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SESARAM - End - Artigos

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  • Diabetes insípida… um indício para o diagnóstico de sarcoidose
    Publication . Resende, Eduarda; Caldeira, Mónica; Freitas, Ema; Sá, Maritza; Ferreira, Margarida; Abreu, Silvestre
    O atingimento do sistema nervoso central pela sarcoidose é uma entidade rara, presente em cerca de 5% dos casos. A diabetes insípida, o hipogonadismo e a hiperprolactinemia são as manifestac¸ ões endócrinas mais comuns. Apresenta-se o caso de um doente do sexo masculino, caucasiano, 40 anos de idade, com quadro clínico com evoluc¸ ão de 6 meses caracterizado por sede excessiva e preferência por bebidas frias, com polidip sia (5-6 litros de água por dia) e poliúria (5-6 litros por dia). Como antecedentes relevantes a realc¸ ar nefrolitíase. Foi pedida uma ressonância magnética da hipófise que revelou: «ausência de hipersinal da hipófise posterior na ponderac¸ ão T1 e alargamento da haste hipofisária». O doente foi então orientado à consulta de endocrinologia, tendo ficado internado para efetuar prova de restric¸ ão hídrica. Confirmou-se diabetes insípida central com défice parcial de arginina-vasopressina (AVP), de etiologia a esclarecer. Os outros doseamentos hormonais estavam normais. Analiticamente apresentava hipercalcemia e elevac¸ ão da enzima conversora da angiotensina, pelo que no internamento se pediu uma telerradiografia de tórax que mostrou adenopatia hilar bilateral e infiltrado reticulo-intersticial difuso. Perante a suspeita clínica de sarcoidose, foram efetuados cintigrafia com gálio67, lavado broncoalveolar e biópsia transbrônquica, com confirmac¸ ão deste diagnóstico. O doente foi medicado com desmopressina intranasal (20 /dia) e prednisolona oral (40 mg/dia), atualmente com remissão dos sintomas. Os autores pretendem realc¸ ar a diabetes insípida como manifestação inicial que levou ao diagnóstico de sarcoidose, até então desconhecida neste doente. É feita uma breve revisão da literatura no âmbito destas patologias.
  • Guidelines - Recomendações da SPEDM- Vacinação contra infecções por Streptococcus pneumoniae em Adultos com Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia
    Publication . Melo, Pedro; Abreu, Silvestre; Barros, Luisa; Do Vale, Sónia; Freitas, Paula; Carvalho, Davide
    A diabetes mellitus (DM) é uma doença crónica que atinge elevados níveis de prevalência em todo o Mundo e concretamente em Portugal, acompanhando-se de signifi cativa morbilidade e mortalidade. Por sua vez, as infecções por Streptococcus pneumoniae (Sp, também designado por pneumococos) são muito comuns a nível mundial e condicionam uma elevada morbilidade e mortalidade, nomeadamente nas pessoas com DM. O Sp pode causar infecções graves como meningite e sépsis, sendo mesmo a principal causa de morte por pneumonia a nível global. Especialmente preocupante neste contexto é a doença invasiva pneumocócica (DIP), que habitualmente se manifesta por bacteriemia. Na pessoa com DM, para além do risco significativamente acrescido de pneumonia e de DIP, com o consequente aumento de mortalidade, o próprio tratamento da pneumonia associa-se a custos significativamente mais elevados. Uma das estratégias fundamentais para limitar o impacto destas doenças e da sua associação é o recurso a esquemas vacinais específicos, nomeadamente a vacina polissacárida conjugada de 13 valências contra infecções por Sp (Pn13) e a vacina polissacárida de 23 valências contra infecções por Sp (Pn23). Estas vacinas têm demonstrado efi cácia contra a pneumonia pneumocócica e a DIP, levando a grandes reduções na sua incidência. Em concordância com a Direcção-Geral da Saúde (DGS), a SPEDM recomenda a utilização das vacinas Pn13 e Pn23 na população adulta (≥ 18 anos de idade) com DM, considerando ser este um grupo com risco acrescido para DIP. Os objectivos da estratégia de vacinação são reduzir a incidência, a morbilidade e a mortalidade por DIP prevenindo as complicações e as sequelas da doença nas pessoas com DM. Os esquemas vacinais aqui recomendados são sobreponíveis aos propostos pela Norma nº 011/2015 da DGS de 23/06/2015, actualizada a 06/11/2015. Importa que as vacinas administradas sejam registadas no sistema nacional de informação específico (“Vacinas”) sempre que possível, bem como nos registos clínicos da instituição onde a mesma é administrada. Considerando o carácter evolutivo do panorama epidemiológico, estas recomendações da SPEDM serão periodicamente revista