se pode estabelecer esta relação de causa-efeito. Os estudos publicados apresentam algumas incertezas e risco de viés.
- Importância do controlo de qualidade na indústria farmacêutica : uma revisão bibliográficaPublication . Fonseca, Ana Paula; Sobral, Cristiana; Barbosa Moreira, ZéliaO controlo de qualidade é responsável pela análise e controlo dos fármacos, cosméticos e dispositivos médicos desde o início da sua produção, com a análise da matéria-prima, até ao produto acabado, com a verificação das condições de embalamento e armazenamento. A execução do controlo de qualidade por parte das indústrias farmacêuticas revela-se importante para que a qualidade, segurança, eficácia e credibilidade dos seus produtos sejam asseguradas. Desta forma, utilizam-se técnicas analíticas, que permitem a separação cromatográfica de moléculas grandes e pequenas. Em Portugal cabe ao INFARMED a função de certificar as Boas Práticas de Fabrico, bem como a unidade produtiva das indústrias farmacêuticas. Objetivo: O objetivo deste artigo é demonstrar de forma sintetizada a importância que o controlo de qualidade dos fármacos e produtos de saúde representam nas suas diferentes fases de produção numa empresa farmacêutica. Material e métodos: Este estudo consiste numa revisão bibliográfica. A pesquisa foi realizada em diferentes bases de dados, tendo por base artigos em português e em inglês, publicados após 1998. Resultados: A produção e controlo de qualidade dos fármacos é regulamentada e requer instalações e equipamentos adequados, requer instrumentos corretamente calibrados, requer controlo da temperatura ambiente durante a produção, transporte e armazenamento dos fármacos e produtos de saúde, de forma a garantir a sua qualidade. A calibração deve ser realizada periodicamente e sempre que se verifique a sua necessidade. Os controlos das condições ambientais revelam extrema importância, uma vez que, variações sistemáticas da temperatura, quer por razões naturais, quer por negligência humana, causam impacto negativo na qualidade do produto. Conclusão: Apesar de toda a evolução ao nível do controlo de qualidade e à implementação de normas universais, ainda há um longo caminho a percorrer por parte das entidades competentes e das próprias indústrias farmacêuticas.
- O papel da intervenção educacional para a qualidade do sono e fadiga de empregados que desempenham as suas atividades no período noturnoPublication . Câmara, Leonardo Tavares; Amaral, Ana Paula
- A função cognitiva no envelhecimentoPublication . Pereira, TelmoO envelhecimento biológico traduz-se por uma trajetória de perda de funções fisiológicas que se transpõem, entre outras consequências, na deterioração progressiva da função cognitiva. Esta perda de competências cognitivas tem um impacto na vida quotidiana da pessoa idosa, que será tanto mais importante quanto maior for o grau de compromisso cognitivo identificado. Nesse sentido, a promoção de um envelhecimento ativo e saudável deverá necessariamente contemplar a dimensão cognitiva, mediante a implementação de estratégias de intervenção que estimulem e promovam uma cognição ajustada, ou mesmo otimizada, face ao esperado biologicamente pela idade e contexto clínico global. A adoção de instrumentos de mensuração objetiva da função cognitiva do indivíduo revela-se um requisito operacional adicional, na medida em que a informação providenciada permite a identificação de trajetórias longitudinais individualizadas da cognição, traduzindo-se assim num instrumento de aferição da eficácia das estratégias de intervenção e na identificação de formas subclínicas de processos patológicos que careçam de intervenção clínica especializada.
- Determinantes e moduladores do envelhecimento arterial no idosoPublication . Costa, Tatiana; Pereira, TelmoAs artérias constituem o alvo, local e denominador das doenças cardiovasculares, constituindo estas a principal causa de morte nos países desenvolvidos. O envelhecimento arterial constitui um dos alicerces fisiopatológicos para estes processos, decorrendo este de acordo com uma trajetória de perda progressiva de distensibilidade arterial, que poderá ser acelerada perante a exposição a fatores ambientais ou comportamentais em associação com a predisposição genética intrínseca ao indivíduo. Esta trajetória acelerada de envelhecimento arterial, designada early vascular ageing (EVA) associa-se a maior risco de morte e morbilidade cardiovascular, sendo portanto, fundamental a validação e estabelecimento de biomarcadores para a sua de aferição, por um lado, e o desenvolvimento, validação e implementação de estratégias de correção ou otimização do envelhecimento arterial para trajetórias biologicamente mais favoráveis, por outro lado. O modelo de intervenção AGA@4life constitui um instrumento não-farmacológico promissor para a promoção da saúde vascular, mediante uma intervenção multidisciplinar e individualiza, onde componentes como a promoção da prática de exercício físico, o ajustamento nutricional, a estimulação cognitiva e a adesão à terapêutica são elementos centrais de intervenção.
- O exercício físico aplicado a pessoas idosasPublication . De Noronha Cipriano, Inês; Pereira, TelmoO envelhecimento caracteriza-se por uma perda gradual de funções fisiológicas, sendo um processo natural e fisiológico, e marcadamente heterogéneo. No entanto, é possível modificar as trajetórias de declínio funcional e promover um envelhecimento bem-sucedido. Uma das formas mais consensualmente identificadas, de promoção de um envelhecimento biologicamente mais favorável é a prática de exercício físico e a promoção de uma vida fisicamente ativa. Diversos estudos têm demonstrado os benefícios da prática regular de exercício físico a nível fisiológico, funcional, social, e na promoção de melhor qualidade de vida e bem-estar na pessoa idosa. Não obstante, tendo em consideração as particularidades desta população, nomeadamente atendendo à coexistência de comorbilidades, torna-se essencial uma prescrição de planos adaptados de exercício físico, bem como a monitorização da sua implementação. Por outro lado, estes planos deverão ser integrados numa estratégia mais abrangente de promoção de um envelhecimento ativo e saudável, como o preconizado no Modelo de Intervenção AGA@4life.
- O modelo AGA@4life na promoção de um envelhecimento ativo e saudávelPublication . Pereira, TelmoO envelhecimento das populações constitui um importante desafio na atualidade. Para corresponder a esta problemática transversal aos vários sectores da sociedade,desenvolveu-se um modelo que visa a promoção de um envelhecimento ativo e saudável através da implementação de um modelo de intervenção fundado na abordagem geriátrica ampla (AGA), incorporando também recursos endógenos da região, e envolvendo o meio académico da área das Ciências da Saúde. O modelo de AGA proposto, designado AGA@4life, assenta num protocolo de avaliação individual, de natureza holística e multidisciplinar, e consequente delineamento e implementação de estratégias de intervenção ajustadas a cada indivíduo, visando a prevenção da fragilidade e do declínio funcional, cognitivo e social do idoso. As ações de intervenção centram-se em programas personalizados de exercício físico, educação nutricional, estimulação cognitiva, monitorização de comorbilidades, aconselhamento fármacoterapêutico e promoção global do bem-estar.
- Abordagem geriátrica ampla na promoção de um envelhecimento ativo e saudável: componentes do modelo de intervenção AGA@4lifePublication . Pereira, Telmo (Coord.); Ferreira, Ana; Amaral, Ana Paula; Fonseca, Ana; Alves, Ana Rita; Martins, Anabela Correia; Silva, Carla Matos, 1975-; Fernandes, Carolina; Rocha, Clara; Prata, Cláudia; Cipriano, Inês; Castanheira, Joaquim; Martins, Jorge; Loureiro, Helena; Saraiva, Marina; Simões, Paula; Santos, Rute; Costa, Tatiana; Galinha, Vera
- A influência do treino auditivo na comunicação do idosoPublication . Silva, Carla Matos, 1975-; Fernandes, Carolina; Alves, Ana Rita; Prata, Cláudia; Rocha, Clara; Martins, JorgeCom o envelhecimento, ocorrem alterações na perceção e deteção do som no sistema auditivo com repercussões no processo de comunicação. O estudo da audição no idoso deve incluir a avaliação do sistema auditivo central e periférico com a adequação de técnicas comportamentais e eletrofisiológicas para a avaliação do Processamento Auditivo Central, com vista à implementação de programas de treino. Vários estudos sugerem que este seja realizado para minimizar as dificuldades de compreensão da fala, principalmente em ambientes ruidosos de modo a que as lacunas no processamento da informação sejam reduzidas e que a identificação e discriminação dos padrões sonoros sejam potencializados. O treino auditivo pode ser aplicado em diferentes faixas etárias, sendo uma excelente opção para indivíduos com hipoacúsia, utilizadores de aparelhos auditivos e idosos com dificuldades na compreensão da fala. O objetivo deste estudo é avaliar o efeito do treino auditivo nas capacidades da compreensão da fala em idosos.
- Ageing at work: capacity for the work of ESTeSC teachersPublication . Correia, T.; Simões, H.; Pereira, J.; Telo, E.; Cotrim, T. P.; Figueiredo, J.; Ferreira, A.Introduction: Aging does not necessarily mean a decrease in "ability to work" and that the eventual decline of certain skills related to increasing age are not generalizable, striking, or uniform and can be accelerated or delayed depending on the conditions of work, individuals and, above all, the types of attrition to which the worker is subjected. Objective: To evaluate the work ability index (WAI) of the professors of the School of Technology and Health of Coimbra (ESTeSC). Material and Methods: This study was an analytical observational and prospective cohort study. The respondents answered a questionnaire that assessed the WAI and the quality of life index (QLI). The results were evaluated in the IBM SPSS Statistics program through descriptive character tests and inference tests. Results: It was verified that an average value of 33.63 (7-49 scale) was identified for the work ability in the studied group, being this value belonging to the Moderate category. When correlating the age of workers with WAI and QLI, it was verified that there was no correlation (p> 0.05) between these factors. On the other hand, WAI was related to QLI, in which a correlation was observed (p<0,05), that is, the more satisfied they are with quality of life, the better the capacity for work. Conclusion: It was found that in the present study, aging does not cause a loss of capacity for work, nor does it influence the quality of life of workers. Since teachers' scores for WAI are in the Moderate category, it is necessary to implement health promotion strategies, such as practicing physical exercise or performing work-related gymnastics in the workplace.