ISSSP - Dissertações de mestrado em Gerontologia Social
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- Alexitimia e dependência de substâncias psicoativas em consumidores de longa duraçãoPublication . Ferreira, Catarina Rafaela Neto; Ribeiro, ÓscarEm Portugal, o envelhecimento de consumidores de longa duração de substâncias psicoativas e a sua possível (re)inserção social ainda parecem ser pouco merecedoras de discussão. Ainda mais quando o foco é em consumidores envelhecidos precocemente devido aos consumos e que apresentam alexitimia associada. Esta perturbação é caracterizada pela dificuldade em identificar e descrever sentimentos e emoções bem como a presença de pensamento orientado para o exterior, dificultando uma intervenção adequada com esta população. O presente estudo apresenta como objetivo geral avaliar a capacidade de processamento emocional em adultos consumidores de longa duração de substâncias psicoativas com recurso à seleção de memórias significativas, bem como refletir e orientar a prática dos profissionais tendo em conta a perturbação da alexitimia e as suas implicações. Numa 1ª fase, recorreu-se a uma metodologia quantitativa, através da aplicação da Escala da Alexitimia de Toronto (TAS-20) e de um Questionário de Caracterização Sociodemográfica e relativo ao Histórico de Consumo de Substâncias a uma amostra de 118 indivíduos em tratamento em uma das respostas disponibilizadas pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências - SICAD. Após a análise dos resultados desta fase, foram selecionados aqueles indivíduos considerados alexitímicos (score total da TAS-20 superior a 61) para responderem a uma Entrevista de Reconhecimento de Emoções Faciais. Do total de 26 indivíduos que integraram esta 2ª fase, constatou-se no discurso destes uma maior referência a acontecimentos significativos negativos. Igualmente, verificou-se um maior recurso ao pensamento concreto, apresentando-se este em maior evidência nos participantes do sexo feminino, no grupo etário dos 50 ou mais anos, nos policonsumidores, nos participantes cujo primeiro consumo foi entre os 11 e os 15 anos, nos que se encontram em tratamento num Centro de Resposta Integrada e se encontram em tratamento há menos de 1 ano. De um modo geral, constata-se que apesar dos participantes conseguirem identificar as emoções, embora de uma forma vaga, revelam dificuldades em descrevê-las bem como as situações que as espoletaram, apresentando um pensamento muito concreto e orientado para o exterior, com recurso essencialmente a experiências emocionais negativas. Estes resultados apontam a importância de se refletir sobre as práticas profissionais do trabalho em Serviço Social Gerontológico no âmbito das emoções e das experiências emocionais na (re)inserção e tratamento de indivíduos consumidores de longa duração e com alexitimia associada.
- Emoções e dependência de substâncias psicoativas em consumidores de longa duraçãoPublication . Brito, Sara; Ribeiro, ÓscarA presente dissertação tem como objetivo avaliar através da exposição a imagens faciais representativas de seis emoções básicas (raiva, alegria, tristeza, surpresa, medo e nojo) o processamento emocional de um subgrupo de consumidores de longa duração de substâncias psicoativas previamente identificados como alexitímicos (conforme resultados obtidos com a Escala de Alexitimia de Toronto, TAS-20). Procura-se ainda explorar eventuais diferenças no relato dos participantes tendo em conta as caracteristicas sócio demograficas, familiares e clínicas dos mesmos. Trata-se de um estudo qualitativo e transversal que iniciou com recurso à aplicação de um Inquérito Sociodemográfico (ISD) e da Escala de Alexitimia de Toronto de vinte itens (TAS-20) a 118 consumidores de substâncias psicoativas, dos quais 26, considerados alexitímicos, integraram numa 2ª fase do projeto e a quem se aplicou uma entrevista Semiestruturada de Reconhecimento de Emoções Faciais (EREF). Esta permitiu a identificação de um pensamento concreto e orientado para o exterior no processamento emocional, assim como de dificuldades na identificação de sentimentos, resultados em linha com as dimensões avaliadas na TAS-20. A alegria, a tristeza e o nojo foram as emoções que os participantes identificaram com maior facilidade, sendo a descrição das emoções marcada por um evidente, embora infrutífero, esforço descritivo; a sua exemplificação, porém, ocorreu de modo correto. Verificou-se igualmente pobreza ao nível dos processos imaginativos, bem como uma associação das experiências emocionais relatadas a afeto negativo. Quer na descrição, quer na exemplificação das emoções, destaca-se a presença de um relato em torno do tema “solidão”, principalmente na faixa etária entre os 40-49 anos. É neste cenário que se destaca o distanciamento de relações de suporte, acompanhados de geralmente em processos de exclusão social. Os resultados do estudo realizado permitem afirmar serem grandes os desafios que esta população coloca à prática profissional dos trabalhadores sociais e aos modelos dominantes de intervenção, uma vez que as emoções se traduzem num processo crucial e básico numa comunicação e interação social eficazes.
